O Fórum de Debate Coletivo: Mitologias de Declínio e Renovação, uma iniciativa da Câmara Municipal de Torres Vedras, com curadoria de João Mateus, vai ter a sua primeira sessão no próximo dia 6 de março, pelas 18h00, na Paços - Galeria Municipal de Torres Vedras.
De referir que este fórum consistirá num conjunto de debates com o objetivo de discutir problemáticas do nosso tempo. O respeito pelo espaço que o humano ocupa, a utilização que faz dos recursos ou a forma como comunica entre si, são temas que atravessam a existência e que se pretende abordar na iniciativa, com o contributo de artistas e investigadores, convidando toda a comunidade para o diálogo. Colocar-se-ão à discussão questões como: Que impactos têm a forma como comunicamos e transmitimos conhecimento? Que mitologias dominam a nossa realidade? Que mitologias precisamos para sobreviver? Porque insistimos nas ideias de crescimento e expansão constantes?
“Produção Artística, Imagem e Representação” será o tema da primeira sessão do Fórum de Debate Coletivo: Mitologias de Declínio e Renovação, a qual terá como convidados Tânia Geiroto Marcelino, Rita Senra e Raquel Sousa. Relativamente a essa sessão, João Mateus refere o seguinte:
“Existe um certo alívio em reconhecer que estes são tempos de excesso e de deterioração. Tempos da mais prepotente arrogância, da quebra de laços sagrados, de contínua profanação e do mais obstinado desrespeito perante todos aqueles que apenas merecem descanso. Tempos de falsos testemunhos, de infindável sofrimento, da mais colossal devastação. Tempos de declínio. Mas declínio não se refere aqui à linguagem económica de uma «trajetória descendente» ou de «estagnação» – refere-se sim a uma alteração de direção. Declínio enquanto reconsideração de um modo de existência que se considerava perpétuo. Enquanto redução de uma voracidade.
Neste contexto, uma possível renovação surge apenas como consequência de uma diminuição de uma insaciabilidade inesgotável. E será um erro entender renovação como uma reinstituição de antigos valores. Fará mais sentido pensá-la como estimulação metabólica que implica aqui a perda de alguns elementos e a reativação de outros. Qualquer aquisição e libertação de energia só é possível através de vários movimentos cíclicos que evoluem e se renforçam mutuamente, a partir dos quais se estabelece um vínculo que desencadeia uma contínua evolução ou degeneração.
Torna-se necessário abdicar intencionalmente do que limita e corrói. E torna-se necessário refletir crítica e cuidadosamente sobre as imagens, histórias e mitologias que cada tempo conjura. Porque como outros pensadores já identificaram de forma astuta, importa considerar que histórias usamos para contar outras histórias, que descrições usamos para descrever, e que mitologias usamos para construir mundos. É sobre esta nova realidade que exige outras imagens, outras narrativas e outras práticas comunicativas que nos propomos debruçar”.
A segunda sessão do Fórum de Debate Coletivo: Mitologias de Declínio e Renovação realizar-se-á no dia 8 de maio, subordinada ao tema “Falsidade da Imagem e o Futuro da Representação”.
João Mateus João Mateus (1995, Castelo Branco). Investigador independente. Licenciado em Desenho e Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas. Desenvolve trabalho no campo da imagem, teoria visual e epistemologia. Tem artigos publicados no CITAR Journal, CITCEM e Interact. Participou, enquanto orador convidado, no V Colóquio Narrativa, Média e Cognição (2018), IJUP (2019), Groove the City (2020), Workshop Archives in Lusophone Film (2020) e xCoAx 2022 (2022). Redigiu uma coluna mensal de análise e comentário político-cultural no jornal Badaladas de 2019 a 2021. Concebeu e coordenou o ciclo de conversas, debates e investigações “O Fim da Verdade Objetiva” no Atelier-Museu Júlio Pomar, em 2021. Coordenou a publicação homónima resultante desse projeto, editada pelo Atelier-Museu Júlio Pomar.
Raquel S. Raquel S. (1986, Monção). Estudou Filosofia e Estudos Literários, Culturais e Interartes. Trabalha a partir do Porto como dramaturga - escrevendo e dirigindo peças de sua autoria - e dramaturgista - acompanhando espetáculos de teatro e dança de várias companhias e adaptando textos de outros autores. Fundadora e diretora da estrutura Noitarder, que procura cruzar teatro, literatura e filosofia. A partir desta, estreouLonge(2018),amor.demónio (2021) eRuído(2021). Foi uma das dramaturgas selecionadas na École des Maîtres 2020, no âmbito da qual escreveu o textoCarne(2021). Autora do livro-poemaFogo Lentoe de diversos outros ensaios.
Rita Senra Rita Senra (1993, Barcelos). Artista visual a viver e a trabalhar no Porto. Licenciada em Artes Visuais pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. Desenvolve o seu trabalho artístico nas áreas do desenho e da instalação. É membro do Sismógrafo, espaço cultural no Porto, desde 2016. Apresenta trabalho desde 2013, do qual se destacam as exposições individuais:Corpo, imagem e sua perceção(2013), na Galeria Cozinha da Faculdade de Belas-Artes do Porto;Justamente Expostos(2014), no Projeto Expedição; eLegalenga(2019), no Sismógrafo. Conta com várias publicações e integrou, em 2016, a residência Papéis Cruzados, nas Oficinas do Convento, em Montemor-o-Novo, e, em 2019, a residência cruzada Porto/Clermont-Ferrand.
Tânia Geiroto Marcelino Tânia Geiroto Marcelino (1989, Lisboa). Artista visual independente, curadora e produtora cultural a viver e a trabalhar em Lisboa. Licenciada em Pintura (FBAUL) e Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas (FBAUP). Expõe o seu trabalho regularmente desde 2012, em exposições individuais e coletivas, residências artísticas e outros projetos. Expôs individualmente no Maus Hábitos/Saco Azul (Porto, 2017), na Rua das Gaivotas 6 (Lisboa, 2020) e no Duplex AIR (Lisboa, 2022). Colaborou também com projetos como Carpe Diem Arte e Pesquisa (Lisboa, 2013-14), Galeria Foco (Lisboa, 2019) e SLUICE (Londres-Barreiro, 2022). Atualmente encontra-se a produzirHors Lits Lisboa – 3.ª ed.(Lisboa, 2023) eCosmic Phase/Stagede Ana Libório, Bruno José Silva e João Estevens (2022-23). É Curadora em Residência nos Estúdios PADA (Barreiro, 2023).
A Biblioteca Municipal de Pamela recebe, no dia 7 de março, das 10h00 às 13h00, a prova de leitura em voz alta da fase municipal do Concurso Nacional de Leitura (CNL). Vão participar as/os cinco alunas/os de cada ciclo de ensino apuradas/os na prova de escrita nas escolas, que decorreu no dia 27 de fevereiro.
Este ano, as obras que foram selecionadas pelo Município de Palmela para leitura são subordinadas aos projetos “Os Direitos habitam nas histórias”, sendo que cada obra aborda os Direitos Humanos.
Nesta sessão, que se destina a alunas/os e docentes, vai estar presente Paulo Freixinho, cruzadista do jornal Público, para dinamizar uma sessão coletiva de palavras cruzadas, e João Paulo Félix, atleta que corre pelo país por causas sociais e que vem partilhar a sua experiência.
Todas/os as/os alunas/os presentes na Fase Municipal vão receber uma lembrança e um certificado de participação e as/os vencedoras/es de cada escalão um prémio.O CNL contempla ainda a fase intermunicipal e a final nacional, marcada para dia 3 de junho.
O Concurso é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura 2027, em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares, Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, Direção-Geral da Administração Escolar/Direção de Serviços de Ensino e das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, com o apoio da RTP. Tem como principal objetivo estimular o gosto e hábitos de leitura junto das/os alunas/os.
Arranque de nova temporada no Convento de Santo António de Ferreirim
A assinalar o início de nova temporada do fórum de discussão OIKOS – A CASA COMUM, terá lugar, a 4 de março, pelas 15h30, no Convento de Santo António de Ferreirim, uma conversa moderada por João Pereira, com o presidente do Município de Lamego, Francisco Lopes, sobre rios e barragens.
Apresentado em setembro de 2022, no âmbito das Jornadas Europeias do Património, dedicadas ao tema Património e Sustentabilidade, OIKOS – A CASA COMUM compreende a organização de um fórum regular de discussão sobre ambiente e sustentabilidade, com o envolvimento da comunidade local e a participação de convidados ligados diretamente à temática. Fazendo referência ao projeto desenvolvido no College des Bernardins, em Paris (https://www.collegedesbernardins.fr/), OIKOS – A CASA COMUM é um lugar de diálogo com a sociedade, sobre cultura ambiental, a partir do extinto Convento de Santo António de Ferreirim, de obediência à Ordem fundada por São Francisco de Assis, justamente, uma das primeiras figuras da cultura ocidental a pensar a natureza com espaço de comunhão.
Na que será a quarta sessão do fórum, depois da sua apresentação e os debates sobre #2 A alegria da casa e #3 Como é bonita a Casa [https://www.valedovarosa.gov.pt/eventos/projeto-oikos-a-casa-comum/], a nova temporada inicia-se com #4 Os rios da Casa, mote para a conversa com Francisco Lopes, seguida de uma prática meditativa, orientada por João Pereira, a partir de música de Arvo Pärt, o compositor estoniano que trabalha um estilo simples e minimalista, de repetições hipnóticas, inspirado em cânticos de tradição mística.
OIKOS – A CASA COMUM é uma iniciativa do Teatro Solo (João Pereira), organizado em parceria entre o Museu de Lamego e Monumentos do Vale do Varosa e o Município de Lamego.
SNVA – Sangue Novo Veias Antigas e OIKOS – A CASA COMUM | 5 de março
Ação de divulgação no Núcleo Arqueológico do Castelo de Lamego
No dia seguinte, pelas 16h00, o Núcleo Arqueológico do Castelo de Lamego acolhe uma ação de divulgação, destinada a toda a comunidade, dos projetos SNVA – Sangue Novo Veias Antigas e OIKOS – A CASA COMUM.
A antecipar o terceiro ciclo anual de espetáculos SNVA - Sangue Novo Veias Antigas, que terá início na primavera, o Museu de Lamego e os Monumentos do Vale do Varosa, o Município de Lamego e o Município de Tarouca e Teatro Solo promovem uma ação de divulgação junto da comunidade dos projetos de mediação cultural e educativa que têm desenvolvido nos Monumentos do Vale do Varosa.
Criado com o intuito de estimular a criação artística e dar visibilidade a projetos emergentes ligados à dança e à música, Sangue Novo Veias Antigas parte do reconhecimento do enorme potencial dos Monumentos do Vale do Varosa como plataforma privilegiada do diálogo entre o passado presente e futuro, através de práticas artísticas contemporâneas, num território de baixa densidade populacional. Promovendo sentimentos de pertença, de identificação e apropriação do património, o projeto assenta numa rede colaborativa de escolas e associações vocacionadas para o ensino e produção artística, que agora se pretende expandir à coparticipação e cocriação com toda a comunidade.
Com o mesmo objetivo, a ação de divulgação pretende sublinhar a importância da realização e participação de toda a comunidade nos fóruns de discussão promovidos pelo projeto OIKOS – A CASA COMUM, sobre Ambiente e Sustentabilidade, um assunto transversal a toda a Humanidade, que põe em relevo a premência de cuidar o bem/a casa comum.
A entrada é gratuita, sujeita à capacidade dos espaços.
“HANDMADE SPRING”, é o tema da edição de Março do Mercado Crafts & Design no Jardim da Estrela , das 10h00 às 18h00, nos dias 4 e 5 de Março.
A nova estação aproxima-se a passos largos e com ela novos motivos de inspiração para os nossos criadores. Num Mercado onde a criatividade e as peças de autor são as principais premissas, deixe-se surpreender pelas mais recentes propostas nas áreas do design, joalharia, cerâmica, ilustração, moda, entre outras.
Uma coisa podemos garantir: uma curadoria com os melhores projectos nos segmentos acima referidos, com peçashandmaderepletas de criatividade e qualidade.
Visite-nos, a entrada é gratuita.
Sobre o Mercado Crafts & Design: A decorrer desde Setembro de 2006, o Mercado Crafts & Design no Jardim da Estrela mantém o compromisso de se assumir como rampa de lançamento para criadores nacionais e internacionais nas áreas do design e do artesanato contemporâneo. Define-se como um mercado criativo para pessoas criativas e decorre no primeiro fim-de-semana do mês (excepto em Janeiro) com entrada gratuita. A organização está a cargo de Arquitexturas® - Organização de Eventos com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e Freguesia da Estrela.
“Dominguinhos” de fevereiro com ateliers lúdico-pedagógicos e hora do conto
FARTINHO DO INVERNO, FEVEREIRO VESTE CORES MAIS PRIMAVERIS NOS “DOMINGUINHOS”
Programa de cinema infantil gratuito do MAR Shopping Matosinhos, “Fitinhas”, leva à tela dos Cinemas NOS, no dia 4 de fevereiro, a animação “Bigfoot Family”
Os “Dominguinhos” de fevereiro no MAR Shopping Matosinhos celebram o amor, o Carnaval e a primavera que já se avizinha. O inverno está a terminar e o primeiro atelier, no dia 5 de fevereiro, convida-te a fazer uma plantação de agriões especial, dando-lhe como que um rosto a quem crescerá os “cabelos”. Serás capaz de os cortar para a sopa?
No segundo mês do ano, terás ainda a oportunidade de conhecer a história de amor de Cuquedo e assim comemorar o Dia de São Valentim. E, porque o mês é mais curto, e três são de Carnaval, a brincadeira intensifica-se para gozar a folia sem que falte uma única cor do arco-íris. Estão preparados? Venham daí para os “Dominguinhos”.
Os“Dominguinhos”são compostos por diferentes temáticas e surgem da parceria com a Catavento, empresa da incubadora de indústrias criativas da Fundação de Serralves, que se dedica a projetos educativos. Aosdomingos, entre as 11h00 e as 12h30,nocorredor de Moda InfantildoMAR Shopping Matosinhos, Piso 0, acontece um leque de atividades gratuitas de lazer, numasimbiose perfeita de momentos alegres e educativos.
As manhãs didáticas e diferentes querem-se sobretudo divertidas e em família. A Preguiça, a mascote dos “Dominguinhos”, também não fica em casa… Espera todos os domingos de manhã por mais uma brincadeira para partilhar com os seus amiguinhos!
FITINHAS: “Bigfoot Family” | 4 de fevereiro
O filme de animação de Jeremy Degruson e Bem Stassen, a dupla responsável por “A Casa da Magia” e por “Bigfoot Júnior”, que se baseia na famosa criatura semelhante a um grande macaco que muitos acreditam viver nas regiões selvagens dos EUA e Canadá, é o segundo na programação de 2023 do “Fitinhas”.
No sábado4 de fevereiro, os cinemas acolherão“Bigfoot Family”. Dois meses após ter convencido o pai a regressar a casa, Adam tenta lidar com o mediatismo em que toda a família se viu envolvida. Mas agora que é famoso, o pai Bigfoot está empenhado em usar o reconhecimento para apoiar causas que possam tornar o mundo um lugar melhor para viver. É assim que se vê envolvido na proteção de uma grande reserva florestal no Alasca, que parece estar na mira da Xtrakt, uma grande petrolífera. Tudo parece correr bem até Bigfoot deixar de comunicar com a família e desaparecer sem deixar rasto. Agora, determinados a saber o que se passou, Adam, a mãe e as suas mascotes de quatro patas, dirigem-se ao Alasca. É assim que descobrem que a petrolífera tem Bigfoot aprisionado nas instalações e se prepara para destruir todo o vale.
As sessões do “Fitinhas” são destinadas a crianças dos 3 aos 12 anos e acompanhantes (máximo de dois adultos e decinco pessoas por grupo) e têm início às 10h30.
Para cada sessão são disponibilizados 450 bilhetes, os quais podem ser levantados no balcão de informações, de 2ª a 6ª feira, no horário de funcionamento do MAR Shopping Matosinhos, sempre na semana em que decorre a sessão. O regulamento de acesso está disponível em marshopping.com.
PROGRAMAÇÃO DOMINGUINHOS FEVEREIRO 2023
5 fevereiro | Atelier de educação ambiental – Sr. Agrião
O mês de fevereiro é um bom mês para começar a fazer sementeiras. Nesta atividade vamos criar sementeiras de agriões únicas e divertidas. Vamos reutilizar garrafas de plástico e criar com elas personagens engraçadas. Primeiro, colocamos a terra, as sementes e depois, em casa, observaremos os cabelos da nossa personagem a crescer.
12 fevereiro | Hora do conto – O Cuquedo e um amor que mete medo
A história que fala do amor do Cuquedo. Ele viu que todos os animais da selva tinham companhia, menos ele. Mas isso não foi problema, ele cantou até encontrar uma companheira. Vamos descobrir com este livro que existe amor para todos e aprender uma lengalenga.
19 fevereiro | Atelier de Carnaval – Coroas arco-íris
Neste atelier vamos fazer uma coroa carnavalesca com todas as cores do arco-íris. Vamos usar uma tira de cartolina colorida do tamanho da nossa cabeça e, nela, colar vários elementos que iremos reutilizar, como grandes olhos de tampas de plástico e cabelos esvoaçantes com tiras de feltro de diversas cores.
26 fevereiro | Atelier de artes plásticas – Rolo aos pontos
Nesta atividade, iremos descobrir que o papel de cozinha tem ainda mais utilidades do que aquelas que imaginamos. Se o observarmos, tem diferentes padrões que vamos pintar e preencher por pontos com marcadores, e assim criaremos uma manta divertida para os nossos bonecos.
“NÃO” - Desenhos e objetos “— a vida é um modo de passar o tempo. — e quais são os outros? — não há.” (Alberto Pimenta, inCão Celeste)
Humberto Nelson, desenhador gráfico e artista ecologista natural do Porto, apresenta a partir de 11 de Fevereiro, às 16h na Cooperativa Árvore a Exposição “NÃO” – Desenhos e Objetos.
Os trabalhos apresentados, refletem um pouco a reflexão antropológica da civilização.; a negação ao estabelecido através da criação artística.
“Dizer não é dizer sim? Todas as negações que diariamente recebemos e exprimimos são modos assertivos ou dissimulados de também dizer sim? É fácil dizer não? Não é. Mas nessa escolha nos definimos, nos estruturamos, nos defendemos e fecundamos. Entre sins, nãos e omissões, sobrevivemos no interior das nossas masmorras, riscando a giz a passagem dos dias. Como numa fotografia, sempre há o negativo, o positivo e outra dimensão que, não sendo o inverso nem o reverso, é o avesso. E, de todas, parece-me a mais genuína. Saber dizer não torna-nos resilientes e permite que emerjamos como humanos, como disse Desmond Tutu a propósito da filosofia africana Ubuntu. Somos o resultado de todas as negações, das mais ancestrais, e assim continuará a ser indefinidamente com os vindouros. Pela preservação individual ou coletiva, recusa ou aceitação serão sempre uma permanente coreografia de intimidade e agressão. Utopia, distopia, entropia... No antropocénico vivemos, dando tiros cegos nos pés. E a esses danos sobreviveremos mal. Ou não sobreviveremos de todo.” - Margarida Ibáñez
A Exposição está patente até 5 de Março.
Abertura 11 fevereiro às 16h00 Horário: Segunda a sexta 10h00 – 13h00 | 14h00 – 18h30 Sábados – 14h00 – 19h00 Entrada gratuita Morada: Rua Azevedo de Albuquerque, nº 1 - Porto
A iniciativa dedicada aos mais novos realiza-se no primeiro domingo de cada mês, até novembro. A primeira ação do ano realiza-se já este domingo, dia 8 de janeiro.
Os “Ateliers Criativos” estão de regresso ao Centro Comercial Continente Loures, no primeiro domingo de cada mês, para desafiar a criatividade dos mais novos. Entre janeiro e novembro, à exceção de agosto, estão programados 10 ateliers com diferentes temas, que incluem artes manuais e trabalhos gráficos nos mais variados formatos.
A ação arranca já este domingo, dia 8, e é dedicado ao tema do Dia de Reis, “Somos Reis”. Em fevereiro, o workshop está marcado para o dia 5 e convida as crianças a usar a criatividade sob o tema “Mês do Amor”, antecipando a celebração do Dia dos Namorados.
Mas a diversão não se fica por aqui. No dia 5 de março o centro comercial convida a dizer “Olá Primavera” e no mês seguinte (2 de abril) o workshop terá a edição “Especial Páscoa”. E como o primeiro domingo de maio (dia 7) se celebra o Dia da Mãe, o atelier desafia os mais novos a desenvolver “Um presente para as mães”, já a 4 de junho o tema será dedicados às brincadeiras:
“Jogos para as crianças”. Com a aproximação da estação mais quente do ano, a 2 de julho o desafio é “Verão- Vamos Brincar?”. Em agosto, a iniciativa faz uma pausa e regressa em setembro, no dia 3, para celebrar o “Regresso às aulas”. No dia 1 de outubro volta a assinalar-se uma estação do ano, com o workshop “Outono – Folhas com vida”.
Um dos momentos altos do ano é, sem dúvida, a época natalícia. Assim, a 3 de novembro as crianças poderão começar a preparar as decorações com o atelier “O Natal está a chegar”.
Com esta iniciativa o Centro Comercial Continente Loures pretende criar uma maior proximidade com a comunidade local e, além disso, permitir que os pais possam realizar as suas compras tranquilamente enquanto os seus filhos estão a desenvolver atividades manuais.
Porto de Setúbal apresentou programa de atividades para o Centenário
Iniciativas incluem exposições, seminários, workshops, visitas aos terminais, passeios marítimo-turísticos e diversas atividades lúdicas
O ano de 2023 marca os 100 anos do Porto de Setúbal. Para assinalar este Centenário, a APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, apresentou no dia 26 de janeiro, um vasto programa de atividades que terão lugar durante todo o ano, e que têm como objetivo reforçar e promover o importante papel do porto no desenvolvimento económico e social da região e a sua envolvência com a cidade.
Com as Comemorações do Centenário, o Porto de Setúbal pretende dinamizar a vertente de educação e literacia do mar, através de ações de sensibilização e do conhecimento do setor marítimo-portuário, nas suas variadas vertentes, junto do público jovem e em parceria com as escolas da região, promovendo a ligação porto-cidade.
O Programa de comemorações inclui a realização de várias atividades para dar a conhecer à população o funcionamento do porto, as suas infraestruturas, tipos de carga e meios logísticos envolvidos, proporcionando vivências diversas com a realidade portuária através de visitas orientadas, passeios marítimo-turísticos e outras ações.
Entre as atividades previstas, destaca-se a realização de cinco sessões do “Fórum Investir, Inovar, Descarbonizar”, dedicados a temas como “A intermodalidade no Porto de Setúbal; “Inovação e Sustentabilidade”; Igualdade de Género”; “Porto de Setúbal, elo da região ao Mundo; e “Valorizar a Reindustrialização e a Logística”.
Terão ainda lugar atividades desportivas, como corridas, caminhadas, passeios, regatas, assim como diversas ações educativas, de limpeza e voluntariado.
A nível cultural, o plano das Comemorações do Centenário do Porto de Setúbal, prevê a realização de exposições fotográficas, artísticas e históricas, assim como workshops e visitas ao porto.
De acordo com o presidente da APSS, Carlos Correia,“este programa de atividades, que tem como parceiros oficiais, a Câmara Municipal de Setúbal e a Comunidade Portuária de Setúbal, pretende celebrar o passado, anunciar o presente e projetar o futuro do Porto de Setúbal. Estas iniciativas vão estar abertas à população e à comunidade empresarial da região, fortalecendo a relação entre o porto e a cidade e reforçando a estratégia que existe para o Porto de Setúbal, que passa por três palavras: investir, inovar e descarbonizar”.
Porto de Setúbal – Ao serviço de uma cidade e uma região
Foi a 18 de dezembro de 1923 que se criou a Junta Autónoma das Obras do Porto e Barra de Setúbal e do Rio Sado, efetivada na Lei nº 1517. No entanto, a história deste porto - descoberto pelos navegadores fenícios e mais tarde pelos romanos, povos que já nessas remotas eras apreciaram as condições estuarinas naturais únicas do rio Sado – fica marcada pelo enorme contributo que a infraestrutura portuária sempre teve para a economia e população de Setúbal.
Porto e cidade cresceram em união, e foi esse vínculo que deu origem à necessidade de construir de raiz a primeira infraestrutura portuária com características modernas. Foi o início de uma aventura de cariz mais industrial e que colocou o porto no caminho do crescimento, contribuindo para o desenvolvimento da região e do país.
Atualmente, o Porto de Setúbal prepara-se para enfrentar novos desafios, como a alteração do paradigma do transporte global, das novas realidades da produção de bens e do apoio ao consumo da vasta região que serve. O seuhinterlandabrange a região de Setúbal e estende-se ao Oeste e Alentejo, região onde está instalada cerca de 50% da indústria e do consumo nacional.
“Aesthesic Waves” é a mais recente exposição da autoria do colectivo de artistas “Sonoscopia”, que integra o Ciclo de Conferências, Exposições e Performances 2023, da Escola das Artes, da Universidade Católica Portuguesa no Porto. Com curadoria de José Alberto Gomes e conceção de Henriques Fernandes e Gustavo Costa (Sonoscopia), a inauguração tem data marcada para 2 de março, às 19h30 na Sala de Exposições, da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. A entrada é livre.
O Som é um fenómeno completo composto por vários mundos e camadas, descrito e analisado por diferentes perspetivas, ocupando vários papéis nas nossas vidas. Visto como expressão, arte, fenómeno físico, cognitivo, ecológico e social, mas raramente como um universo contido em si mesmo. Só devido às características sonoras de ser permanente e omnipresente, acrescentando a relação passiva, automática e inconsciente, podem justificar a surpreendente negligência do universo sonoro. O som permanece como um elemento ativo capaz de se modular e infetar. É um sinal externo permanentemente aberto e involuntário detetado através de um sistema auditivo que o recebe sem esforço, proporcionando uma perceção tridimensional constante e capacidades de navegação. É precisamente nesta oscilação interna que o som encontra a sua validação como criador de mundos, como instrumento epistemológico expandindo as suas capacidades operacionais em especulação e conhecimento, testando conexões sociais, culturais, ambientais e artísticas, estabelecendo mundos invisíveis.
“Aesthesic Waves”procura mostrar isto mesmo, através de uma instalação onde o som é imaginado e confrontado através da sugestão de movimentos vibratórios de corpos elásticos, ilusões óticas e ritmos visuais. A oscilação de diferentes materiais faz surgir diversos padrões que são organizados em forma de partitura gráfica fragmentada, e que nos vão lentamente desvendando alguns dos processos de obtenção sonora recorrentes no trabalho desenvolvido pela Sonoscopia.
Uma instalação em constante reformulação que se vai adaptando às diferentes propriedades acústicas e visuais de cada espaço onde é apresentada. Dadas as suas características interativas, a sua materialização molda-se às interpretações pessoais de cada visitante, num processo simbiótico e de criação coletiva. A criação é da autoria de Sonoscopia – uma associação para a criação, produção e promoção de projetos artísticos e educativos, centrada nas áreas da música experimental, na pesquisa sonora e nos seus cruzamentos transdisciplinares.
A exposição faz parte do Ciclo Internacional de Conferências, Exposições e Performances 2023 da Escola das Artes, que tem como título “Pisar Suavemente a Terra”que tem como inspiração o pensamento do filósofo e ativista Ailton Krenak. Trata-se não só de uma homenagem ao pensador, mas de um movimento subtil de admitir a urgência desses e outros ensinamentos, humanos e não humanos, como possibilidades de compreender e transformar nossa relação com a Terra.
Com curadoria de José Alberto Gomes e conceção de Henriques Fernandes e Gustavo Costa (Sonoscopia), a inauguração de “Aesthesic Waves” irá ter lugar dia 2 de março na Sala de Exposições da Escola das Artes e estará patente até 31 de março. A entrada é gratuita e pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 19h00.
A felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São inseparáveis. -Albert Camus
No dia 11 de Fevereiro, às 16h a Cooperativa Árvore inaugura a Exposição “Calcar” do artista plástico Emerenciano, que estará patente até 5 de Março. Uma Exposição que remete para a ideia metafórica das relações interpessoais.
Emerenciano, natural de Ovar, é um artista plástico de referência nacional e internacional que este ano comemora 50 anos de início da carreira artística.
As suas obras estão representadas em diversas coleções públicas e privadas, desde o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; no Museu de Serralves, Porto; na Bienal de São Paulo, Brasil, entre outros locais e Instituições nacionais e internacionais.
A convite da Câmara Municipal de Ovar, participou em 2000 num Plenário Internacional de artistas na Bulgária, que teve o apoio da Câmara da cidade de Pernik, cidade geminada com a cidade de Ovar.
“São as grandes guerras que mais preocupam os humanistas, morrem pessoas inocentes e crianças não escapam, mas todas as guerras podem ser evitadas se forem valorizados os diálogos e a cedência à paz, as diferenças podem coexistir harmoniosamente, os maus feitios condicionados incorporam o inimigo, que será a preciosidade na elevação de uma discussão. Ninguém será calcado, ideia que me inspira o nome da presente exposição, CALCAR, porque me revejo neste nome passados 50 anos desde que comecei a querer ser artista plástico. Fui calcado muitas vezes sem perceber os motivos, não evitei as rasteiras associadas a traições provenientes de onde menos esperava e, mais surpreendente, percebi que artistas matam artistas, afirmo sem ter a mania da perseguição, mas a perceção de uma realidade onde inimigos passam, alguns são de estimação. Eu sinto que sou por vezes inimigo de mim mesmo porque nem sempre me aprecio, não me mato, aturo-me. Não desejo matar e podem-me calcar ou levarem-me a rastejar, felizmente sou salvo por amigos de respeito, sorrio para os inimigos úteis, que encontro nos acasos da vida onde por distração talvez tenha calcado alguns, conhecidos e desconhecidos, devo pedir-lhes desculpa e dizer que numa próxima esquina da vida poderemos falar e passarmos a ser amigos que se fazem irmãos. Existimos para corrigirmos erros cometidos e surpreender positivamente, por isso uma pessoa pode telefonar e dizer-me que quer falar, marcamos encontro e entrega-me o que me roubou, objeto ou tempo.” - Emerenciano
Abertura 11 fevereiro às 16h00 Horário: Segunda a sexta 10h00 – 13h00 | 14h00 – 18h30 Sábados – 14h00 – 19h00 Entrada gratuita Morada: Rua Azevedo de Albuquerque, nº 1 - Porto