Afeto, arte e patudos no combate à solidão e ao abandono animal
As Avós d’A Avó Veio Trabalhar criam peças exclusivas para a Campanha MAPFRE Seguro de Companhia e enchem os animais para adoção de cor – e amor.
Foto de Júlia Guedes
Não há mal que não se cure com uma pitada de afeto e cor. E, para a solidão, não há melhor remédio que a alegria. Com oobjetivode alertar para a solidão e para o abandono animal, a MAPFRE lançou a campanhaSeguro de Companhia, que propõe unir quem se sente só aos animais disponíveis para adoção na União Zoófila.
Para dar legitimidade à mensagem, a MAPFRE uniu-se à União Zoófila, que conta com mais de 340 animais abandonados há mais de dois anos, e ao projeto “A Avó Veio Trabalhar”,uma hub criativa que através de workshops de trabalhos manuais ou experiências culturais, faz da idade um poder a ser incentivado.
E se a AvóIsabel Martins, de 70 anos, foi a protagonista dofilme da campanhaao contar a história verídica da adoção dos seus cães, o Rocco e a Polina, são as outras Avós que agora dão cor e continuidade à campanha.
A MAPFRE desafiou-as a bordaremtote bagscom fotos dos animais que estão para adoção na União Zoófila e o resultado foi asingularidade de um trabalho 100% feito à mão, com todo o amor e cuidado. Com técnicas diferentes, que estampam a imaginação de cada uma das Avós, os sacos com a impressão de cães e gatos ganharam adornos, focinhos coloridos e, até mesmo, uma outra magia.
As peças serão utilizadas para amplificar a campanha através de parceiros das instituições envolvidas e de influenciadores digitais, todos apoiantes desta causa animal. No entanto, qualquer pessoa poderá ter um saco igual ou personalizado pelas Avós, basta entrar em contacto através dosite d’A Avó Veio Trabalhar. Os valores da venda revertem na totalidade para o desenvolvimento e continuidade do projeto.
Foto de Júlia Guedes
Para incentivar que pessoas de todas as idades adotem animais,a MAPFRE,até dia 31 de maio,oferece um ano de seguro animalpara qualquer patudo que esteja à espera de um lar há mais de dois anos na União Zoófila, e que seja adotado durante o período desta campanha. Esta é uma forma de inspirar pessoas a darem uma nova oportunidade e amor aos animais mais adultos.
E porque a MAPFRE tem no seu ADN o compromisso com a sociedade, irá promover ações de convívio entre os voluntários MAPFRE (colaboradores, familiares e mediadores), as Avós e os animais da União Zoófila durante o mês de maio.
A solidão é uma realidade que afeta 1 a cada 5 pessoas de todas as idades em Portugal. Enquanto 15,4% dos jovens e adultos se sentem sozinhos, 68% dos maiores de 65 anos vivem sós. Em paralelo, o número de animais abandonados para a adoção aumenta a cada dia no País. Só no período da pandemia Covid-19, o número de animais recebidos nos centros de acolhimento subiu 28%. Se é sabido que os animais são uma excelente companhia e se são tantos à procura de afeto, porque não os juntarmos?
Em Portugal desde 1986, a MAPFRE Seguros possui uma rede de mais de 100 lojas em todo o País. A nível internacional, a MAPFRE é a maior multinacional de seguros de origem espanhola do mundo, a o terceiro maior grupo segurador na América Latina e líder em Não Vida na região.Com 30 milhões de clientes, emprega 33 mil colaboradores nos cinco continentes em que opera, tendo atingido em 2022, a nível internacional, cerca de 24.540 milhões de euros em prémios e um lucro líquido de 642 milhões de euros.
A Avó Veio Trabalhar é uma hub criativa para 60+. Uma iniciativa sem fins lucrativos de impacto local. Um espaço de produção artesanal e criativa, que produz uma rede de comunidade de afectos onde o centro são eles, os mais velhos e as suas mestrias artesanais. A idade é entendida como um poder. Cada Avó tem um talento único, aspirações e paixões que são celebradas individualmente. As peças da Avó Veio Trabalhar são únicas e revelam a mestria das suas mãos criativas, o cuidado e o carinho que cada produto leva ao ser criado por elas.
União Zoófila
Fundada em 1951, a União Zoófila é uma associação sem fins lucrativos de referência no que diz respeito à proteção dos animais domésticos abandonados, negligenciados e vítimas de abuso em Portugal. Alberga atualmente centenas de cães e gatos vítimas de abandono e maus tratos, muitos deles acolhidos em estado precário de saúde.
No dia 01/04, pelas 16:30h inaugura a exposição a exposição “Evolução”do grupo "UP Creators" no Convento de S. Domingos em Montemor-o-Novo.
A proposta para a exposição deste coletivo recém criado e ao qual orgulhosamente pertenço, surge depois de ter visitado o local expositivo aquando da inauguração de uma exposição de dois amigos e ter ficado fascinada com a ideia de apresentar, aos elementos do projeto "UP Creators" (ARTM USÁ/ DIANA PRATAS/ GENY PITTA/ ILDEBRANDA MARTINS/ JOSÉ H. PRADO/ MARITA VASKOVA / MAR / PEDRO FERNANDES/ ZÉ LUÍS), um local expositivo grandioso, anteriormente sagrado, entreazulejos antigos, sepulturas de um passado longínquo, nichos onde já habitaram Santos.
No dia da inauguração contamos com desfile de moda (Halyna Shcherban)e apontamentos musicais (Grupo Coral "Fora D`Oras" e do Grupo Feminino "Ecos do Monte").
Ildebranda Martins
Sou portuguesa nascida em Angola em 1965, sou artista plástica e curadora de arte. Os meus trabalhos artísticos atuais são basicamente instalações, muitas delas assentes em manequins e a sua utilização como matéria-prima artística nos últimos anos (2008-2022), decerto, está relacionado com a minha necessidade crescente de criar ambientes cinéfilos e teatrais, em que a fantasia e a realidade se fundem e em que o sonho se torna realidade e vice versa. Embora me considere uma autodidata, desde há muito que me estreei na Pintura e na Arte Plástica. A minha arte é pretensiosa e visa despertar consciências, não assenta na noção de que deve ter uma mera utilidade decorativa, mas sim na ideia de que deve, sempre que possível, causar sensações, originar exclamações, gerar pensamentos nos outros. Atualmente, além de artista, sou tambémcuradora na Galeria de Arte Beltrão Coelho, um projeto de responsabilidade social, financiada por uma empresa, onde procurei sempre proporcionar aos artistas condições favoráveis para exporem e divulgarem o seu trabalho sem contrapartidas financeiras, e que servisse de incubadora para parcerias culturais. Também sou autora de dois projetos coletivos, um relacionado com o universo feminino (“MULHERES COM ARTE”), que junta seis mulheres que amam muito e de forma igual a arte, mas que se manifestam artisticamente de forma muito diferenciada (escultura, pintura, cerâmica, ourivesaria, instalações), e outro, com o africano (“UNIVERSO AFRICANO”), que junta vários artistas de origem africana para narrar, através da sua criatividade, a história de uma mulher, “ISABEL BATATA DOCE”, cuja vida, em parte, simboliza a presença Portuguesa em África. Recentemente fui convidada pela ARTM USA para ingressar no coletivo “UP Creators” que em parte nasceu também na Galeria Beltrão Coelho e que junta artistas de origem Ucraniana e Portuguesa, mas cujo objetivo é o de abranger outras nacionalidades.
GRUPO ARTISTICO “UP CREATORS”
Inicialmente o grupo foi constituído com o objetivo de agregar artistas e criadores daUcrânia residentes emPortugal há vários anos e artistas portugueses. A siglaUPCreators, assim o indica, mas atualmente os seus objetivos são mais globais, inclusivos e os interesses passam por agregar vários criadores, de diversos países e sectores da cultura. A “UP Creators”pretende servir de ponte à integração das diversas comunidades e personalidades artísticas, sendo o multiculturalismo e universalidade uma pedra basilar do grupo. O coletivo, que pretende dar a conhecer ao público em geral as diversas influências e correntes artísticas tem, no entanto,três artistas fundadores, permanentes, no papel de decisores. São eles os seguintes:Artem Usá, Ildebranda Martins e José Henrique Prado.
O conceito de exposição é multifacetado e além da pintura e escultura (elementos essenciais), poderá ser mais abrangente e incluir moda, música ou outra. A título de exemplo, na Galeria Beltrão Coelho - Julho de 2022 - durante a exposição foi apresentado um concerto informal pelo cravista Andriy Pracht e um desfile de moda da designer Halyna Shcherban.
LOCAL EXPOSITIVO CONVENTO DE S. DOMINGOS EM MONTEMOR-O-NOVO
Fundado em 1559 o Convento dos Dominicanos de Montemor-o-Novo "(...) teve a sua origem numa capelinha gótica (...) dedicada a Santo António. Depois de dada a autorização para a sua instituição, iniciou-se a edificação do templo em 1561 e alguns anos mais tarde, em 1565, a comunidade dominicana começava a construir o edifício conventual.
Este edifício insere-se no modelo tipológico das igrejas dominicanas edificadas na segunda metade do século XVI. As obras do complexo conventual prolongaram-se até cerca de 1619, data em que o convento ficou "habitável", passando a albergar a partir de então uma pequena comunidade de religiosos.
O conjunto conventual apresenta uma planta em L, que se desenvolve em volta do claustro. A igreja, dedicada a Santo António, implanta-se longitudinalmente, com fachada de linhas simples e austeras, destacando-se o pórtico com frontão triangular, encimado por duas janelas retangulares, que interiormente iluminam o coro, e um óculo. Do lado direito foi adossada uma construção, pertencente às dependências conventuais.
O interior do templo é composto por nave única com capelas laterais e pelo espaço da capela-mor, de planta quadrangular. Do espaço conventual, destaca-se o claustro quadrado de doispisos.
Depois da extinção das ordens religiosas, oConvento de São Domingosfoi vendido em hasta pública. No entanto, devido à incúria dos proprietários, as estruturas do edifício e da igreja entraram em progressiva degradação, pelo que o conjunto estava bastante arruinado em meados do século XX. Em 1972 o Grupo de Amigos de Montemor-o-Novo patrocinou um projeto de recuperação, da autoria do arquiteto Raul Santa Clara, que visou a adaptação do convento a biblioteca municipal e museu. Depois das obras, foi instalado neste espaço o Museu Arqueológico local.
TITULO / TEMA: “EVOLUÇÃO”
Inicialmente o titulo da exposição estava relacionado diretamente com a sua natureza imperfeita, assente na noção de caos organizado, em que, de forma harmoniosa, num local histórico, entre azulejos antigos, sepulturas de um passado longínquo, nichos onde habitaram santos, se iria juntar escultura cerâmica tendencionalmente figurativa, instalações de material improvável, pintura de paisagens urbanas, na prática, várias técnicas que denunciam estilos, personalidades artísticas quase antagónicos. Pensou-se também designar a exposição de “confluências”, devido à imagem simbólica da junção diversos riachos num só rio, que traduziria a associação de várias expressões e manifestações de arte num só espaço, em nome da elevação da arte. Concluiu-se, no entanto, que “Evolução”traduzia melhor a ideia do coletivo. O grupoUP CREATORSapresenta-se neste espaço expositivo com vontade de evoluir como coletivo. Individualmente, como artistas, assiste a todos uma vontade grandiosa de estar em constante movimento, em processo de descoberta, numa evolução continua.