Um júri, coordenado por José Manuel Mendes, constituído por Cristina Robalo Cordeiro, Fernando Batista e Helena Carvalhão Buescu, atribuiu, por unanimidade, o Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga APE/Câmara Municipal de Coimbra ao livro Pedra Branca(Caminho), de Ethel Feldman e Miguel Vale de Almeida.
Na acta o júri fundamentaa sua escolha: «… esta obra apresenta uma riqueza e uma originalidade que vão além da questão do género, que a sua forma coloca – e que aliás a própria designação do prémio acolhe. Entendido como uma “experimentação”, desconfiando da “ilusão biográfica”, este livro toca num ponto essencial e sensível: o do valor absoluto da pessoa humana, num contexto histórico complexo, fora de qualquer brilho ou notoriedade.
Trata-se de um excelente exemplo de como a biografia de uma época (grosso modo, o século XX) se casa na perfeição com uma história pessoal de vida, que faz da biografia de uma pessoa (Rosa) um retrato de uma família e um retrato social (conjugado com o seu ethos). As duas perspectivas diferentes, uma mais pessoal e outra de cariz antropológico, conjugam-se aqui de forma complementar e enriquecedora. Livro muito bem escrito, oferece uma narrativa biográfica de grande finura, e com significativo alcance sociopolítico, além de pessoal e étnico.»
Nesta 3.ª edição da Grande Prémio de Literatura Biográfica Miguel Torga, uma iniciativa conjunta da Associação Portuguesa de Escritores e da Câmara Municipal de Coimbra, concorreram 21 obras, publicadas no ano de 2022.
O valor monetário deste Grande Prémio é, para quem foi distinguido, de € 12.500,00.
A cerimónia de entrega do prémio terá lugar no próximo dia 4 de Julho, Dia da Cidade, em Coimbra.
Mafra acolheCores do Mundo, uma exposição de 42 fotografias de conceituados fotógrafos da National Geographic que captam a grande paleta de cores que compõe o nosso mundo. A exposição aprofunda a importância de cada cor e as suas conotações.
Num lugar diversificado como o planeta Terra, as cores não têm o mesmo significado em todas as regiões. Na Índia e no Japão, o vermelho significa pureza, em África é a cor do luto e, noutros países, está associado ao poder e à força.
As imagens de fotógrafos como Joel Sartore,Steve McCurry, Lynn Johnson e Jodi Cobb, entre outros, captam a essência de paisagens, culturas e tradições de todo o mundo, desde a Papua Nova Guiné à Índia, passando pela Islândia, República Democrática do Congo, Chile e Estados Unidos da América.
A exposição faz parte do programa Arte na Rua, através do qual a Fundação ”la Caixa” e o BPI pretendem aproximar a ciência e a arte das pessoas, fora do contexto habitual dos museus e salas de exposição.
Foi hoje inaugurada pelo presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva, às 11 horas, no Terreiro D. João V, junto ao Palácio Nacional de Mafra, distinguido como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, a exposiçãoCores do Mundo, que nos traz a enorme variedade de paisagens do nosso planeta e as cores que as caracterizam, que ficará patente até dia 6 de junho. Participaram também na sessão de inauguração José Pena do Amaral, membro da Comissão de Responsabilidade Social do BPI, Maria João Cabral, Diretora Territorial da Fundação ”la Caixa” em Portugal, e Manuela Pedrón Nicolau, comissária da exposição.
Através de 42 imagens captadas por fotógrafos da National Geographic, a exposição organizada pela Fundação ”la Caixa” e pelo BPI, em colaboração com a Câmara Municipal de Mafra, convida-nos a refletir sobre a cor, um elemento que nos rodeia a todo o momento e que influencia a forma como nos sentimos, como nos enchemos de força, como relaxamos ou como nos emocionamos. Para que todos os seus tons e matizes não passem despercebidos, esta exposição faz deles os verdadeiros protagonistas.
Nas fotografias impressionantes dos azuis enevoados da luz matinal, dos violetas e vermelhos vivos do pôr do sol, dos verdes intensos dos campos ou dos dourados das folhas de outono, os visitantes encontrarão uma reflexão inspiradora sobre o significado das cores, as suas qualidades e o seu simbolismo ao longo da História.
Prestigiosos fotógrafos da National Geographic, entre os quais se encontram os multipremiados Joel Sartore, Steve McCurry, Michael Nichols, Lynn Johnson, Jodi Cobb, Paul Nicklen e Frans Lanting, dão-nos a conhecer as conotações das cores nas culturas de todo o mundo a partir da vasta gama de amarelos, laranjas, vermelhos, violetas, azuis, verdes e brancos.
Uma ligeira diferença no comprimento de uma onda luminosa determina se vemos vermelho ou azul, e a psique humana dotou estas cores de conotações que se difundiram nas culturas de todo o mundo. A humanidade é atraída pelas cores desde tempos imemoriais. Uma das primeiras substâncias corantes que se procurou foi a púrpura-de-tiro, utilizada pelos antigos fenícios e extraída das glândulas de uns moluscos do Mar Mediterrâneo. Os custos de produção eram tão elevados que só os ricos se podiam dar ao luxo de possuir peças de vestuário tingidas com este corante, gerando um simbolismo em torno desta cor, à qual também se chamou “púrpura real”.
Esta exposição faz parte do programa Arte na Rua, lançado em 2006 e através do qual a Fundação ”la Caixa” tem aproximado do grande público criações de artistas como Auguste Rodin, Henry Moore e os fotógrafos Cristina Garcia Rodero e Sebastião Salgado, entre outros. Agora, em colaboração com a National Geographic Society, o programa integra uma nova linha centrada na ciência e na natureza, em linha com um dos objetivos prioritários da Fundação ”la Caixa”, de levar a cultura, a ciência e o conhecimento à sociedade.
ÁREAS DA EXPOSIÇÃO
A exposição dedica uma área a cada uma das sete cores escolhidas e, através de seis fotografias e pequenos textos introdutórios, tece algumas considerações sobre o significado dessas cores no mundo.
AMARELO
Um agricultor a cortar feno em círculos no estado de Washington, nos Estados Unidos da América, um pequeno gelada agarrado às costas da mãe no Parque Nacional das Montanhas Simien, na Etiópia, e uma estátua dourada de Buda em Myanmar são algumas das fotografias que nos mostram esta cor em todo o seu esplendor.
O amarelo é júbilo. É o Sol que ilumina o Planeta e proporciona vida, calor e relaxamento. É serenidade. O amarelo pode desaparecer nas nuvens e aproximar-se tanto do branco que as pessoas podem perguntar-se se a cor efémera estará mesmo lá. O amarelo pode simbolizar o intelecto, uma vez que o seu brilho se assemelha ao brilho da mente humana, mas também pode simbolizar a doença e a cura.
LARANJA
O laranja é uma cor frequentemente menosprezada, que cede, por vezes, o protagonismo ao vermelho e ao amarelo. Existe na transição de brilho para os meses mais quentes, mas também na lenta passagem do verão para o inverno, quando as folhas verdes se tornam douradas e alaranjadas. O laranja mostra a sua força no crepúsculo, como se pode ver na fotografia dos gnus a caminhar perto do rio Zambeze e na lava do vulcão Mauna Ulu do Hawai. Porém, também é uma cor serena, como revela a fotografia do jovem monge budista no Camboja, cujo manto de tom suave nos transmite tranquilidade.
VERMELHO
A Natureza utiliza o vermelho para seduzir e mostrar força e poder. É uma cor que persevera ao longo das estações do ano. Mesmo no inverno, quando tudo morre, o vermelho continua a viver no azevinho brilhante e nas bagas de inverno. As rãs-dardo advertem os predadores para o seu veneno com uma cor vermelha brilhante. O vermelho não é subtil. Na nossa cultura, é amor, paixão e fogo. Na Índia, de onde provém uma fotografia da tribo Fakirani, significa pureza, mas, em África, é a cor do luto.
AZUL
No nosso planeta, estamos constantemente rodeados de tons de azul. Num lago, é relaxante e, no céu, denota imensidão. No oceano, por outro lado, chama-nos para as profundezas, para o desconhecido. Exemplos deste azul são as fotografias de um góbio que descansa sobre uma amêijoa gigante no fundo do mar da Indonésia e do par de focas-caranguejeiras que dormita num bloco de gelo flutuante, na Antártida. O azul tem estado entrelaçado com a religião desde a Antiguidade. Pode ver-se no turquesa sereno dos azulejos das mesquitas e no raio cerúleo que crepita nas mãos de Zeus, na mitologia grega. O azul é poderoso e místico.
VIOLETA
O violeta é misterioso. Lavanda, ameixa, beringela... Todos os tons de violeta são surpreendentemente diferentes. O violeta é suave, mas insistente. Está nas primeiras horas da manhã, antes de o Sol surgir no horizonte, como na fotografia protagonizada por uma foca-da-Gronelândia que repousa no gelo do Golfo de São Lourenço, no Canadá, sob o céu crepuscular. Está também, noutro tom, nas cores outonais da vista panorâmica do rio Missisquoi, nos Estados Unidos da América. O violeta adorna a realeza nos ricos tons aveludados das suas vestes e coroas, e no brilho das pedras preciosas.
VERDE
O verde é manifestação de vida. É renascimento, renovação. O primeiro rebento de uma planta verde numa extensão de terra significa o renascimento que se segue ao inverno. Nas fotografias, vemos o esplendor do verde em torno de um camponês que colhe o primeiro chá do ano no Japão. No mundo animal, o verde também está presente, como se pode ver na fotografia de um quetzal macho, na Guatemala.
A existência de verde é sinal de saúde e vitalidade. O verde mantém-nos vivos. A vasta área verde do nosso planeta expira o oxigénio que nós humanos inspiramos, estabelecendo uma relação cíclica de vida e morte que deve ser protegida e preservada.
BRANCO
Na exposição, uma noiva e os seus convidados dançam na rua em Skopje, na Macedónia. O branco não é mais do que a cor do início e do fim. É a cor da pureza. É etérea, imaculada e perfeita.
A sua delicadeza pode ser vista no pelo de alguns animais, como no do lémure sifaka de Madagáscar que protagoniza uma das fotografias da exposição. Contudo, o branco também pode ser avassalador, ao absorver todas as outras cores, como na fotografia do iceberg antártico que transporta os pinguins. É a cor de nada e de tudo.
Cores do Mundo
De 9 de maio a 6 de junho de 2023
Terreiro D. João V / Mafra
Abertura ao público em geral:
Exposição aberta 24h para visita livre
Visitas guiadas gratuitas para escolas e outros grupos:
De segunda a sexta, das 10h às 13h e das 16h às 18h
Reserva através do número de telefone 21 556 24 95
Visitas comentadas gratuitas para o público em geral:
OFestival Terras sem Sombra, através da iniciativa “Terras à Vista” apresenta a 6 de Junho (16h00), em Sines, a mesa-redondaO AlentejoLitoral: Identidade, Sustentabilidade, Territorialidade.
Trabalhos vão debater “Património Gastronómico do Litoral Alentejano: Dos Recursos Naturais aos Recursos Criativos”.
Workshopdedicado ao tema “Trabalhar em Rede, Promover um Destino: Os Activos Histórico-Culturais e a Captação de Novos Públicos”.
“Festival Terras sem Sombra: Apresentar uma Programação Internacional em Territórios de Baixa Densidade”, como terceira sessão de trabalhos.
Contamos com a sua presença e colaboração na divulgação noticiosa do evento. Ficamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.
Em cena de Quinta a sábado às 21h | Domingos às 17h
Duração: 90m | Bilhetes: 20€
O Rei Zarolhodespede-se do palco do Teatro Maria Matos, não perca as últimas apresentações.
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