Milhões de cartas e documentos tornados públicos pela primeira vezpermitem investigar uma das figuras mais controversas da História contemporânea
A27 de junho, pelas 22h15,oCanal HISTÓRIAestreia em exclusivo“Ficheiros Secretos do Vaticano",uma série de quatro episódios sobre os documentos privados que, em 2019, foram retirados dos arquivos do Vaticano, tornando-se públicos pela primeira vez.
Canal viaja pelos quatro cantos do mundo para revelar as casas mais extraordinárias do planeta
No dia 27 de junho, pelas 21h00, o canalCasa e Cozinhaestreia “Designs Fabulosos”,uma série surpreendente que promete uma viagemaos quatro cantos do mundo para descobrir as casas mais extraordinárias do planeta.
Seja no meio da savana, numa ilha deserta, no alto das montanhas, no centro da cidade ou no coração de uma reserva natural protegida, cada um destes lugares fascina pela sua originalidade, pelo seu design, pela sua história, mas também pela sua conceção na vanguarda da ecologia.
As noites de “Cinema no Terraço” estão de volta ao Cine-Teatro S. João, em Palmela, em junho, com sessões às 21h30, com entrada gratuita.
Em 2022, o 70.º aniversário do Cine-Teatro foi comemorado com um vasto programa, que incluiu a exibição de dois filmes no terraço deste equipamento cultural. O sucesso das sessões levou o Município de Palmela a retomar a iniciativa, este ano com a exibição de cinco filmes de várias partes do mundo e diferentes épocas: “Cesária Évora”, dia 2, “Le Mali 70”, dia 9 (sessão integrada no Festival IndieLisboa), “A Lancheira”, dia 16, “Ladrões de Bicicletas”, dia 23, e “O Carteiro de Pablo Neruda”, dia 27.
A iniciativa “Cinema no Terraço” enquadra-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17 - Parcerias para a Implementação dos Objetivos.
Programa
2 junho
Cesária Évora
Realização: Ana Sofia Fonseca
Documentário | Portugal | 2022
94 minutos
M/12
O filme de Ana Sofia Fonseca oferece um retrato de Cesária Évora, cantora que nasceu em Cabo Verde na época colonial, que lutou sempre pela liberdade e que chegou ao topo da cena musical a nível mundial. O documentário apresenta os diversos contextos políticos e sociais da vida da artista e os temas universais da liberdade e da desigualdade racial e de género, todos ilustrados por imagens de arquivo inéditas, canções originais e testemunhos únicos das pessoas que a conheceram. Nas palavras da realizadora: «Como jornalista, há 20 anos que conto histórias de pessoas, principalmente mulheres, muitas vindas de África. Cesária é a narrativa perfeita - uma mulher que desafiou o destino e quebrou todos os preconceitos».
9 junho
Le Mali 70
Filme exibido na secção IndieMusic
Realização: Markus C.M. Schmidt
Documentário | Alemanha | 2022
94 minutos
M/12
Uma big band de Berlim, o projeto Omniversal Earkestra, descobre os discos das big bands da República do Mali dos anos 1960 e 70, quando houve uma cena musical explosiva logo a seguir à
independência do país. Fascinados com o som - que junta tradições Dogon, Wassalou ou Tuareg com influências cubanas - embarcam numa viagem para conhecerem as lendas veteranas que originaram o movimento, como Cheick Tidiane Seck, Abdoulaye Diabaté ou Salif Keita.
16 junho
A Lancheira
Realização: Ritesh Batra
Comédia Sentimental | Índia | 2013
104 minutos
M/12
Os "dabbawalas" da cidade de Bombaim, Índia, são uma comunidade de mais de cinco mil entregadores de "dabbas" (lancheiras). Eles levam aos escritórios as refeições quentes vindas das cozinhas das donas de casa e regressam mais tarde com elas vazias para as devolver às respetivas
casas. É uma profissão hereditária e a entrega é feita por analfabetos que usam um complexo sistema de código de cores e símbolos para as entregar às/aos suas/eus devidas/os donas/os. Um estudo da Universidade de Harvard, nos EUA, demonstrou que apenas uma em cada quatro milhões de lancheiras é extraviada e entregue na morada errada. Saajan (Irrfan Khan) é um contabilista viúvo e muito solitário, que todos os dias se esforça para iniciar os seus dias. Ila (Nimrat Kaur), por seu lado, é uma jovem mulher desprezada que deseja reconquistar o marido e que, com amor e dedicação, lhe cozinha os pratos mais saborosos, certa de que ele a voltará a amar. Certo dia, devido a um fatídico erro de troca de lancheiras, Saajan recebe a refeição que Ila cuidadosamente
preparou para o marido. Quando ela percebe o sucedido, escreve-lhe um bilhete a pedir desculpa. Ele responde, agradecido. Dá-se assim início a uma troca de bilhetes e confissões de parte a parte, que se vai desenvolvendo em algo cada vez mais profundo. Apresentado na Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes, um filme sobre a mágoa e a esperança numa vida melhor, escrito e realizado pelo estreante Ritesh Batra.
23 junho
Ladrões de Bicicletas
Realização: Vittorio De Sica
Drama | Itália | 1948
90 minutos
M/6
“Ladrões de Bicicletas” ocupa há sete décadas consecutivas um lugar cimeiro no cânone dos melhores filmes de todos os tempos. Logo na estreia, gerou um grande entusiasmo, na Europa e na América, e André Bazin descrevia-o como uma obra-prima, perfeita e sublime, e afirmava que De Sica era o maior realizador italiano. Amado por Orson Welles e Wes Anderson, o filme que “mudou a vida” de Ken Loach, que “salvou a carreira” de Jia Zhang Ke, “Ladrões de Bicicletas”, a odisseia de um pai e de um filho pelas ruas de Roma à procura de uma bicicleta roubada, indispensável para o seu trabalho, obra zénite do neo-realismo italiano, tem a grandeza de uma tragédia clássica. Cesare Pavese dizia que o grande cronista da Itália do seu tempo era De Sica. Foi também nas ruas, onde filmaria, que o realizador foi procurar os seus intérpretes: Lamberto Maggiorani, o pai, era um operário mecânico, e Enzo Staiola, o filho, descobriu-o entre os mirones. «Era necessário que este operário fosse ao mesmo tempo tão perfeito, anónimo e objetivo como a sua bicicleta». Com uma extraordinária mise en scène, um trabalho rigoroso de escrita (com Cesare
Zavattini e outros), uma concisão comovente, “Ladrões de Bicicletas” é “cinema no seu estado puro”, que nos provoca uma comoção tão forte hoje como há 70 anos.
27 junho
O Carteiro de Pablo Neruda
Realização: Michael Radford
Comédia Dramática | Itália | 1994
108 minutos
M/12
Baseada no livro de Antonio Skármeta, esta longa-metragem conta a história da amizade entre o poeta chileno Pablo Neruda, exilado numa pequena ilha italiana, e o seu carteiro - um homem simples e quase analfabeto que pretende conquistar o coração da bela Beatrice com poesia. Enquanto o carteiro (Massimo Troisi) aprende que para escrever poemas basta deambular pela praia, onde as metáforas lhe ocorrem naturalmente, Neruda (Philippe Noiret) descobre a grandeza dos homens, que apesar de simples dão a vida pela revolução. O próprio filme é um longo poema, ao som das ondas grandes e pequenas, do vento que sopra e das redes tristes dos pescadores.
As noites de “Cinema no Terraço” estão de volta ao Cine-Teatro S. João, em Palmela, em junho, com sessões às 21h30, com entrada gratuita.
Em 2022, o 70.º aniversário do Cine-Teatro foi comemorado com um vasto programa, que incluiu a exibição de dois filmes no terraço deste equipamento cultural. O sucesso das sessões levou o Município de Palmela a retomar a iniciativa, este ano com a exibição de cinco filmes de várias partes do mundo e diferentes épocas: “Cesária Évora”, dia 2, “Le Mali 70”, dia 9 (sessão integrada no Festival IndieLisboa), “A Lancheira”, dia 16, “Ladrões de Bicicletas”, dia 23, e “O Carteiro de Pablo Neruda”, dia 27.
A iniciativa “Cinema no Terraço” enquadra-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17 - Parcerias para a Implementação dos Objetivos.
Programa
2 junho
Cesária Évora
Realização: Ana Sofia Fonseca
Documentário | Portugal | 2022
94 minutos
M/12
O filme de Ana Sofia Fonseca oferece um retrato de Cesária Évora, cantora que nasceu em Cabo Verde na época colonial, que lutou sempre pela liberdade e que chegou ao topo da cena musical a nível mundial. O documentário apresenta os diversos contextos políticos e sociais da vida da artista e os temas universais da liberdade e da desigualdade racial e de género, todos ilustrados por imagens de arquivo inéditas, canções originais e testemunhos únicos das pessoas que a conheceram. Nas palavras da realizadora: «Como jornalista, há 20 anos que conto histórias de pessoas, principalmente mulheres, muitas vindas de África. Cesária é a narrativa perfeita - uma mulher que desafiou o destino e quebrou todos os preconceitos».
9 junho
Le Mali 70
Filme exibido na secção IndieMusic
Realização: Markus C.M. Schmidt
Documentário | Alemanha | 2022
94 minutos
M/12
Uma big band de Berlim, o projeto Omniversal Earkestra, descobre os discos das big bands da República do Mali dos anos 1960 e 70, quando houve uma cena musical explosiva logo a seguir à
independência do país. Fascinados com o som - que junta tradições Dogon, Wassalou ou Tuareg com influências cubanas - embarcam numa viagem para conhecerem as lendas veteranas que originaram o movimento, como Cheick Tidiane Seck, Abdoulaye Diabaté ou Salif Keita.
16 junho
A Lancheira
Realização: Ritesh Batra
Comédia Sentimental | Índia | 2013
104 minutos
M/12
Os "dabbawalas" da cidade de Bombaim, Índia, são uma comunidade de mais de cinco mil entregadores de "dabbas" (lancheiras). Eles levam aos escritórios as refeições quentes vindas das cozinhas das donas de casa e regressam mais tarde com elas vazias para as devolver às respetivas
casas. É uma profissão hereditária e a entrega é feita por analfabetos que usam um complexo sistema de código de cores e símbolos para as entregar às/aos suas/eus devidas/os donas/os. Um estudo da Universidade de Harvard, nos EUA, demonstrou que apenas uma em cada quatro milhões de lancheiras é extraviada e entregue na morada errada. Saajan (Irrfan Khan) é um contabilista viúvo e muito solitário, que todos os dias se esforça para iniciar os seus dias. Ila (Nimrat Kaur), por seu lado, é uma jovem mulher desprezada que deseja reconquistar o marido e que, com amor e dedicação, lhe cozinha os pratos mais saborosos, certa de que ele a voltará a amar. Certo dia, devido a um fatídico erro de troca de lancheiras, Saajan recebe a refeição que Ila cuidadosamente
preparou para o marido. Quando ela percebe o sucedido, escreve-lhe um bilhete a pedir desculpa. Ele responde, agradecido. Dá-se assim início a uma troca de bilhetes e confissões de parte a parte, que se vai desenvolvendo em algo cada vez mais profundo. Apresentado na Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes, um filme sobre a mágoa e a esperança numa vida melhor, escrito e realizado pelo estreante Ritesh Batra.
23 junho
Ladrões de Bicicletas
Realização: Vittorio De Sica
Drama | Itália | 1948
90 minutos
M/6
“Ladrões de Bicicletas” ocupa há sete décadas consecutivas um lugar cimeiro no cânone dos melhores filmes de todos os tempos. Logo na estreia, gerou um grande entusiasmo, na Europa e na América, e André Bazin descrevia-o como uma obra-prima, perfeita e sublime, e afirmava que De Sica era o maior realizador italiano. Amado por Orson Welles e Wes Anderson, o filme que “mudou a vida” de Ken Loach, que “salvou a carreira” de Jia Zhang Ke, “Ladrões de Bicicletas”, a odisseia de um pai e de um filho pelas ruas de Roma à procura de uma bicicleta roubada, indispensável para o seu trabalho, obra zénite do neo-realismo italiano, tem a grandeza de uma tragédia clássica. Cesare Pavese dizia que o grande cronista da Itália do seu tempo era De Sica. Foi também nas ruas, onde filmaria, que o realizador foi procurar os seus intérpretes: Lamberto Maggiorani, o pai, era um operário mecânico, e Enzo Staiola, o filho, descobriu-o entre os mirones. «Era necessário que este operário fosse ao mesmo tempo tão perfeito, anónimo e objetivo como a sua bicicleta». Com uma extraordinária mise en scène, um trabalho rigoroso de escrita (com Cesare
Zavattini e outros), uma concisão comovente, “Ladrões de Bicicletas” é “cinema no seu estado puro”, que nos provoca uma comoção tão forte hoje como há 70 anos.
27 junho
O Carteiro de Pablo Neruda
Realização: Michael Radford
Comédia Dramática | Itália | 1994
108 minutos
M/12
Baseada no livro de Antonio Skármeta, esta longa-metragem conta a história da amizade entre o poeta chileno Pablo Neruda, exilado numa pequena ilha italiana, e o seu carteiro - um homem simples e quase analfabeto que pretende conquistar o coração da bela Beatrice com poesia. Enquanto o carteiro (Massimo Troisi) aprende que para escrever poemas basta deambular pela praia, onde as metáforas lhe ocorrem naturalmente, Neruda (Philippe Noiret) descobre a grandeza dos homens, que apesar de simples dão a vida pela revolução. O próprio filme é um longo poema, ao som das ondas grandes e pequenas, do vento que sopra e das redes tristes dos pescadores.