A exposição Harmonia continua em evidência na programação de índole cultural do Casino Estoril. Com entrada gratuita, esta mostra colectiva de pintura e de escultura poderá ser visitada, até 30 de Outubro, na Galeria de Arte.
Participam nesta exposição 8 artistas, designadamente 5 pintores e 3 escultores, formando um conjunto muito diferenciado, com oito distintas linguagens, mas que coabitam em perfeita harmonia.
Esta mostra também poderia ter sido batizada de “Aldeia Global”, dadas as diferentes proveniências dos artistas presentes. Além dos lusos, Filipe Curado, Amélia Moura e Sá e Filipa Oliveira Antunes, participa o aguarelista moçambicano Joaquim Canotilho, os escultores espanhóis Alhi Prieto e Elias Aparício, a ucraniana Mira, com parte da sua monumental série de pintura “22 Shadows” e Anastasia Antia, artista nascida em São Petersburgo, vivendo actualmente em Cascais, que segundo suas palavras, tem sido uma enorme fonte de inspiração.
Artistas participantes na exposição Harmonia:
Pintura – Amélia Moura e Sá, Anastasia Antia, Filipa Oliveira Antunes, Joaquim Canotilho e Mira.
Escultura – Alhi Prieto, Elias Aparício e Filipe Curado.
A Galeria de Arte do Casino Estoril acolhe, até 30 de Outubro, a exposição Harmonia. A entrada é gratuita.
No mês de Outubro, a exposição “Rascunhos da minha Alma”, de Leonor Sousa, a reconhecida artista plástica, chega ao Art Spot. Com inauguração marcada para dia 3 de outubro às 18h30, esta exposição vai estar presente na galeria durante todo o mês de outubro.
Natural de Vagos, Leonor Trindade Sousa cresceu com o gosto e a curiosidade das artes, em especial da pintura. Utilizando técnicas desde o figurativo, ao abstrato, do acrílico ao óleo, a artista pintou várias coleções, presentes em mais de 200 exposições, incluindo presença em França, Itália, Coreia do Sul, E.U.A, e muitos outros.
Foi também nestes países que se destacou e foi reconhecida duas vezes como artista do ano, em Itália, e foi ainda qualificada como uma das 50 melhores artistas internacionais contemporâneas. Além de estes reconhecimentos, a artista venceu cerca de 100 prémios a nível nacional e internacional.
As obras de Leonor Sousa vão preencher o Art Spot - a galeria de arte do Alameda Shop & Spot, Centro Comercial gerido e comercializado pela consultora imobiliária CBRE - com os seus pensamentos e sentimentos representados a óleo ou a acrílico. A sua personalidade carismática e irreverente reflete um estoicismo apaixonado através de pincéis ou das suas próprias mãos.
Além da exposição, a artista estará presente todos os sábados do mês, entre as 17h e as 19h, com a atividade “Brinca a Pintar”. Com um máximo de 7 participantes, esta atividade é dedicada a crianças entre os 4 e os 12 anos, sendo necessária inscrição prévia com a artista, através do número 915 554 643.
A partir de amanhã, 7 de setembro, e todas as quintas-feiras dos meses de setembro e outubro, o fado tradicional sai à rua, numa iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior com participação gratuita.
No ano que marca os 140 anos de Pinóquio, novas criaturas de madeira ganham vida pelas mãos de artistas contemporâneos para nos fazer pensar sobre a nossa existência
“Geppetto’s New Generations”, a nova exposição deCardoz(João Cardoso) em parceria com aAKTO Studiode João Erse, apresenta criações de madeira que abordam o impacto que a tecnologia tem na nossa relação com a natureza e exploram o papel dos seres humanos num mundo cada vez mais virtual. A inauguração está marcada para o dia 12 de outubro, às 18 horas, na Coup Gallery, em Lisboa.
Se, por um lado, os avanços tecnológicos viabilizaram a possibilidade de nos ligarmos a outras pessoas a uma velocidade sem precedentes, por outro, afastaram-nos da natureza e do que nos torna realmente humanos.
“Creature”, uma figura de aspecto metálico desenvolvida por Cardoz e que é presença habitual na sua obra, adquire nesta exposição uma nova aparência em madeira, sendo protagonista das várias peças em mostra, cujo objetivo é apelar à reconciliação com a natureza e a nossa essência.
“A proliferação de dispositivos digitais, redes sociais e outros aplicativos tem vindo a transformar o modo como interagimos com o mundo. Os ecrãs são hoje extensões do nosso corpo - é certo que nos abrem horizontes, mas também servem de barreiras (ou palas) a estarmos presentes, contemplarmos e aproveitarmos o que está, de facto, à nossa volta”, começa por explicar Cardoz. “O propósito desta exposição é justamente despertar uma reflexão, através da arte, sobre a forma como a tecnologia desvirtuou a socialização na vida real e como as inúmeras possibilidades de conexão levam, paradoxalmente, à desconexão com os outros, connosco mesmos e com o meio que nos envolve”, conclui o artista.
"Como símbolo da nossa relação em constante evolução com a tecnologia, estou perante vós, uma manifestação das consequências das nossas escolhas. Embora a tecnologia tenha trazido avanços incríveis, não devemos esquecer as nossas raízes na natureza. Através das minhas formas de madeira, insto-vos a fazer uma pausa, a refletir e a lembrar a beleza do mundo natural. Procuremos um equilíbrio harmonioso entre o nosso progresso mecânico e o abraço sereno da Mãe Natureza, pois é aí que reside a essência da nossa Humanidade", apela Creature, a figura criada por Cardoz há 5 anos*.
Outra das questões levantadas neste projeto artístico relaciona-se com a dicotomia ser/parecer que caracteriza a nossa presença digital: não estaremos a ser “Pinóquios” ao partilhar retratos parcelados e embelezados das nossas vidas, adulterando a realidade?
A temática da tecnologia e das suas consequências em nós é recorrente no trabalho de Cardoz. O artista procura, por via das suas criações artísticas, consciencializar o público para a fragilidade da condição humana perante o desenvolvimento tecnológico, que pode contribuir tanto para a nossa prosperidade como para a nossa eventual extinção.
A exposição estará aberta ao público na Coup Gallery - Rua de São Bento, 309B - de 12 a 29 de outubro (das 18h00 às 20h00) e tem entrada gratuita.
Ana Hatherly, Alberto Carneiro, Alexandra do Carmo, António Olaio, António Poppe, Cristina Mateus, Ernesto de Sousa, E. M. de Melo e Castro, Fernando Brito / Ases da Paleta, João Vieira, Jorge Molder, Julião Sarmento, Miguel Leal, Miguel Palma, Paulo Mendes, Salette Tavares.
Inauguração: Sábado, 16 de setembro – 21h Performances de António Olaio e António Poppe A exposição fica patente até 21.01.2024
Por ocasião dos 50 anos da Galeria Quadrum, as Galerias Municipais inauguram no dia 16 de Setembro, a exposição Quadrum 50 anos, uma fogueira cultural, um projeto curatorial de Paulo Mendes.
Em 2023, comemoram-se cinquenta anos desta galeria histórica, ímpar na sua visão e experimentalismo no contexto artístico português. Por ela passaram muitos artistas seminais para o meio das artes plásticas ao longo das várias décadas de atividade. Esta exposição integra obras históricas de António Olaio, Ernesto de Sousa, Alberto Carneiro, João Vieira, Jorge Molder, Julião Sarmento, Miguel Palma, Cristina Mateus, Paulo Mendes, Fernando Brito, Alexandra do Carmo, Ana Hatherly, Miguel Leal, Salette Tavares, E. M. de Melo e Castro, além de documentação, em papel e em registo vídeo, recolhida no espólio documental da Galeria e noutros espólios documentais.
A inauguração desta exposição – com performances de António Olaio e António Poppe a partir de textos do arquivo expositivo da Quadrum - foi pensada pelo curador deste projeto como um momento singular de celebração para a comunidade artística, de modo abrangente e transversal - artistas, curadores, representantes de instituições, galerias, colecionadores, imprensa – mas também para o público em geral. A entrada é gratuita.
1973, Dulce d’Agro abre a Galeria Quadrum a 22 de Novembro com a exposição coletiva “Artistas Modernos Portugueses.”
Poucos meses depois, apenas com duas exposições realizadas, acontece a Revolução dos Cravos, exterminando um regime ditatorial fascista de meio século. Na conturbada década de 1970, a cultura e a política estavam em agitação e transformação permanente. A Galeria Quadrum será um dos lugares privilegiados para assistir a essas mudanças na sociedade portuguesa, seja no pensamento cultural seja na acção política, em que muitos desses artistas estavam empenhados. Dulce d’Agro ateou uma fogueira cultural, como declarou numa entrevista, alimentada por uma comunidade de criadores e sustentada economicamente por ela. A história da sua vida confunde-se com a história da galeria Quadrum. Na efemeridade da sua acção, iluminou as sombras de um Portugal marcado pelos anos de chumbo do Estado Novo. A liberdade criativa exposta na Quadrum transformou os modos de produção, internacionalização, divulgação e apresentação de exposições.
A lista de artistas apresentados na Galeria Quadrum ao longo de cinquenta anos de exposições é extensa. Numa primeira fase, entre 1973 e 1995, sob a direcção de Dulce d’Agro podemos destacar nomes como Alberto Carneiro, Ana Hatherly, Álvaro Lapa, Ana Vieira, António Palolo, António Sena, E.M. de Melo e Castro, Eduardo Nery, Eurico Gonçalves, Fernando Calhau, Graça Pereira Coutinho, Ernesto de Sousa, Irene Buarque, João Vieira, Joaquim Bravo, Joaquim Rodrigo, Jorge Pinheiro, José Barrias, José Conduto, José de Carvalho, José de Guimarães, Julião Sarmento, Karel Appel, Leonel Moura, Manuel Baptista, Nikias Skapinakis, Noronha da Costa, Patrícia Garrido, Manuel Valente Alves, Pedro Calapez, Pedro Portugal, Pires Vieira ou Salette Tavares, que com ela colaboraram, muitos deles de forma regular e cúmplice.
Na fase final da sua direcção voltou a apresentar alguns autores que se tornariam fundamentais da década de 1990 que se iniciava: Cristina Mateus, Carlos Vidal, Fernando Brito, Miguel Leal, Miguel Palma, Rui Serra e Paulo Mendes.
O fim de século coincide com um fim de ciclo. Dulce d’Agro (1915-2011) encontra-se doente, e não pode continuar a acompanhar os destinos da sua Galeria, sendo dado por terminado o seu contrato de arrendamento com a Câmara Municipal de Lisboa. Segue-se um período incerto para o futuro da Galeria Quadrum, com encerramentos intermitentes, interrompidos entre 1999 e 2005 por uma programação sob a direcção de António Cerveira Pinto e a sua Aula do Risco. Mais tarde, em 2010, a Câmara Municipal de Lisboa, através da sua empresa municipal EGEAC, retoma o controle sobre o espaço da Galeria e da sua programação.
Uma nova geração de criadores, a par de exposições antológicas históricas, vai integrando as diferentes propostas e ciclos curatoriais como: Ângela Ferreira, André Guedes, Ana Jotta, Alexandra do Carmo, Ana Mendieta, André Romão, António Bolota, António Ole, Bruno Pacheco, Carla Filipe, Catarina Botelho, Diogo Evangelista, Dalila Gonçalves, Francisco Queirós, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, Kiluanji Kia Henda, Manuel Zimbro, Manuel Santos Maia, Mónica de Miranda, Pedro Barateiro, Projecto Teatral, Pedro Neves Marques, Sara Bichão, Sara & André ou Vasco Araújo.
2023, comemoram-se cinquenta anos de uma galeria histórica e ímpar na sua conceção programática. Celebra-se a memória dessa galerista mítica, Dulce d’Agro, sem esquecer que a sua história pessoal é também o testemunho da precariedade endémica de um sistema artístico e cultural. Neste país, social e politicamente conservador, ontem e hoje, transparece uma certa incapacidade em dialogar de forma sustentada com o pensamento contemporâneo.
“Com a Quadrum, participei em Feiras internacionais, desde 1977, divulgando o trabalho e a criação dos artistas portugueses; orgulho-me aliás de ter aberto este caminho para a arte portuguesa. Realizei na Quadrum, com colaborações plurais, cursos de arte moderna e estética, promovi cursos de gravura, com isso procurei sensibilizar e informar sobre a arte moderna contemporânea. Fiz com esta actividade uma pequena fogueira cultural onde se aqueceram os espíritos apaixonados da arte, como eu.” Dulce d’Agro, 1990