Após cinco anos de trabalho de uma equipa multidisciplinar de 20 profissionais, a Fundação Santa María la Real concluiu a Enciclopédia do Românico em Portugal, com a colaboração e financiamento da Fundação Ramón Areces do El Corte Inglés.
A obra, que foi apresentada a 23 de Fevereiro, na sala de Âmbito Cultural, em Lisboa, e a 24 de Fevereiro em Gaia, reúne os quase 300 vestígios românicos que estão preservados no nosso país.
São três volumes ilustrados que se somam a um projeto muito mais extenso, a Enciclopédia do Românico na Península Ibérica, na qual a entidade espanhola trabalha há quase três décadas, sob a direção do seu fundador, o arquiteto, escritor e desenhista, José María Pérez "Peridis".
"Após três décadas de trabalho dedicado ao estudo da arte românica em Espanha, a Fundação Santa María la Real decidiu empreender a criação da Enciclopédia de Arte Românica em Portugal para culminar o estudo desta arte na Península Ibérica, criando uma obra excecional e única", explica José María Pérez "Peridis", diretor da obra e impulsionador da Fundação Santa María la Real.
O Românico de Portugal
Assim, com o apoio da Fundação Ramón Areces e com a experiência anterior em Espanha, em 2018 iniciaram o desafio de documentar todos os vestígios românicos em Portugal para, em seguida, procederem à atualização, unificação e revisão de um grande conjunto de estudos e pesquisas anteriores. Esta tarefa foi incumbida a uma equipa de 20 profissionais, sob a coordenação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Foram necessários cinco anos para compilar os quase 300 vestígios românicos que estão preservados em Portugal. Viagens, sessões de pesquisa em arquivos e bibliotecas, compilação de bibliografia e uma intensa documentação fotográfica e planimétrica de cada edifício ou vestígio.
O resultado são três novos volumes, com mais de 2.000 páginas, que estão incorporados na Enciclopédia do Românico na Península Ibérica e que, por si só, constituem uma coleção única. Uma obra que compila, sobretudo, vestígios ou edifícios religiosos: igrejas, capelas, mosteiros, catedrais ou monumentos funerários; para além dos elementos da arquitetura civil, como castelos ou pontes; obras documentais e até peças de escultura ou pintura que estão guardadas em museus e centros especializados.
A par do estudo de cada peça, o primeiro volume da Enciclopédia em Portugal inclui uma dezena de artigos, que permitem ao leitor abordar e compreender melhor o contexto em que o românico português surgiu e as suas peculiaridades, através da análise de aspetos como a sociedade, a religião, a arquitetura, o urbanismo ou as ordens militares na Idade Média.
Enciclopédia do Românico na Península Ibérica
O românico português juntar-se-á, assim, a um autêntico projeto cultural, ao qual a Fundação Santa María la Real se dedica há mais de três décadas. A aventura começou na província de Palência, em Aguilar de Campo, quando Peridis, apoiado por um grande grupo de historiadores e arquitetos, se propôs a pesquisar, classificar, catalogar e divulgar primeiro o românico de Palência, para depois dar o salto para Castela e Leão, depois estendê-lo a toda a Espanha e daí à Península.
Hoje, a Enciclopédia é uma realidade que continua viva, na qual participaram mais de 3.000 profissionais, a maioria historiadores e arquitetos. Juntos, conseguiram catalogar e compilar mais de 9.000 vestígios românicos, reunidos até agora em 58 volumes: Palência (2), Valladolid (1), Salamanca (1), León (1), Soria (3), Burgos (4), Zamora (1), Ávila (1), Segóvia (3), Astúrias (4 românicos e pré-românicos), Cantábria (3), Navarra (3), Madrid (1), La Rioja (2), Guadalajara, (2), Cuenca (1), Saragoça (2), País Basco (3), Pontevedra (2), Corunha (2), Barcelona (3), Tarragona (1), Ourense (2), Huesca (4), Lugo (3) e Portugal (3).
Românico Digital
Juntamente com a edição impressa, a obra está também presente digitalmente: o portal Românico Digital, onde toda a informação é agregada, e que constitui a maior base de dados sobre a arte românica do mundo. As mais de um milhão e meio de visitas, que recebeu ao longo deste ano, são o testemunho do interesse que a obra desperta em todo o mundo.
Instituições Portuguesas que colaboraram na elaboração da Enciclopédia do Românico em Portugal:
FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto)
FAUP (Faculdade da Arquitetura da Universidade do Porto)
DGPC (Direção-Geral do Património Cultural)
DRCN (Direção Regional da Cultura do Norte)
Rota do Românico
Cedência de imagens e acesso a peças e materiais:
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur
Biblioteca Nacional de Portugal
Biblioteca Pública Municipal do Porto
Câmara Municipal de Évora
Casa Museu Medeiros e Almeida
Museu Alberto Sampaio
Museu - Tesouro de Arte Sacra da Catedral de Viseu
No dia 25 de fevereiro, das 11h00 às 12h30, na Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, em Palmela, realiza-se um ensaio aberto às/aos interessadas/os em participar no Ópera-Musical “O Presidente da Associação de Estudantes ganhou uma viagem ao Brasil”, que vai estrear a 24 de abril, integrado no “Abril para Já!”, programa comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril.
Se gostas de dançar e cantar e tens idade compreendida entre os 8 e os 28 anos, basta apareceres no ensaio para poderes participar.
O espetáculo, organizado pela Câmara Municipal de Palmela, estreia a 24 de abril, no Largo de S. João, em Palmela. Dirigido pelo Maestro Jorge Salgueiro, Diretor Artístico da Associação Setúbal Voz, vai contar com a participação de Bandas e Corais do concelho.
Inaugura amanhã, 9 de fevereiro, no Polo Museológico da Água, em Querença, a exposição de fotografia de Alexis Morgan, “Orquídeas”.
Este espaço museológico abre as portas ao público para uma experiência no universo das orquídeas. A mostra, através de imagens deslumbrantes, revela a singular beleza e a diversidade de formas e cores das orquídeas, flores nobres e delicadas que desabrocham em locais emblemáticos do interior algarvio, como o Barrocal, Fonte Benémola ou Rocha da Pena.
Mais do que uma apreciação estética, a exposição "Orquídeas" convida à reflexão sobre a crucial importância da preservação da biodiversidade. O Algarve, com a sua exuberante riqueza natural, abriga uma notável variedade de espécies, sendo as orquídeas tesouros valiosos desta diversidade.
Esta exposição é uma oportunidade imperdível para os amantes da natureza, entusiastas de fotografia e todos aqueles que reconhecem a necessidade de preservar o património natural.
A exposição inaugura às 18h00, e pode ser vista até 30 de abril, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00.