O Festival PRISMA / Art Light Tech leva a vários espaços da cidade de Aveiro propostas de arte contemporânea com vídeomaping, instalações e obras de som e luz.
De 2 a 5 de outubro os espaços icónicos da cidade de Aveiro e alguns espaços inusitados ganharão novas perspetivas com oFestival PRISMA / Art Light Tech, que alia arte e tecnologia em diálogo com o património da cidade. O arranque do festival terá lugar no interior de vários edifícios históricos e, nos dias 4 e 5, abre-se ao ar livre, com instalações de luz em jardins, praças e ruas de Aveiro. O Festival Prisma realiza-se no âmbito da Aveiro Tech Week, uma iniciativa de acesso livre organizada pela Câmara Municipal de Aveiro, entre os dias 30 de setembro e 6 de outubro, e inserida na programação de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura (Aveiro 2024).
“Corpo a Corpo” é o tema da edição de 2024 do PRISMA / Art Light Tech que reúneum conjunto de obras que têm o corpo como tema ou figura central, trazendo por diversas vezes a interação do público para a cena.Uma fusão entre o orgânico e o digital com 19 instalações (todas estreias nacionais) de artistas de 11 nacionalidades.
Entre os destaques está ainstalação “Mise en Abyme”, obra de grande escala criada especificamente para o PRISMA e para Aveiro 2024 por Vicki Bennett. Trata-se de uma projeção em vídeo com 30 metros por 4,50 metros, que ocupa a sala de exposições temporárias do Museu de Aveiro/Santa Joana e representa um ponto alto no trabalho desta artista britânica, reconhecida pela sua técnica de colagem a partir de alguns dos mais importantes arquivos audiovisuais do mundo.
Na Igreja das Carmelitas estará “Nemo Observatorium”, uma peça de grande impacto onde os visitantes são convidados asentar-se no olho do furacão e a encontrar aí um momento de contemplação. Uma instalação do conceituado artista belga Lawrence Malstaf.
Já no Museu Arte Nova poderá encontrar-se obras de dois artistas conceituados, da alemã Diemut e do italiano Michele Spanghero. A primeira apresenta “The Payer”, uma peça antropomórfica com tanto de divino como de informático, que pretende traçar uma linha entre seres humanos e inteligência artificial. Já Michele Spanghero traz “Ad lib.”, uma obra que alude à nossa capacidade pulmonar e onde a vertente musical está bem presente.
Outro dos destaques é a presença de Sölen Kiratli e Hannen Wolfe no PRISMA, artistas norte-americanas cujaobra, “Cacophonic Choir”, aborda o tema das vítimas de violência no mundo atual, onde as plataformas tecnológicas têm tido um papel relevante. Para ver no Museu da Cidade de Aveiro.
A não perder está a dupla presença do Collectif Scale. O reconhecido coletivo francês traz “Hulahoop” e “Flux”, a ver no edifício da Antiga Capitania e na Praça Marquês de Pombal, respetivamente, duas instalações visualmente fortes que têm surpreendido os visitantes de alguns dos mais prestigiados festivais mundiais.
Esta edição marca ainda a estreia de um novo local no roteiro do PRISMA: o Rossio. Na sua área exterior será apresentada “Aftereal”, uma obra do japonês Yasuhiro Chida, que regressa ao festival com umagrande instalação composta por vários quilómetros de fios e luzes ultravioletas que irá com certeza tornar-se um dos ícones do festival. Já no Parque de Estacionamento, o público poderá interagir com “Stratum”, uma instalação dos franceses Chevalvert ativada através do movimento dos participantes.
Destaque ainda para “Pulsar”, um videomappingconcebido especificamente para a fachada da Antiga Fábrica Jerónimo Pereira de Campos, resultando de uma colaboração entre o estúdio italiano mammasONica, a artista aveirense Francisca Cardoso Lima e o eslovaco Sedemminut.
Outro dos momentos altos do PRISMA 2024 é“Imagine”, uma obra criada em comunidade, com o contributo de 300 crianças de Aveiro para um videomapping a projetar na fachada do edifício da Antiga Capitania. A direção artística do projeto é do italiano Onda Studio.
As crianças são novamente convidadas a participar no PRISMA através do “Workshop das Libelinhas”, uma atividade em que poderão construir um objeto brilhante que ajudará a iluminar ainda mais esta edição do festival.
Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico inaugura exposição sobre o espólio de António da Costa Cabral, 4º Conde de Tomar
3 de outubro, às 18h00
O Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico apresenta no dia 3 de outubro, pelas 18h00, a exposição “RAMOT – António da Costa Cabral”. Esta exposição privilegia a apresentação de provas de época e de provas atuais provenientes de negativos de 35mm e diapositivos de cor, revelando os interesses fotográficos eleitos por RAMOT.
António da Costa Cabral começou cedo a fotografar, chegando a instalar uma câmara escura no sótão de sua casa, em Lisboa, paixão que manteve durante toda a sua vida.
No espólio destacam-se provas fotográficas que se encontram assinadas no verso com os pseudónimos RAMOT e MARTO, anagramas de Tomar. Do mesmo modo coexistem carimbos do Foto Clube 6X6 Lisboa e a referência à máquina fotográfica Leica.
O seu legado fotográfico situa-se em pleno período do Salonismo português, caracterizado por uma ética e estética humanista e pela participação em salões de arte fotográfica, nacionais e internacionais, durante a década de 1950.
António da Costa Cabral revelou um olhar abrangente sobre o que o rodeava, com especial enfoque para o retrato captando, recorrentemente, momentos do quotidiano, da sua vida privada e familiar. Registou, ainda, cenas de convívio com e entre amigos e colegas de trabalho. Constantes, foram também as imagens captadas durante as viagens e as suas visitas ao jardim zoológico de Lisboa.
Numa outra vertente surgem imagens que exploram a natureza da própria prática fotográfica, em aspetos como escala, tempo, sequência, luz/sombra mostrando uma outra dimensão deste autor. Inclui ainda um álbum de fotografias do Convento de Cristo, em Tomar, local onde a família residiu até à década de 1930, bem como projeções de excertos de filmes de família e uma entrevista a Bartolomeu da Costa Cabral, realizada no âmbito do projeto.
Outro foco de interesse deste autor foram as imagens em movimento, tendo produzido pequenos filmes de carácter familiar, que refletem a sua atenção e sensibilidade.
Esta exposição desenvolve-se em dois pisos: uma sala no piso 0, com provas de época, provas atuais e filmes de família e no piso 1 com três salas, uma com uma entrevista a Bartolomeu da Costa Cabral, outra com mais provas atuais sobre Lisboa e, por fim uma última, dedicada a temáticas variadas, sendo de destacar a presença de três écrans, onde se projetam cerca de 350 imagens, com uma seleção de retratos da família e de amigos do autor, das décadas de 1950 e 1960.
Estará patente ao público até ao dia 15 de março de 2025, na rua da Palma, 246. A entrada é livre. As visitas guiadas, decorrem nos dias 19 e 24 de outubro e no dia 16 de novembro, sempre às 15h00, mediante marcação prévia, através do email: arquivomunicipal.se@cm-lisboa.pt.