Instituído pela Estoril Sol, o Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, em décima edição, foi atribuído a Helder Macedo, “um ilustre poeta, romancista, ensaísta, crítico, e professor que tem um percurso exemplar no campo da cidadania cultural”, referiu o júri.
Presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, o júri elegeu Helder Macedo, tendo em consideração que “vivendo em Moçambique, desde a sua juventude, afirmou-se como uma consciência livre, considerando a liberdade como abrangendo a criação literária e artística, mas também o reconhecimento do direito dos povos à autodeterminação e independência”.
Na acta do júri consta, ainda, que Helder Macedo “exilado em Londres, a partir de 1960, foi colaborador da BBC e lecionou no King’s College onde ensinou Língua e Cultura Portuguesas, afirmando-se como prestigiado investigador. Após a Revolução de 25 de Abril exerceu em Portugal importantes funções na área cultural, tendo prosseguido, a par da criação literária e ensaística, uma ação persistente na cultura e educação em prol da cultura portuguesa no mundo”.
Helder Malta Macedo nasceu a 30 de novembro de 1935, em Krugersdorp, na África do Sul. Passou a infância em Moçambique e regressou a Lisboa com 12 anos, tendo posteriormente frequentado a Faculdade de Direito de Lisboa. Deu os primeiros passos no domínio da ficção literária, escrevendo um romance e alguns contos que o regime ditatorial instaurado em Portugal censurou, impedindo a sua publicação - o livro foi, após a revolução de 1974, revisto pelo autor, que decidiu não o publicar. Contudo, conseguiu editar o seu primeiro livro de poemas com 21 anos de idade.
Empenhado na sua vida académica, fez uma pausa na escrita que só retomou anos mais tarde. Jovem de convicções anti-fascistas, foi perseguido pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado). Exilou-se em Londres em 1960, vindo a formar-se em Literatura e História. Docente do King's College, aí realizou os seus estudos de doutoramento.
Helder Macedo, em 1991 e 1998 editou, respectivamente, os romances “Partes de África” e “Pedro e Paula”. Co-organizador de Folhas de Poesia, colaborou em várias publicações, como Graal, Hidra I ou Colóquio/Letras. No domínio do ensaio, distinguiu-se com estudos de crítica literária que apresentavam perspetivas inovadoras sobre a conexão do texto literário com o horizonte mental e cultural em que foi produzido. Na vertente da poesia, publicou “Vícios e Virtudes”, em 2000, e o livro “Viagem de Inverno” e “Outros Poemas”, uma coletânea da sua poesia, editada pela Editora Record, do Brasil.
Tendo vivido em Portugal entre 1975 e 1980, onde exerceu, durante um curto período, funções públicas e políticas, Helder Macedo tornou-se professor de Literatura Portuguesa no King's College de Londres, embora nunca abdicando da sua condição de português livre.
Instituído pela Estoril Sol, o Prémio, com periodicidade anual e com o valor pecuniário de 20 mil euros, foi criado em homenagem à memória de Vasco Graça Moura. Recorde-se que nas edições anteriores foram distinguidos, Eduardo Lourenço, José Carlos Vasconcelos, Vitor Aguiar e Silva, Maria do Céu Guerra, Carlos do Carmo, Emílio Rui Vilar, Zeferino Coelho, Graça Morais e José Pacheco Pereira.
O Júri que atribuiu o Prémio, presidido por Guilherme D`Oliveira Martins, foi integrado por Maria Carlos Gil Loureiro, José Manuel Mendes, Manuel Frias Martins, Liberto Cruz, José Carlos de Vasconcelos, Ana Paula Laborinho, e, ainda, por Dinis de Abreu, a convite da Estoril Sol.
É de referir, ainda, que nos termos do Regulamento, o Prémio Vasco Graça Moura “visa distinguir um escritor, ensaísta, poeta, jornalista, tradutor ou produtor cultural que ao longo da carreira - ou através de uma intervenção inovadora e de excepcional importância -, haja contribuído para dignificar e projectar no espaço público o sector a que pertença”.
A cerimónia da entrega do Prémio será anunciada oportunamente.
A LeYa acaba de abrir as candidaturas ao Prémio LeYa 2025, um dos mais prestigiados galardões literários da língua portuguesa. Este prémio visa distinguir obras inéditas de ficção literária, na área do romance, inovando e enriquecendo a tradição da literatura em português.
O Prémio LeYa, no valor de 50.000 euros, é um incentivo ao talento emergente e à criatividade literária, procurando descobrir vozes singulares. A seleção das obras candidatas é feita por um júri independente de especialistas literários, que avaliam critérios como originalidade, profundidade temática e inovação estilística. Ao longo de todo o processo de leitura e avaliação, a autoria dos romances é desconhecida, sendo apenas desvendada após a tomada de decisão do júri.
A inscrição está aberta até 30 de abril de 2025. As candidaturas devem ser submetidas através da plataforma oficial da LeYa:https://www.leya.com/premio-leya
Com este prémio, a LeYa reforça o seu compromisso com a promoção da literatura de qualidade e com o apoio aos autores, ao contribuir para o reconhecimento e divulgação da literatura de expressão portuguesa a nível global.
O vencedor da última edição foi o romancePés de Barro, de Nuno Miguel Silva Duarte. Desde que foi criado, em 2008, esta foi a edição mais concorrida de sempre, com 1123 originais recebidos, provenientes de 15 países, e selecionados oito finalistas.
Até agora, o Prémio LeYa já distinguiu 13 obras e deu lugar à publicação de 40 livros inéditos. Nos últimos anos, foram ainda distinguidos os romancesTorto Arado, de Itamar Vieira,As Pessoas Invisíveis,de José Carlos Barros,A Arte de Driblar Destinos,de Celso Costa, eNão há Pássaros Aqui,de Victor Vidal.
CONHEÇA OS BASTIDORES DE COMO O GALARDOADO REALIZADOR BARRY JENKINS, CONSTRUIU ESTA NOVA VISÃO DAS TERRAS DO REINO.
Em Portugal desde a data de estreia até hoje, já passaram pelas salas de cinema mais de 260 mil espectadores para ver onovo filmeMUFASA: O REI LEÃO da Disney.
Explorando a improvável ascensão do adorado rei das Terras do Reino, MUFASA: O REI LEÃO, mostra como Rafiki conta a lenda de Mufasa à jovem filha de Simba e Nala, Kiara, com Timon e Pumba a darem o seu toque característico. Contada em flashbacks, a história apresenta Mufasa como uma cria órfã, perdida e sozinha até conhecer um leão simpático chamado Taka - o herdeiro de uma linhagem real. Este encontro casual dá início a uma viagem expansiva de um grupo extraordinário de desajustados à procura do seu destino - os laços serão testados enquanto trabalham em conjunto para escapar a um inimigo ameaçador e mortal.
O filme conta com uma lista de talentosos protagonistas, incluindo Aaron Pierre, Kelvin Harrison Jr., John Kani, Tiffany Boeing entre outros, tais como, John Kani, Tiffany Boone, Kagiso Lediga, Preston Nyman, Mads Mikkelsen,Thandiwe Newton, Lennie James, Anika Noni Rose, Keith David, Seth Rogen, Billy Eichner, Donald Glover, Blue Ivy Carter, Braelyn Rankins, Theo Somolu, Folake Olowofoyeku, Joanna Jones, Thuso Mbedu, Sheila Atim, Abdul Salis, Dominique Jennings e Beyoncé Knowles-Carter. Misturando técnicas de cinema de imagem real com imagens fotorrealistas geradas por computador, o novo filme é realizado por Barry Jenkins, produzido por Adele Romanski e Mark Ceryak e com produção executiva de Peter Tobyansen e canções do premiado compositor Lin-Manuel Miranda.
António Zambujo é o convidado de Zé Renato na estreia da série “Notícias do Brasil”, dia 23 de janeiro, no Auditório Carlos Paredes, em Benfica
Encontros inéditos entre artistas do Brasil e de Portugal
Dia 23 de janeiro, às 21h30, no Auditório Carlos Paredes, em Benfica
Os bilhetes já estão à venda em ticketline
“Notícias do Brasil” é um convite para reviver memórias, descobrir novas sonoridades e sentir a universalidade que une duas nações irmãs através da música. O projeto é uma celebração da identidade, uma ponte de afetos e uma oportunidade única de vivenciar o melhor da arte de dois continentes. A estreia da série acontece a23 de janeiro, quando o cantautor brasileiroZé Renato,uma das vozes mais emblemáticas e sofisticadas da MPB, irá receberAntónio Zambujo, grande nome da música portuguesa, que dispensa elaboradas apresentações.
Zé Renato, que vive na ponte Rio-Lisboa, é integrante do icónico grupo vocal Boca Livre, é parceiro musical de nomes como Milton Nascimento, Lenine e Joyce , e já participou de gravações e projetos especiais ao lado do maestro Tom Jobim. Zé Renato está prestes a completar 50 anos de carreira.
Zé e Zambujo também são amigos e parceiros musicais de longa data:
“A primeira vez que cantei com António Zambujo foi em 2008, quando na altura participei do seu álbum “Outro Sentido", deste então dividimos o palco em concertos no Brasil e aqui em Portugal. Para mim reencontrá-lo no palco do Teatro Carlos Paredes será mais uma oportunidade de cantar ao lado de uma das vozes que mais admiro. Um intérprete que tem um conhecimento amplo a respeito do cancioneiro brasileirocom referências que se assemelham muito às minhas”, comenta Zé Renato. O público vai assistir a um espetáculo repleto de emoção e cumplicidade artística, onde se cruzam fronteiras culturais e reinterpretam-se temas intemporais da MPB, entrelaçando-os com o lirismo e a profundidade da música portuguesa. Os artistasvão apresentar clássicos de alguns compositores que os dois admiram muito, como Chico Buarque, Milton Nascimento e Tom Jobim, além do tema “Se tu soubesses”, de Georges Moran e Cristóvão de Alencar, gravado por Zé Renato no disco “Outro Sentido”, de António Zambujo. Também faz parte do alinhamento “I Can’t Stop Loving You”Zé Renato - I Can't Stop Loving You - Clipe, da autoria de Don Gibson, entre outras canções.
Segundo o curador Nei Barbosa, “a série Notícias do Brasil se propõe a apresentar concertos de artistas brasileiros que vivem em Portugal, sempre com participações especiais de outros artistas, portugueses ou brasileiros, que tenham trabalhos afins e parcerias musicais. Será uma programação versátil e intimista, com apresentações solo, ou artistas acompanhados de uma pequena banda, e que mostrem o essencial de suas canções”.
O projeto tem como promotora a Junta da Freguesia de Benfica, e em 2025, serão 5 datas dedicadas ao projeto nos meses de janeiro, março, setembro, outubro e novembro, sempre às 21h30, no auditório Carlos Paredes.
Entretanto, a próxima atração já está confirmada: no dia 27 de março, sobem ao palco a guitarrista franco-venezuelana Elodie Bouny, a cantora brasileira Nani Medeiros, e o maestro argentino Martin Sued, que toca bandoneón e dirige a Orquestra Assintomática.
As datas e atrações seguintes serão reveladas em breve pelos organizadores.
SOBRE ZÉ RENATO
Começou sua carreira artística participando de festivais estudantis nos anos 70. Em 1978, formou com Cláudio Nucci, David Tygel e Maurício Maestro o grupo vocal Boca Livre. O grupo gravou mais de dez álbuns com discos lançados em todo o mundo, incluindo o mais recente “Pasieros”, lançado em 2022, ao lado do renomado artista panamenho Rubén Blades, que foi premiado no 65º Grammy Awards de 2023 na categoria de “Melhor Álbum de Pop Latino”.
Paralelamente ao trabalho com o Boca Livre, Zé Renato lançou-se como artista solo em 1982, destacando-se em seus álbuns como intérprete, músico e compositor. Discos infantis também estão no seu rol de projetos, incluindo o cd “Forró Pras Crianças” que recebeu prêmios no Brasil e indicação ao Grammy Latino/2007 na categoria Melhor Álbum Infantil.
Em 1985, foi convidado por Tom Jobim para interpretar temas na banda sonora de “O Tempo e o Vento”, minissérie da TV Globo, gravando músicas do maestro. Importante mencionar que Tom Jobim participou, poucos anos depois, de um disco de Zé Renato, “Pegadas” (1990).
Milton Nascimento, grande influência no trabalho Zé Renato, se tornou seu parceiro em duas canções: “Anima”https://www.youtube.com/watch?v=JxEtFTILcSU, que deu nome ao álbum lançado em 1982 por Milton, e “Ponto de Encontro”, gravada por Milton em seu disco “O Planeta Blue na Estrada do Sol”, de 1991. Em 1988, Zé Renato integrou a banda de Al di Meola, participando da gravação do LP “Tiramisu” do guitarrista americano, com quem fez turnês pelos Estados Unidos e Europa.
Prestes a completar 50 anos de carreira e mais de vinte álbuns solo gravados, sem contar os projetos especiais, Zé Renato vem construindo seu nome mantendo a tradição da música brasileira, sempre aberto ao novo. Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Zizi Possi, Leila Pinheiro, Milton Nascimento, Lulu Santos, Joyce Moreno, Jon Anderson (da banda Yes), Nana Caymmi, MPB-4 e Boca Livre, entre outros.
CANTAR AO MENINO concerto de música tradicional portuguesa Sara Vidal e Rogério Cardoso Pires
No próximo sábado, dia 4 de Janeiro, pelas 16h, a Igreja da Misericórdia na Pederneira (Nazaré) acolherá o concerto "Cantar ao Menino", com entrada livre e dirigido a todas as idades.
Em formato acústico, Sara Vidal (voz, harpa celta, adufe) e Rogério Cardoso Pires (guitarra, voz) convidam a celebrar o Natal através da música tradicional portuguesa, interpretando cantigas de todo o país, que, ainda hoje, habitam o nosso imaginário e identidade cultural.
Um momento que se pretende informal, ao mesmo tempo intimista, imbuído no espírito de partilha e comunhão, numa co-organização da Sons Vadios - Cooperativa Cultural, da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré e da Paróquia da Pederneira - Nazaré.
“Porto. E as marcas da cidade” é a exposição de entrada gratuita que celebra os 10 anos da marca Porto. Vários portuenses foram sondados sobre os cinco sentidos que associavam à marca e o resultado foi um pastel da Arcádia com vinho do Porto, um mapa sonoro da cidade do Porto da autoria da Casa da Música, três sabonetes da Castelbel, uma bola assinada pelo FC Porto e uma coleção de jóias da MESH, expostos nos Paços do Concelho.
Se o Porto fosse um sabor, qual seria? E se fosse um som? Ou um cheiro? Ou uma imagem? Ou um toque? A resposta está na exposição “Porto. E as marcas da cidade”, nos Paços do Concelho, aberta até dia 3 de janeiro. Nesta experiência sensorial, podem-se ficar a conhecer cinco produtos exclusivos, criados por cinco marcas emblemáticas da cidade, que representam os sentidos que a icónica marca da cidade desperta.
Para tangibilizar o sabor a Porto., a Arcádia confeccionou o “Pastel do Porto” com massa filo estaladiça, um recheio de doce de ovos e, claro, uma redução de vinho do Porto Calém 10 anos. A receita foi criada exclusivamente para este projeto e, na exposição, esta iguaria é borrifada com vinho no momento e pode ser provada gratuitamente, pela última vez, no dia 27 de dezembro, entre as 16h00 e as 19h00. Além de conquistar os corações dos portuenses, este Pastel do Porto promete vir a ser rival nortenho do já conhecido Pastel de Nata.
O som da marca citadina tem a curadoria da Casa da Música, que criou um mapa interativo para apresentar a paisagem e o património sonoro da cidade do Porto.
Para que todos possam cheirar o Porto., a Castelbel produziu três sabonetes com aromas diferentes: um evoca a maresia, outro com fragrância a vinho do Porto e um último de camélia.
Já o FC Porto veio trazer um olhar sobre a cidade e a marca que a representa, ao despertar a visão dos portuenses com uma bola autografada pelo clube, que representa a comunhão entre a cidade e o desporto, e um vídeo que compila imagens que captam a energia e o caráter aguerrido dos habitantes da cidade.
Por fim, para tocar no Porto., os visitantes da exposição podem ficar a conhecer a coleção de joias que a Mesh Jewellery desenhou, com peças inspiradas nos azulejos e granito que inundam visualmente a cidade do Porto - onde cada peça é banhada em movimento, modernidade e intemporalidade.
Assim, até ao dia 3 de janeiro, pode ver, comer, cheirar, tocar e ouvir o Porto. numa experiência sensorial inédita.A exposição “Porto. E as marcas da cidade”, no Edifício dos Paços do Concelho, está aberta ao público de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 17h00.
O conceito criativo desta ação foi liderado pela agência Funnyhow. As estruturas de arquitetura efémera da exposição têm assinatura da Feeders.