Conversa "Ilhas Futuras - construir ferramentas de convivência" > 26 MAR
Conversa Ilhas Futuras - construir ferramentas de convivência: novos caminhos para a autonomia social e comunitária
Dia 26 de março realiza-se na Culturgest, em Lisboa, a conferência Ilhas Futuras
Construir Ferramentas de Convivência, conversa com a presença da dupla de artistas !Mediengruppe Bitnik, o escritor Saša Savanović e o filósofo Srećko Horvat para debater novas formas de ligações comunitárias.
Todas as conferências são gratuitas e acontecem no Pequeno Auditório da Culturgest (com levantamento de bilhete 30 minutos antes da sessão e sujeito à lotação da sala).
É possível fazer pré-reserva através do seguinte Link.
Ilhas Futuras Construir Ferramentas de Convivência |
Pequeno Auditório Entrada gratuita* *com levantamento de bilhete 30 min. antes do início da sessão (sujeito à lotação da sala).
© CC 4.0 by ISSA School - BONK productions. A dupla de artistas !Mediengruppe Bitnik, o escritor Marko Pogačar e o filósofo Srećko Horvat, um dos fundadores da ISSA, a Escola Insular de Autonomia Social, uma comunidade na ilha de Vis, na Croácia, juntam-se para apresentar Ilhas Futuras — Construir Ferramentas de Convivência, sobre a multiplicidade de experiências sociais e práticas de construção de comunidades que têm surgido em todo o mundo. Estas novas instituições formam já uma rede que experimenta e implementa modos de entreajuda, de cuidado "pirata" (práticas de cuidado que não se alinham com convenções sociais de produtividade e eficiência) e de auto-organização, nutrindo formas de autonomia social que, em vez da separação, promovem ligações comunitárias entre pessoas e ecossistema. Úteis em tempos de crise planetária, procuram também criar condições para uma "boa vida" face à crise climática, à grande desigualdade social e económica e à guerra como estado de coisas permanentes. Estes modelos visam criar uma sociedade mais solidária e autónoma, onde o foco está nas ligações comunitárias e na construção de formas alternativas de convivência, em contraste com as lógicas de separação e fragmentação que dominam o mundo contemporâneo. Um dos pontos de exemplo usados na conferência mas apresentar este tipo de vivência comunitária é a Escola Insular de Autonomia Social (ISSA - Island School of Social Autonomy), um lugar que experimenta e cultiva formas de produção e partilha de conhecimentos que vão para além das noções tradicionais de educação e do seu objetivo. Promove modos de vida que vão para além da mera sobrevivência. Entendemos a autonomia social como a capacidade de os indivíduos funcionarem como membros cooperativos de um grupo, empenhando-se na auto-governação comunitária, ao mesmo tempo que estão conscientes da interconexão e interdependência das comunidades dentro de redes mais amplas (ou arquipélagos) de organização da vida humana e não humana. A autonomia não implica isolamento, mas sim a capacidade de tomar decisões autónomas, através de mecanismos de deliberação colectiva, sobre como viver em conjunto e assumir a responsabilidade de cuidar daqueles que não são capazes de as tomar (crianças, mundos vivos não humanos, etc.) Com o ISSA, o nosso objetivo é cultivar formas de viver, aprender e ensinar em conjunto. Procuramos explorar a autonomia como uma estratégia política e um modelo de organização social. Adicionalmente, adotamos uma abordagem prática à concepção, experimentação e implementação de processos, bens e serviços. Colaboramos em discussões, trabalho físico e no desenvolvimento de projectos e programas conjuntos, trabalhando com indivíduos e colectivos. Ao longo dos nossos esforços, continuamos a guiar-nos pelo nosso lema: “Nós construímos a escola, a escola constrói-nos a nós”. - ISSA School Entre os participantes, destaque para Srećko Horvat, fundador da ISSA e conhecido como um dos principais intelectuais europeus de esquerda do século XXI, sendo ativo participante da Internacional Progressista e do Diem25, o Movimento Democracia na Europa 2025 que Portugal também integra. Em tempos de crise planetária, mudanças climáticas, desigualdade social e económica, e uma guerra quase permanente, as práticas de cuidado e auto-organização tornam-se cruciais para garantir a sobrevivência e o bem-estar das comunidade. O evento visa proporcionar um espaço de troca e discussão sobre como essas práticas podem ajudar a construir uma "boa vida" num cenário global em constante transformação. |