Makulatur
5 de Março de 2011
De 3ª a Sáb das 13h às 20h
Quadrado Azul
Largo dos Stephens, 4 (à Rua das Flores)
Lisboa
Aos 17 anos tinha uma namorada que adorava. Um dia, ela acabou tudo. “Como é que pode ser se eu nem tenho uma fotografia tua?”. Correu para casa e foi buscar a Kodak Instamatic do pai. Tirou-lhe várias fotografias e depois nunca mais a viu. E foi assim que começou a viagem deste “easy rider” da fotografia. Perdeu a conta aos países que visitou, morou em Paris e Londres, foi porteiro de noite, serviu pizzas, trabalhou em sex shops, chegou a partilhar casa com o desalmado Sid Vicious e, está claro, tudo isto marcou indelevelmente a sua obra. Cultor do silêncio e do anti-instante decisivo, Nozolino é assim uma espécie de Cartier-Bresson estático e contemplativo. Nesta exposição, o fotógrafo reflecte sobre a vida e a morte. “Há qualquer coisa de fatal nisto tudo”. Solidão, pântano, perda, raiva e mácula em doze fotografias e seis dípticos. Absolutamente a não perder. / Raquel Ponte