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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

"Connection" - Polaroid Art Italy em Lisboa e "Construction" - fotografias de Rita Lino

 

"Connection" - Polaroid Art Italy em Lisboa (Sala Branca da Pickpocket Gallery)

"Construction" - fotografias de Rita Lino (Sala Preta da Pickpocket Gallery)

 

Inauguração: dia 1 de Setembro de 2011, entre as 18h e as 21h

Exposições patentes entre 1 de Setembro a 20 de Setembro, 2011

Horário: Quintas e Sextas das 18h às 20h, Sábados das 15h às 20h

Morada: Calçada dos Cesteiros 4B, Bica do Sapato 1100-138 Lisboa

(metro: Santa Apolónia)

Telefone:
919 250 620

Email: info@pickpocketgallery.com

Website: http://www.pickpocketgallery.com

 

 

 

Numa reacção ao domínio da tecnologia digital na imagem fotográfica, as fileiras de adeptos da imagem analógica vão engrossando, tal como o sucedido na música com o vinyl e o cd, por razões, de resto, análogas.

O formato instantâneo Polaroid está seguramente entre os preferidos para quem prefere imagens "orgânicas" e únicas. E, apesar das fábricas de fotografia instantânea Polaroid terem terminado a sua produção em 2008, os amantes do formato não desistiram de produzir voltando o mundo às avessas para encontrar "filme fora de prazo" e, recentemente, utilizando alternativas entretanto surgidas.

No contexto deste crescente interesse, a Pickpocket Gallery acolheu nos últimos meses sete exposições de fotografia neste popular formato. Nesta oitava exposição, "Connection", vinte e três artistas italianos mostram o seu trabalho, numa exposição onde a variedade de técnicas e linguagem encontra uma paixão comum: a da fotografia analógica instantânea.

 

"Connection" - Polaroid Art Italy em Lisboa (Sala Branca)

 

Pickpocket Gallery

1 a 20 de Setembro

Inauguração 1 de Setembro

 

 O gosto pela fotografia instantânea cultivado na Pickpocket Gallery fez-nos procurar outros apaixonados pela mesma arte.

Surge assim a presença na galeria, na oitava exposição em que esta técnica é utilizada, do colectivo Polaroid Art Italy, carinhosamente denominado entre os seus membros por PAI.

 

Connection traz a Lisboa uma selecção de trabalhos deste colectivo.

 

O Polaroid Art Italy foi criado em Novembro de 2008, movido pela paixão de Daniele Pezzoli pela fotografia instantânea e o seu desejo de reunir num único grupo o melhor da "instant-art" Italiana.

 

Num curto espaço de tempo, o número de artistas a aderir a este colectivo e o volume de trabalhos propostos foi tal que, para além de ser a primeira, é actualmente a mais relevante rede social italiana dedicada à "pop brand" da fotografia.

 

O PAI acaba por ser um ponto de encontro entre os vários “polartisti”.

Entre as actividades principais deste grupo destaca-se o debate, a discussão de ideias, a difusão de informação relativa a eventos e iniciativas no contexto da fotografia instantânea, bem como a oportunidades dos artistas partilharem as suas criações.

 

Actualmente o colectivo conta com cerca de cem artistas colocando lado a lado os "mestres" e as novas promessas.

Em Itália é incontornável não falar do Polaroid Art italy, quando se fala em Polaroid.

 

O colectivo tem conseguido com sucesso - segundo palavras do seu fundador Daniele Pezzoli, “salvar” o instantâneo da "nova vaga" do digital e da sua
"maquinalidade fria", desenvolvendo entre os seus membros uma vontade de mover-se um pouco mais lentamente apelando à criatividade individual, com o objectivo de retornar à sensibilidade artística do Passado.

Resta-nos perguntar, recorrendo às palavras de D.Pezzoli: “Se os artistas conseguiram salvar a Polaroid, quem irá salvar os artistas?”

 

É dentro deste contexto, onde já muito trabalho foi feito, que partilhamos com os amantes da Fotografia Instantânea em Lisboa, uma pequena parte das Polaroids originais deste grupo.

 

 

 

"Construction" - fotografias de Rita Lino (Sala Preta)

 

Pickpocket Gallery

1 a 13 de Setembro

Inauguração 1 de Setembro

 

" I am what you want to see, I show what I am not."
-
Rita Lino encena-se nesta série fotográfica in progress em formato Polaroid.

 

"Na maioria das minhas tardes, a única maneira que tenho de manter a minha armadura é tirando a roupa. Estou de coração partido mas tenho umas mamas perfeitas, não chega?

Quando é que a nudez não é despida? Talvez quando o corpo aparece como uma máscara, uma máscara que se recusa a sair, mas que ainda assim vai lentamente mudando de forma, morrendo lentamente. Estou a ver, ou a tentar ver, a série construction da Rita Lino, mas há algo entre nós, entre o observador que eu anseio ser e a máscara da sua aparência. Acho que devem ser as suas mamas perfeitas. Perdoem a expressão. Elas olham fixamente para o lugar de observador que eu não consigo ocupar, como um par de olhos alienigenas que me proibem de continuar. Elas
congelam-me de alguma maneira, impedindo qualquer pensamento de continuar. São olhos alienigenas que cresceram no peito da artista, de maneira a olhar para as quatro direcções.De maneira a olhar através da minha nuca. Em quase todas as imagens elas olham para mim numa acusação muda, enquadradas por um barrete que a transforma numa artista, ou numa prisioneira Latino americana, ou então envolta em lençois como uma muçulmana devota, ou então usando esse mesmo lençol mas deixando-o cair num ponto de interrogação pós-coital sem fôlego. Ainda não acabámos, pois não?

Ela não é diferente de nada que a rodeia. O seu corpo é como uma camuflagem, ela não passa de mais um producto manufacturado, na prateleira á espera de que reparem nela, para levantar a excitação da antecipação ou do reconhecimento, antes de ser trocada por outro objecto...."

Mike Hoolboom

 

 

 

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