Fatia d'Alfama
2 de Outubro de 2011
a partir das 18h
Alfama não é velha, é crocante. Joelhos frágeis, ancas que adivinham o tempo, aquela pinta de quem anda nisto há muito. “Um São José de Azulejo, mais o sol da primavera, uma promessa de beijos, dois braços à minha espera”. Alfama não é velha, é crocante. Pedras da calçada que rangem, ruelas que desafiam a gravidade, uma igreja mascarada de presépio. Alfama não é velha, é crocante. “Quatro paredes caiadas, um cheirinho a alecrim, um cacho de uvas doiradas, duas rosas num jardim”. Alfama não é velha, é crocante. Parece frágil, cuidado ao abrir, robusta por dentro. Alfama não é velha, é crocante. Alfamos? / Inês Alvim (Foto por Pedro Ferreira)