Os Golpes
28 de Março de 2011
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Rua do Carmo, 2 - Armazéns do Chiado
A música de ‘OsGolpes’ apazigua-me. Não. A música de ‘Os Golpes’ apazigua a minha lusitanidade. Tem qualquer coisa de circum-navegação, de descobertas e latitudes improváveis. A música de ‘Os Golpes’ tem Pessoa, tem Camões e tem loiça Bordalo Pinheiro. Tem um ou outro manjerico, dúzia e meia de sardinhas assadas, cheira bem cheira a Lisboa. Um galo de Barcelos em acordes rock pré-datados. A música de ‘Os Golpes’ apazigua a minha lusitanidade. Mesmo quando começamos frases com ‘passa-se isto assim assim’, fantasiamos o quinto império com inglês técnico sem sotaque ou damos coordenadas que partem de um ‘não-vira-na-primeira-não-vira-na-segunda-não-vira-na-terceira’. Eu bem dizia, há qualquer coisa de terapêutico n’ ‘Os Golpes’. / Inês Alvim