A cultura chinesa está em destaque na programação do Museu do Oriente, no final de Setembro - dias 27, 28 e 29 -, com a realização de um espectáculo de ópera de Pequim, a conferência “Re-discover China” e visitas orientadas à exposição “A Ópera Chinesa”.
Com interpretação da Tianjin Youth Beijing Opera Troupe, o espectáculo de Ópera de Pequim tem lugar quarta-feira,27 de Setembro, às 21.00, com entrada gratuita. Excertos de três peças do repertório clássico (Encruzilhada, Adeus Minha Concubina e Montanha Qingshi), com números de música, dança, mímica, artes marciais e humor, dão a conhecer esta arte milenar reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Intangível da Humanidade.
No dia 28, Ge Jianxiong, professor catedrático na Universidade de Fudan (Xangai) – onde dirige a Faculdade de História e Geografia – e membro do Instituto Central de Investigação em Cultura e História, protagoniza a conferência “Re-discover China: The people, land, agriculture and traditional wisdom”, de entrada livre, para abordar a longa história e diversidade cultural de uma das mais antigas civilizações do mundo.
Com o objetivo de dar a conhecer um dos tesouros culturais da China, o Museu do Oriente realiza, em quatro sessões com temáticas distintas, visitas orientadas à exposição “A Ópera Chinesa”. A primeira é dedicada à importância da cor em cena - “Dicionário de Cores na Ópera Chinesa” - e decorre no dia 29 de Setembro. As sessões seguintes acontecem a 27 de Outubro, 24 de Novembro e 15 de Dezembro abordando, respectivamente, os temas: “A música na Ópera Chinesa”, “A gestualidade e a expressão corporal” e “Caraterização na Ópera Chinesa: maquilhagem, adereços e figurinos”.
Ópera de Pequim
27 de Setembro
21.00
Gratuito
Co-organização: Associação de Empresários Chineses em Portugal
Duração: 90’, sem intervalo
Gratuito mediante levantamento de bilhete no próprio dia, limitado à capacidade da sala.
“Re-discover China: the people, land, agriculture and traditional wisdom” Conferência pelo Professor Ge Jianxiong
28 de Setembro
18.30
Entrada livre
Duração: 90’, sem intervalo
Co-organização: Ministério da Cultura da China e Embaixada da China em Portugal
Visitas orientadas à exposição “A Ópera Chinesa”
29 de Setembro a 15 de Dezembro
17.00-18.00 Preço: € 5
M/16 anos
Participantes: mín. 5, máx. 25
29 de Setembro | Dicionário de cores na Ópera Chinesa
27 de Outubro | A Música da Ópera Chinesa
24 de Novembro | A Gestualidade e a expressão corporal
15 de Dezembro | Caracterização na Ópera Chinesa: maquilhagem, adereços e figurinos
Corcunda e bobo da corte, Rigoletto é um homem mal-amado, que todos goza e por todos é desprezado. A sua única alegria é a filha Gilda, cujo amor pelo Duque de Mântua vai resultar em tragédia...
Composta por Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave, Rigoletto é uma ópera em 3 actos, a apresentar pela Opera del Mediterraneo sob direcção do maestro Fernando Alvarez. M/6
As bodas de Fígaro, com direcção musical de Pedro Amaral, estará em palco na sala principal do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, no dia 17 de Fevereiro, quarta-feira às 20h00.O espectáculo é uma produção da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Composta em 1786 por Wolfgang Amadeus Mozart, a partir do libreto de Lorenzo da Ponte, As bodas de Fígaro é uma ópera que satiriza os hábitos da nobreza no século XVIII. São-nos descritas as peripécias que envolvem os preparativos do casamento de Susanna com Fígaro, criados do Conde e da Condessa Almaviva. O obstáculo que se coloca à união feliz do casal é a paixão do Conde por Susanna, levando os noivos a acreditar que o nobre não abrirá mão do chamado Direito de Primícias, que dava ao patrão o privilégio de passar a noite de núpcias com a sua serva. A popularidade de uma obra como As bodas de Fígaro justifica-se não apenas pela excelência da partitura, mas também pela riqueza das questões interpretativas que coloca: trata-se , sob a aparência da frivolidade, de uma verdadeira educação sentimental e de uma das mais profundas análises da psicologia humana e dos valores sociais alguma vez escritas em ópera.
Pedro Amaral estudou na Escola Superior de Música de Lisboa, onde concluiu o curso de Composição com 20 valores. Como compositor e maestro, trabalha regularmente com a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Sinfónica Portuguesa.
Jorge Vaz de Carvalho estreou-se como cantor lírico no Teatro de São Carlos em Lisboa, em 1984. Foi Director da Orquestra Nacional do Porto, entre 1999 e 2006 e, entre 2005 e 2007, Director do Instituto das Artes.
FICHA ARTÍSTICA
Direcção musical de Pedro Amaral
Direcção cénica e vocal de Jorge Vaz de Carvalho
Maestro do coro Jorge Carvalho Alves
Cantores do atelier de ópera da Metropolitana
TMJB | SALA PRINCIPAL | M/12 17 FEV | QUA às 20H00 PREÇO: 6.50€ a 13€
No âmbito do I Congresso Internacional dedicado à obra de Agustina Bessa-Luís, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Teatro Aberto vão apresentar no dia 14 de Outubro pelas 22h, em estreia mundial, a ópera Três mulheres com Máscara de Ferro, com música de Eurico Carrapatoso a partir de um texto inédito da autora. O convite para encenar este texto foi feito pelo Circulo Literário Agustina Bessa-Luís a João Lourenço que desafiou o compositor a escrever a música para este drama em um acto, a partir do texto homónimo e inédito de Agustina Bessa-Luís. A direcção musical é de João Paulo Santos, dramaturgia de Vera San Payo de Lemos, cenário de João Mendes Ribeiro, figurinos de Bernardo Monteiro e coreografia de Cláudia Nóvoa.
As três protagonistas, Fanny Owen, Ema e Sibila serão interpretadas pelas solistas Ana Ester Neves, Angélica Neto e Patrícia Quinta. A música foi composta para clarinete, violino, violoncelo e piano.
Nos dias 17 e 18 de Outubro, a ópera será apresentada na Sala Azul do Teatro Aberto, às 22h00.
ÓPERA
TRÊS MULHERES COM MÁSCARA DE FERRO
TEXTO Agustina Bessa‑Luís
MÚSICA Eurico Carrapatoso
DIRECÇÃO MUSICAL João Paulo Santos
ENCENAÇÃO E LUZ João Lourenço
CENÁRIO João Mendes Ribeiro
FIGURINOS Bernardo Monteiro
DRAMATURGIA Vera San Payo de Lemos
COREOGRAFIA Cláudia Nóvoa
SOLISTAS Angélica Neto, Ana Ester Neves e Patrícia Quinta
Já tinham posto o Marc Jacobs em casa do Pessoa, agora Wagner junta-se à festa no “quintal”. O Largo de S.Carlos vai, uma vez mais, encher-se de gente para ver e ouvir ópera, mas atenção que são projecções. Para os que não conseguíram acompanhar a epopeia wagneriana nas fofas cadeiras da plateia ou nos apinhados camarotes, nada como passar pelo Largo e pôr a cultura lírica em dia. “O Ouro do Reno”, “A Valquíria” (hoje), “Siegfried” e “O Crepúsculo dos Deuses” ao preço da chuva. Levar mantinha, castanhas assadas e mapa da Polónia (para congeminar uma conquista à Woody Allen). Mami
Ora, toda a gente que viveu no anos 80 e 90 sabe que a Carmina Burana não é senão a música daqueles perfumes e aftershaves que se dava ao pai no Natal, chamados Old Spice (imaginando que era a isso que cheiravam os marinheiros de mares revoltos). Mas, a atroz ignorância que pôe Carl Orff às voltas na campa, sempre que esta sua obra prima é sinonimo de odores a retalho num supermercado, vai acabar. Carmina Burana são essas canções encontradas num misterioso manuscrito do século XIII, num mosteiro da Baviera, canções de amor, de taberna, sátiras e canções estudantis que fazem o elogio dos prazeres carnais e da vida desregrada, a que o compositor deu toda a impetuosidade da vida, da morte e sobretudo da sorte de viver tais aventuras. Hoje, completamente de graça, no largo do S.Carlos, maior luxo? Só se trouxerem vinho para acompanhar. O Carl ia gostar!Mami
Nas vésperas do Dia Mundial da Criança, a Escola de Música do Conservatório Nacional (EMCN) apresenta no Cinema São Jorge a ópera infantil, Brundibar. Escrita em 1932, a sua estreia teve lugar no campo de concentração de Therezin, na antiga Checoslováquia, quando em 1944 a Cruz Vermelha foi convidada a conhecer as condições em que viviam os judeus aprisionados. Por essa ocasião foram interpretadas várias óperas entre elas Brundibar, de Hans Kráza, um dos prisioneiros do gueto. A EMCN propõe esta ópera numa versão não encenada procurando criar uma certa dinâmica das crianças em palco. O espectáculo termina com a projecção de um documentário com testemunhos actuais de quem na época presenciou e viveu aquele dia. O evento, para toda a família, está integrado no ciclo de concertos comentados organizados pela Câmara de Lisboa no emblemático cinema da Av. da Liberdade