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EM SERRALVES, “SOMOS ARVORES” COM JORGE PAIVA
ÁRVORES - TESTEMUNHOS E SINGULARIDADES
CICLO DE CONVERSAS “SOMOS ÁRVORES”
Auditório da Fundação de Serralves.
29 SET 2021
17:30
Evento hibrido, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória em www.serralves.pt
O link de acesso e mail de confirmação de inscrição serão enviados até à véspera do evento.
Orador:
Professor Jorge Paiva
Somos Árvores é o tema nuclear do Plano de Atividades do Parque para o ano 2022 e que dá nome a um ciclo de conversas que agora inicia. Procura apresentar a árvore, na sua diversidade e complexidade biológica, e as suas interações com as outras formas de vida, bem como dar a conhecer os distintos contextos e formas da relação entre as árvores e nós - a relação com o Homem, na ciência, na arte, na cultura, na literatura.
ÁRVORES - TESTEMUNHOS E SINGULARIDADES
As árvores, por serem plantas de ampla longevidade (ex. ca. 5.000 anos tem um pinheiro-da-califórnia, Pinus longaeva) são testemunhos de alguns ecossistemas que existiram, assim como da atividade tectónica das placas da crosta terrestre. Além disso, por serem lenhosas, fossilizam melhor do que as ervas. Alguns dos respetivos fósseis são, igualmente, testemunhos da história da cobertura florestal do Globo e da deriva continental.
As árvores funcionam como autênticas fábricas vivas, utilizando ingredientes tão simples como a água e sais minerais absorvidos através das raízes, o dióxido de carbono da atmosfera e a luz do sol como fonte de energia. Uma particularidade destas "fábricas", é que o seu funcionamento, não provoca qualquer poluição, melhorando até a qualidade do ar que respiramos, contribuindo, assim, para a nossa saúde e bem-estar.
No entanto, estas plantas notáveis podem ter, para pessoas diferentes, significados diversos. Para os nossos antepassados, constituiu a principal fonte de alimento, de combustível, de proteção e ainda objeto de culto. As lendas provenientes de algumas regiões do país, são a prova da atenção que merecem da nossa população e da origem de alguns topónimos e patronímicos. Para o homem atual pode representar uma sombra aprazível, um elemento de adorno da paisagem, a fonte de madeira e de pasta para papel ou a origem de substâncias com aplicação medicinal e cosmética. Para os restantes seres vivos, as árvores fornecem alimento, abrigo e até mesmo suporte físico e algumas espécies chegam até a explorar preferencialmente certas partes da árvore, estando dependentes destas para sobreviverem. Como se ainda não bastasse, as árvores são, dos seres vivos que se conhecem, os que atingem maiores dimensões e maior longevidade. São testemunhos vivos da história e do clima do passado.
Na Natureza, há árvores de enorme biomassa como, por exemplo a Gilbertiodendron maximum, descrita, em 2015, com 100 toneladas e 45 m de altura e uma Sequoiadendron giganteum com 1487 m3 de volume); altíssimas, com o máximo de 116 m de altura de uma Sequoia sempervirens; e até tão baixas e atarracadas, constituído autênticos “bonsais” naturais como, por exemplo, a Cyphostemma uter.
Além disso, muitas árvores possuem características muito singulares adaptativas aos ecossistemas e aos polinizadores e dispersores dos seus diásporos.
Por outro lado, sobre as árvores vivem muitas plantas (epífitas), como musgos, fetos, orquídeas e até arbustos, muitos animais, como pequenos roedores, aves, moluscos, insetos, fungos e microrganismos.
Uma árvore não é, pois, apenas um indivíduo; é um conjunto de ecossistemas. Quando se abate uma árvore, destroem-se muitos ecossistemas.
Jorge Paiva
Biólogo
Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet. University of Coimbra
PROGRAMA
17h30
– Boas vindas:
Enquadramento “Somos Árvores” e apresentação do Professor Jorge Paiva)
Professora Helena Freitas, Direção do Parque
17h40
– Intervenção
Professor Jorge Paiva, Investigador Centre for Functional Ecology e Investigador aposentado do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
18h30 – Saída de Campo
Professor Jorge Paiva e Ricardo Bravo, Coordenador do Serviço de Manutenção do Parque de Serralves
19h30– Encerramento
Assista à próxima sessão de “365 Dias de Romance - Conversas Literárias”, a 25 de setembro, às 16h00, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Palmela, com o escritor Hugo Gonçalves, e não perca a oportunidade de levar para casa exemplares autografados dos vários livros do autor.
A Livraria Culsete, um dos parceiros do Município de Palmela na dinamização desta iniciativa (em conjunto com a Casa Ermelinda Freitas, no âmbito do Programa Mecenas de Palmela), vai estar no local com vários títulos do escritor, disponíveis para quem for assistir. Quem não puder estar presente, terá também a oportunidade de ter o mais recente livro de Hugo Gonçalves, “Deus Pátria Família”, autografado. O número de exemplares é limitado e as reservas devem ser efetuadas através do e-mail info@culsete.pt ou em www.facebook.com/culsete (mensagem privada).
Hugo Gonçalves (1976) é autor de vários romances, entre eles “Filho da Mãe” e finalista dos prémios PEN Clube e Fernando Namora. Coautor e guionista das séries televisivas “País Irmão” e “Até que a vida nos separe” (RTP), foi correspondente de diversas publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro. Nesta última cidade, trabalhou como editor literário. Jornalista premiado, colaborou com o Expresso, Visão, Jornal de Notícias, Diário Económico e Sábado. No Diário de Notícias, assinou as crónicas “Postais dos Trópicos” e “Máquina de escrever”.
Esta conversa literária contará também com transmissão online, em direto, através do Facebook Palmela Município. Mais informações: 212 336 632 ou bibliotecas@cm-palmela.pt.
A organização do II Ciclo de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa, este ano dedicado ao tema CASA, promove um conjunto de Conversas online - ZOOM e LIVE do Facebook do MIRA FORUM, Museu de Lamego e Vale do Varosa - sobre o conjunto os projetos fotográficos que constituem as exposições em exibição este ano no Museu de Lamego e nos Monumentos do Vale do Varosa – Torre de Ucanha e Mosteiro de Santa Maria de Salzedas.
Iniciadas no passado dia 1 de setembro, com o projeto “Casa-Forte”, do fotógrafo Sérgio Rolando, em exposição na Torre de Ucanha, as Conversas, conduzidas por Manuela Matos Monteiro, realizam-se às quartas-feiras, pelas 21h30, até 6 de outubro, na plataforma ZOOM e na LIVE do Facebook.
Através destas conversas sobre os projetos apresentados no Museu de Lamego, Torre da Ucanha e Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, o Ciclo de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa expande-se para além do território de origem partilhando os projetos fotográficos e também o património que os acolhe.
O Ciclo de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa é um projeto cofinanciado Norte2020, organizado pelo Museu de Lamego e MIRA FORUM, com a curadoria de Manuela Matos Monteiro e João Lafuente.
Programa:
8 de setembro | 21h30 | online
"Casas de Brasileiro: um registo de afetos" de Júlio Matos
15 de setembro | 21h30 | online
"Casas sem gente" de Inês d'Orey
22 de setembro | 21h30 | online
"A Casa sou eu" de Lucília Monteiro
29 de setembro | 21h30 | online
"Gente sem casa" de Paulo Pimenta
6 de outubro | 21h30 | online
"A Casa na obra de Alfredo Cunha"
Para mais informação, consulte o site do Museu de Lamego através do link https://museudelamego.gov.pt/exposicao/ciclo-de-fotografia-programacao/.
NALINI MALANI - UTOPIA!?
CONVERSA
Biblioteca
12 JUL 18:30
Nalini Malani
Artista,
&
Ana Mendes
Doutorada em Estudos de Cultura e Professora Associada
na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Apresentadas por:
Philippe Vergne
Diretor do Museu de Serralves.
Serralves apresenta até 29 de agosto de 2021, pela primeira vez em Portugal o trabalho da conceituada artista internacional Nalini Malani (Carachi, 1946). Esta exposição ocorre após a atribuição à artista de uma das mais prestigiantes distinções no mundo da arte contemporânea: o Prémio Joan Miró em 2019. Amplamente conhecida pelas suas pinturas e desenhos, a mostra em Serralves apresenta exclusivamente as suas animações desenvolvidas entre finais dos anos 1960 e a atualidade. Foi no final da década de 1960, numa cena artística indiana dominada por homens, que Nalini Malani emergiu como uma voz provocatória e feminista, igualmente pioneira no trabalho com meios artísticos como o cinema experimental, a pintura, o vídeo e a instalação.
Nesta conversa com Nalini Malani, Ana Mendes parte do núcleo de obras patentes na exposição, sob o título UTOPIA!?, discutindo temas que percorrem a já longa carreira da artista. Em diálogo com uma das personalidades mais marcantes do panorama artístico contemporâneo internacional, aborda as facetas distintas do percurso de Nalini Malani, procurando saber como encara o futuro da arte perante os desafios do mundo de hoje.
Nota biográfica:
Nalini Malani é uma das artistas contemporâneas mais influentes na Índia, com uma sólida carreira que recebeu ampla consagração internacional. Nasceu em Carachi em 1946, um ano antes da separação entre a Índia e o Paquistão na sequência da independência do Império Britânico. A sua família refugiou-se em Calcutá em 1947 e mudou-se para Mumbai em 1954. O trauma pessoal e coletivo da Partição da Índia, a experiência precoce de deslocamento e o estatuto de refugiada marcaram a sua biografia e produção artística, que se desenvolveu, nas suas próprias palavras, como uma tentativa de “dar sentido aos sentimentos de perda, exílio e saudade” que tanto marcaram a sua infância. Malani estudou belas-artes na Sir Jamsetjee Jeejebhoy School of Art, em Mumbai. Durante esse período, instalou o seu estúdio no Bhulabhai Memorial Institute, onde artistas, músicos, bailarinos e atores trabalhavam individualmente e em comunidade. Logo após terminar a formação académica, Malani trabalhou em cinema e fotografia. De 1970 a 1972, recebeu uma bolsa do governo francês para estudar arte em Paris, onde entrou em contacto as teorias de Louis Althusser, Roland Barthes e Noam Chomsky, entre outros. Em 1973, voltou para a Índia, determinada a contribuir para a modernização e emancipação intelectual do seu país através da arte. Em 2010, o San Francisco Art Institute concedeu-lhe um doutoramento honoris causa e, em 2013, foi a primeira mulher asiática a receber o prémio Arts & Culture Fukuoka Prize. Também recebeu outras importantes distinções, como o St. Moritz Art Masters Lifetime Achievement Award em 2014 e o Asian Art Game Changers Award em 2016. A ampla gama de interesses de Malani sempre a levou a colaborar com artistas e pensadores de várias áreas, como o antropólogo Arjun Appadurai, a atriz Alaknanda Samarth, o bailarino de Butoh Harada Nobuo e a encenadora Anuradha Kapur. Essas colaborações atestam a exploração contínua de formas interdisciplinares para investigar e comunicar as questões pessoais e políticas que moldam a sua arte. Ao longo de cinco décadas e com mais de trezentas exposições — duzentas das quais internacionais — as suas obras foram exibidas nos principais centros de arte contemporânea do mundo, com exposições individuais no ICA (Boston), no Stedelijk Museum (Amsterdão), no Irish Museum of Modern Art (Dublin) e no New Museum of Contemporary Art (Nova Iorque); e retrospetivas no Castello di Rivoli — Museu de Arte Contemporânea (Rivoli) em 2018, no Centre Pompidou (Paris) em 2017, no Museu de Arte Kiran Nadar (Nova Delhi) em 2014, no Musée Cantonal des Beaux-Arts (Lausanne) em 2010 e no Museu Peabody Essex (Salem) em 2005. Os seus trabalhos foram apresentados em vinte bienais, como a 12.ª Bienal de Xangai em 2018; a DOCUMENTA 13 em 2012 em Kassel; a 16.ª Bienal de Sydney; as exposições da 52.ª e 51.ª Bienais de Veneza em 2007 e 2005, e a terceira Bienal de Seul em 2004. A obra de Nalini Malani está representada em várias coleções de museus em todo o mundo.
Ana Mendes, Doutorada em Estudos de Cultura, é Professora Associada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sua investigação centra-se na análise de representações da alteridade cultural e sua receção no mercado cultural global com o propósito de contribuir para teorias da justiça epistémica.
A conversa será em inglês.
Acesso: 3 € (Amigos de Serralves, estudantes e maiores 65 anos: 50% desconto), com inscrição prévia obrigatória para ser.educativo@serralves.pt
Lotação: 25 pessoas
Rui Machado é o convidado da próxima sessão da iniciativa “Conversas com…”, a ter lugar esta sexta-feira, 13 de março, pelas 21h30, no histórico Café Calcinha.
Natural de Faro, onde nasceu a 10 de abril de 1984, foi um dos melhores tenistas nacionais, tendo figurado entre os 100 melhores do mundo. Atualmente é um dos responsáveis máximos do ténis nacional: exerce funções na Federação Portuguesa de Ténis como Diretor Técnico Nacional e é igualmente o Selecionador Nacional.
A entrada é livre e tem a apresentação e moderação do jornalista e comunicador Neto Gomes.
Esta iniciativa integra o programa do torneio “Loulé Open’20”, que decorre no Clube de Ténis de Loulé, de 8 a 15 de março e, cuja final será transmitida em direto na Sport TV.
“Conversas Com…” é um projeto que o Município de Loulé tem levado a efeito desde 2015, ano em que Loulé foi “Cidade Europeia do Desporto”. Lenine Cunha, Vanessa Fernandes, Marco Fortes, Carlos Sousa, Miguel Farrajota, Pedro Henriques, Manuel Cajuda e Duarte Gomes são alguns dos nomes grandes do desporto nacional que já participaram neste projeto.
CML/GAP /RP