“Aqueles que, sem o saber, estão a salvar o mundo “
9 de Maio a 15 de Dezembro
Inauguração: Dia 9 Março, 17h30
Tribunal da Relação do Porto / Palácio da Justiça
É inaugurada amanhã, 9 de Maio, às 17h30, a Exposição coletiva “A Arte do Conflito”, no Tribunal da Relação do Porto (Palácio da Justiça).
Organizada pela Cooperativa Árvore, em parceria com o Tribunal da Relação do Porto, esta Exposição reúne trabalhos expressamente realizados para o efeito por 21 artistas e está patente até 15 de dezembro de 2024.
Artistas que participam na Exposição: Acácio de Carvalho, Alberto Péssimo, AnaTorrié, Benedita Kendall, Diana Costa, Domingos Loureiro, Emerenciano, Evelina Oliveira, Filipe Rodrigues, Humberto Nelson,Jas, JoanaRêgo, José Emídio, Manuela Pimentel, Mário Bismarck,NettieBunett, Paulo Neves, Rute Rosas, Susana Bravo, Teresa Gil, Zulmiro de Carvalho.
A partir desta quarta-feira, o Mercado Bom Sucesso volta a oferecer a sua agenda musical “Há Música no Mercado!” para animar os finais de tarde do Porto com música dos 4 cantos do mundo. As atuações decorrem semanalmente, até 30 de julho, com entrada livre.
Antes das férias de verão, osafter workda cidade do Porto são no Mercado Bom Sucesso com atuações gratuitas à escolha para trazer a alegria desta estação do ano à mesa. Nos dias3, 8, 16 e 30 de julho, o mercado transforma-se no palco da iniciativa “Há Música no Mercado!” que volta a dar música e ritmo aos finais de tarde com performances gratuitas no palco do Piso 0, para quem gosta de aproveitar a estação estival na cidade.
As sessões começam às 20h00 e, até às 21h00, a animação conta com vários estilos musicais para fazer o gosto ao ouvido, que vão desde o jazz, à música portuguesa, passando pelos ritmos italianos, franceses, brasileiros e conta ainda com 2 DJ sets para entrar nomoodde verão.Está lançado o mote perfeito para aliar cultura e lazer, com 4 propostas de música, sabores, convívio e bebidas de verão no Mercado Bom Sucesso.
A primeira sessão é já hoje,dia 3 de julho, e recebe a dupla de artistas“So Nice”que junta vozes, guitarra e percussão numa sessão com sabor achill out. Nodia 8 de julho,e em jeito de celebração do Dia Mundial da Alegria, o final de tarde promete ser bem animado com ritmos brasileiros a cargo do grupo Cravo& Canela”.No dia16 de julho, os tambores cedem o lugar à mesa de mistura e a animação pertence ao DJ Ugo que promete brindar os presentes com os melhores hits comfeelingde verão. Para encerrar a iniciativa no dia30 de julho, o DJ Emanuel faz as honras da casa com uma verdadeirasunset party,mesmo antes das férias.
“Mais do que um mercado gastronómico, o Mercado Bom Sucesso é um espaço de encontros e partilhas com a família ou amigos. Ao promover iniciativas como esta, o mercado não só oferece uma experiência de entretenimento enriquecedora, como também reforça seu papel como polo cultural dinâmico junto da comunidade”, refereMarco Massano, Diretor do Mercado Bom Sucesso.
O Mercado Bom Sucesso é, assim, o espaço ideal para quem quer viver uma experiência completa de verão, onde não faltam momentos à mesa cheios de sabores nacionais e do mundo, acompanhados de conveniência e cultura. Para acompanhar estes finais de tarde,nada melhor do que aproveitar para degustar as propostas dos recém-inaugurados restaurantes A-Lapa-Te e A Galinha do Mercado, entre tantas outras propostas gastronómicas para todos os gostos.
A mostra fotográfica “Siza + Souto de Moura” está disponível no Silo – Espaço Cultural do NorteShopping, até 31 de julho.
A exposição “Siza + Souto de Moura” está patente no Silo – Espaço Cultural do NorteShopping, em Matosinhos e promete oferecer uma imersão única no mundo da arquitetura portuguesa, celebrando a obra de dois dos mais importantes arquitetos do país.
A mostra é inspirada em dois livros recentemente publicados de uma coleção dedicada a contar a história de projetos de arquitetura através de múltiplas perspetivas: os livros sobre a Fundação Gramaxo — um projeto de arquitetura de Álvaro Siza —, e o Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça — um projeto de arquitetura de Eduardo Souto de Moura. Cada volume conta com a colaboração de vários autores, que, através das suas especialidades, ajudam a compor uma memória completa do projeto arquitetónico. O processo inclui textos históricos sobre o local, entrevistas com os autores dos projetos e ensaios fotográficos que capturam o antes, o durante e o depois das obras.
Os fotógrafos envolvidos neste projeto — António Júlio Duarte* e André Príncipe** — são alguns dos melhores do país, com trabalhos presentes em museus e coleções privadas de grande prestígio. A exposição disponível no NorteShopping, composta por 90 fotografias (45 de cada projeto), apresenta um registo extenso das várias fases das intervenções.
As fotografias foram tiradas com máquinas analógicas e a mostra oferece uma seleção das melhores imagens presentes nos livros. As da Fundação Gramaxo são em preto e branco, enquanto as do Mosteiro de Alcobaça são em cores, destacando as diferenças e a singularidade de cada projeto — e um apresenta a reabilitação de um edifício Patrimônio Mundial da UNESCO, já o outro é a sede de uma fundação destinada a abrigar uma coleção de arte.
“É com entusiasmo que recebemos esta exposição no NorteShopping, que não só destaca a excelência da arquitetura portuguesa, como também reflete o nosso compromisso contínuo na democratização da cultura junto da nossa comunidade. Esta é uma oportunidade única para apreciar o trabalho de dois arquitetos Pritzker nacionais, através das lentes dois talentosos fotógrafos, no Silo, um espaço da autoria de Souto Moura”, refere Paulo Valentim, diretor do NorteShopping.
Este projeto proposto por Nuno Miguel Borges e com o Alto Patrocínio da Presidência da República que explora a complexidade da construção em contextos patrimoniais através de fotografias que documentam as diferentes fases dos projetos, está disponível até 31 de julho, com entrada gratuita.
Está a decorrer um concurso no ArrábidaShopping cujo prémio será fazer o concerto de abertura de um espetáculo especial dos GNR. As candidaturas estão abertas até 28 de julho.
Atenção, artistas e bandas emergentes: a primeira edição do concurso Arrábida Music dá a oportunidade de abrirem um concerto especial dos GNR, que irá decorrer em setembro. A banda, consideradaimpulsionadora dopop rockportuguês, apoia estaopen callque arrancou esta semana e desafia os talentos promissores a darem a conhecer o seu talento, até 28 de julho.
Neste concurso, que é aberto a todos os estilos musicais, as candidaturas têm, obrigatoriamente, de incluir dois temas originais e umcover, que serão avaliados por um júri que inclui elementos do ArrábidaShopping, da SOTA – State of the Art, da Produtores Associados – agência dos GNR –, e da Casa da Música – que tem sido, ao longo dos anos, um parceiro ativo do centro comercial em eventos culturais.
Para concorrer, é necessário preencher um formulárioonline, disponível nositedo ArrábidaShopping, e realizar uma publicação no Instagram onde se dão a conhecer, identificando as tags @centro.arrabidashopping, @sota_art_, @_produtoresassociados_ e @casadamusicaporto bem como ahashtagoficial do concurso #arrabidamusic, de acordo com oregulamento.
Entre os projetos concorrentes, serão eleitos até seis finalistas, que apresentarão a sua música, ao vivo, ao júri, que irá apurar o grande vencedor, que irá abrir o concerto dos GNR.
“Os GNR são um grupo absolutamente incontornável na história da música portuguesa e a banda mais emblemática do norte do país, pelo que, é para o ArrábidaShopping um enorme orgulho unir-se à banda numa iniciativa tão relevante. A cultura faz parte da génese do Centro e temos feito um caminho duradouro no que diz respeito à promoção e democratização da arte. A criação do Arrábida Music é mais um passo neste percurso, permitindo proporcionar experiências únicas e dar palco a novos talentos”, refere Tomás Furtado, diretor do ArrábidaShopping.
Esta mensagem é reforçada pelos GNR que destacam: “Estamos bastante entusiasmados e expectantes para conhecer a banda que irá fazer a abertura do nosso concerto no ArrábidaShopping”.
Está a decorrer um concurso cujo prémio será fazer o concerto de abertura de um espetáculo especial dos GNR. As candidaturas estão abertas até 28 de julho.
Atenção, artistas e bandas emergentes: a primeira edição do concurso Arrábida Music dá a oportunidade de abrirem um concerto especial dos GNR, que irá decorrer em setembro. A banda, consideradaimpulsionadora dopop rockportuguês, apoia estaopen callque arrancou esta semana e desafia os talentos promissores a darem a conhecer o seu talento, até 28 de julho.
Neste concurso, que é aberto a todos os estilos musicais, as candidaturas têm, obrigatoriamente, de incluir dois temas originais e umcover, que serão avaliados por um júri que inclui elementos do ArrábidaShopping, da SOTA – State of the Art, da Produtores Associados – agência dos GNR –, e da Casa da Música – que tem sido, ao longo dos anos, um parceiro ativo do centro comercial em eventos culturais.
Para concorrer, é necessário preencher um formulárioonline, disponível nositedo ArrábidaShopping, e realizar uma publicação no Instagram onde se dão a conhecer, identificando as tags @centro.arrabidashopping, @sota_art_, @_produtoresassociados_ e @casadamusicaporto bem como ahashtagoficial do concurso #arrabidamusic, de acordo com oregulamento.
Entre os projetos concorrentes, serão eleitos até seis finalistas, que apresentarão a sua música, ao vivo, ao júri, que irá apurar o grande vencedor, que irá abrir o concerto dos GNR.
“Os GNR são um grupo absolutamente incontornável na história da música portuguesa e a banda mais emblemática do norte do país, pelo que, é para o ArrábidaShopping um enorme orgulho unir-se à banda numa iniciativa tão relevante. A cultura faz parte da génese do Centro e temos feito um caminho duradouro no que diz respeito à promoção e democratização da arte. A criação do Arrábida Music é mais um passo neste percurso, permitindo proporcionar experiências únicas e dar palco a novos talentos”, refere Tomás Furtado, diretor do ArrábidaShopping.
Esta mensagem é reforçada pelos GNR que destacam: “Estamos bastante entusiasmados e expectantes para conhecer a banda que irá fazer a abertura do nosso concerto no ArrábidaShopping”.
Specialised Travel Concert Touring – ACFEA Tour Consultants
(Associate Consultants For Education Abroad) eSARASWATI
Labyrinth Choir, conjunto vocal misto profissional composto por vinte cantores, um maestro profissional e um pianista, apresentam concertos temáticos abertos ao público.
Os temas dos concertos anteriores celebram a liberdade, o humor, os animais, o amor e a alegria… ao mesmo tempo que incorporavam música clássica, da Broadway, jazz, espiritual, popular e contemporânea.
O intuito é que os concertos, sob a orientação da sua Fundadora e Diretora Artística, Maestrina Anita Kupriss, que se realizarão numa digressão de norte ao sul do país, sejam uma experiência ativa e não apenas passiva.
Figueira da Foz. Lisboa e Tavira com entrada livre.
Apresentação informal - Sé do Porto - segunda-feira, dia 22 de julho às 18.00
Igreja Matriz de S Julião, Figueira da Foz - quarta-feira, dia 24 de julho às 21.30
Igreja Stª Catarina, Lisboa - sexta-feira, dia 26 de julho às 21.30
Igreja da Misericórdia, Tavira - domingo, dia 28 de julho às 18h00
No próximo dia 27 de julho, o Shopping Cidade do Porto irá dinamizar uma iniciativa para celebrar o Dia dos Avós que contempla a Hora do Conto e um atelier de criação de postais personalizados. Esta comemoração pretende celebrar a presença dos avós na vida das crianças e valorizar o seu papel, bem como promover uma maior aproximação entre gerações.
A Hora do Conto, sob o tema “Histórias com Açúcar”, será o destaque da comemoração, que irá decorrer a partir das 11h no piso -1 do centro comercial. Serão lidos pequenos excertos de histórias alusivas aos avós, num espaço decorado que nos remete para as salas dos avós, criando um ambiente que trará memórias das várias histórias que já contaram aos netos.
Além da Hora do Conto, será oferecido um atelier criativo no qual as crianças poderão criar um postal personalizado para os avós. Os postais irão incluir uma fotografia tirada no cenário da Hora do Conto. O atelier decorre entre as 10h00 e as 13h00, no piso -1.
Além de se estrear em salas convencionais, iniciativa do Teatro da Didascália conta com a habitual programação no espaço público
De 16 a 20 de julho, os habitantes e visitantes de Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão “arriscam-se” a encontrar pelas ruas uma performance de circo contemporâneo. A celebrar 10 anos desde a primeira edição, o Festival Internacional Vaudeville Rendez-Vous, promovido pelo Teatro da Didascália, regressa ao Quadrilátero Urbano para confrontar os mais curiosos com diferentes linguagens e novas formas de criar e olhar as artes circenses. A partir da noite de 17 de julho, diversos espaços – desde praças a jardins – serão palco de mais de duas dezenas de apresentações de 11 espetáculos, incluindo cinco estreias nacionais. As performances no espaço público complementam, assim, uma programação que, este ano, se expande pela primeira vez às salas convencionais.
Terceiro dia de Festival marcado por cinco estreias nacionais
É com a criação coreográfica do grupo francês Bivouac Compagnie, “Lemniscate”, que o Vaudeville Rendez-Vous arranca as apresentações em espaço público. A performance, que brinca com a relação entre o tempo e o espaço através de um dispositivo experimental, pode ser vista a 17 (às 22h00, na Praceta Francisco Sá Carneiro, em Barcelos) e a 20 de julho (às 22h00, na Praça Municipal de Braga). Já o dia 18 de julho fica marcado por cinco estreias nacionais, duas delas a decorrer em Guimarães.
“Idiòfona” será a primeira de duas performances a estrear na “Cidade Berço”, no dia 18 de julho. O artista espanhol Joan Català apresenta a sua instalação sonora (às 19h00, no Paço dos Duques), procurando, através de instrumentos idiofones e com a ajuda do público, encontrar harmonia no meio do ruído. O espetáculo será novamente apresentado no dia 20 de julho, às 19h00, na Praceta Francisco Sá Carneiro (Barcelos). Às 22h00, é a vez dos franceses Kim Marro e Liam Lelarge apresentarem, na Praça de Pedra – Jardim Paço dos Duques de Bragança (Guimarães), “La Boule”. A criação, que no dia seguinte, à mesma hora, chega ao Polidesportivo da Quinta do Aparício (Barcelos), explora uma fusão de corpos em constante movimento.
Famalicão recebe, às 19h00 do dia 18 de julho, no Jardim D. Maria II (topo sul), o duo acrobático “Ludo & Arsène”. Munidos de uma escada, osperformersda companhia belga Be Flat apresentam-se também no dia seguinte, às 19h00, na Praça de Pontevedra (Barcelos), e no dia 20 de julho, às 11h00, nos Claustros da Rua do Castelo (Braga), e às 19h00, no Largo Cónego José Maria Gomes (Guimarães). Também às 19h00, desta vez em Barcelos (na Praça Pontevedra), a artista espanhola com atividade nos Países Baixos La Campistany apresenta pela primeira vez em Portugal “It happens…” – um espetáculo a solo que combina trapézio, música eclown.A performance pode ainda ser vista no dia 19 de julho, às 19h00, na Praça Municipal de Braga, e no dia 20 de julho, às 11h00, no largo da Igreja de São Francisco, em Guimarães, e às 19h00, no Jardim D. Maria II, em Famalicão).
Finalmente, Braga acolhe a estreia, e única apresentação no decorrer do Festival, de “C'est pas là, c'est par là”. Nesta proposta da companhia Galmae – sediada em Marselha e Seul –, a audiência será a protagonista da performance do artista sul-coreano Juhyung Lee, que, utilizando uma corda, promove a interação entre desconhecidos e a busca pelo sentido de comunidade. O momento decorre no dia 18 de julho, às 22h00, no Largo do Pópulo.
Portugueses também brilham nas ruas do Quadrilátero Cultural
Dando continuidade a uma missão que, nos últimos 10 anos, tem sido pautada pelo apoio a novos artistas nacionais, a programação do Vaudeville Rendez-Vous não esquece o circo contemporâneo português. Nos dias 18 (às 19h00, na Praça Municipal, em Braga), 19 (às 19h00, no Largo de Donães, em Guimarães) e 20 de julho (às 11h00, no Parque da Juventude, em Famalicão), a companhia emergente AbsurdA, fundada em Famalicão, apresenta “HEQET”, um espetáculo inspirado nas pragas do Egito, que pretende refletir sobre quem é a verdadeira praga.
Presença assídua no Festival, o grupo Circo Caótico exibe, no ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução dos Cravos, uma criação sobre liberdade, resiliência e risco. “Pó de Pedra” poderá ser visto na Praceta Francisco Sá Carneiro, em Barcelos, e na Praça D. Maria II, em Famalicão (às 22h00 dos dias 18 e 19 de julho, respetivamente). No seguimento do programa de residências artísticas Ensaios de Circo, da companhia Erva Daninha, a criadora e intérprete Inês Pinho apresenta “Os Gatos Caem Sempre de Cara ou Como Salvar as Abelhas”, nos dias 19 (às 19h00, na Praça Manuel SottoMaior, em Famalicão) e 20 de julho (às 11h00, na Praceta Francisco Sá Carneiro, Barcelos, e às 19h00, no Rossio da Sé, Braga).
A entrada nas performances em espaço público integradas na programação é gratuita e aberta a todos interessados. Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveisemteatrodadidascalia.com/vaudeville-rendez-vous/.
De 16 a 20 de julho, nas cidades do Quadrilátero Cultural
Da rua às salas de teatro: Vaudeville
Rendez-Vous celebra 10 anos
Espetáculos em teatros e espaços convencionais são uma das novidades da programação do Festival de circo contemporâneo
Uma década de apresentações nos espaços mais “inusitados”, de inconformidade com as convenções, de apelo à curiosidade do público e de introdução do circo contemporâneo no léxico cultural de uma audiência mais abrangente. É com esta premissa que, de 16 a 20 de julho, o Festival Internacional Vaudeville Rendez-Vous, promovido pelo Teatro da Didascália, regressa às cidades do Quadrilátero Cultural para mais uma edição – a 10.ª. Como forma de comemorar a efeméride, a iniciativa, que conta com um total de 15 espetáculos, expande-se, pela primeira vez, aos teatros e espaços convencionais, dando continuidade à missão assumida há precisamente 10 anos: eliminar fronteiras e confrontar o público com o desconhecido.
Ao longo de cinco dias de programação intensa e fortemente centrada na acrobacia, Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão serão palco de quatro espetáculos em sala e de 25 apresentações no espaço público. Contando com oito estreias nacionais, o Festival destaca ainda sete atividades de mediação, incluindo oficinas e momentos de debate e partilha. O apelo ao diálogo intercultural é um dos pilares da edição deste ano, que conta com a participação de artistas nacionais e internacionais, com origem na Bélgica, Brasil, Chile, Coreia do Sul, Espanha, França, Países Baixos e Suíça.
Em ano de retrospetiva, Bruno Martins, responsável pela programação do Vaudeville Rendez-Vous e diretor artístico do Teatro da Didascália, refere que o Festival “se tem afirmado como uma importante montra do que de melhor se produz a nível nacional e internacional, com uma programação simultaneamente experimental e popular, capaz de desassossegar os públicos”. Com os olhos postos nos próximos 10 anos, o responsável não esquece o papel de todos os que contribuíram para o sucesso do Vaudeville, evocando “as muitas mãos que nos ajudaram a contar até 10 e que agora se erguem para acenar ao futuro”.
O circo também “encaixa” dentro de quatro paredes
Os dias iniciais da edição de 2024 ficam marcados pela “estreia” da iniciativa em espaços convencionais, com apresentações em quatro salas de teatro do Quadrilátero Minhoto. Bruno Martins clarifica esta decisão, expressando o desejo de desmitificar a ideia de que as artes do circo são uma linguagem artística vinculada à rua: “Com o assinalar da décima edição quisemos lançar uma reflexão alargada sobre o muito que ainda há por fazer no desenvolvimento do circo contemporâneo no contexto nacional, nomeadamente na sua representatividade nas grelhas de programação dos teatros por todo o país.O circo não é apenas uma arte de rua, assim como o teatro não é uma linguagem confinada às tábuas do palco; ambos podem acontecer em qualquer lugar, até mesmo num teatro”.
O Theatro Gil Vicente, em Barcelos, é o espaço que acolhe o arranque do Vaudeville Rendez-Vous com a estreia nacional de “Cá entre nós”, da companhia Doisacordes (uma coprodução brasileira, chilena e espanhola), no dia 16 de julho, às 21h30. Este dueto poético, que, através de cordas e nós, explora a conexão e a reconexão entre dois indivíduos, foi já reconhecido pela circusnext, contando com o apoio da plataforma e da União Europeia.
Já no dia 17, também às 21h30 e em simultâneo, sobem ao palco três produções. O espaço gnration, em Braga, recebe “Masha”, uma abordagem inovadora, também laureada pela circusnext, à utilização do corpo humano enquanto aparelho de circo, apresentada pela primeira vez em Portugal pela dupla espanhola Palimsesta.Numa edição que convida à reflexão sobre o papel do circo contemporâneo no panorama cultural, o artista francês Edouard Peurichard traz ao Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, “Le Repos du Guerrier” – um olhar intimista e crítico, com um formato documental, sobre o percurso profissional de um artista circense em final de carreira. A fechar a programação em espaços convencionais, a portuguesa Margarida Monteny apresenta-se na Casa das Artes de Famalicão com “BLUE”, um projeto de acrobacias aéreas criado especialmente para o interior.
Produções nacionais e internacionais voltam a invadir o espaço público
Além das apresentações nos teatros municipais, fãs e curiosos das artes circenses poderão continuar a contar com a habitual animação que toma conta das ruas de Barcelos, Braga, Guimarães e Famalicão durante o Vaudeville Rendez-Vous. A estreia nacional de “C'est pas là, c'est pas là”, uma proposta da companhia Galmae – sediada em Marselha e Seul –, é um dos momentos mais aguardados desta edição. No dia 18 de julho, pelas 22h00, no Largo do Pópulo, em Braga, a audiência será a protagonista da performance do artista sul-coreano Juhyung Lee, que, com recurso a uma corda, promove a interação entre desconhecidos e a busca pelo sentido de comunidade.
O dia 18 de julho fica ainda marcado pelas estreias nacionais de “It happens”, da artista espanhola La Campistany (às19h00, na Praça de Pontevedra, Barcelos); “Ludo & Arsène”, da companhia belga Be Flat (às 19h00, na Alameda D. Maria II, Famalicão); “Idiòfona”, a mais recente criação do artista plástico espanhol Joan Català (às 19h00, no Paço dos Duques de Bragança, Guimarães); e “La Boule”, dos franceses Kim Marro & Liam Lelarge (às 22h00, na Praça de Pedra – Jardim do Paço dos Duques de Bragança, Guimarães).
O circo contemporâneo nacional também se fará representar ao longo do Festival. A companhia emergente AbsurdA, fundada em Famalicão, em 2021, apresenta “HEQET”, uma criação inspirada nas pragas do Egito, nos dias 18 (às 19h00, na Praça Municipal, em Braga), 19 (às 19h00, no Largo de Donães, em Guimarães) e 20 de julho (às 11h00, no Parque da Juventude, em Famalicão). O grupo Circo Caótico, presença habitual no Vaudeville Rendez-Vous, desafia a gravidade na Praceta Francisco Sá Carneiro, em Barcelos, e na Praça D. Maria II, em Famalicão (às 22h00 dos dias 18 e 19 de julho, respetivamente), com “Pó de Pedra”. Como resultado do programa de residências artísticas Ensaios de Circo, da companhia Erva Daninha, a criadora e intérprete Inês Pinho apresenta “Os Gatos Caem Sempre de Cara ou Como Salvar as Abelhas”, nos dias 19 (às 19h00, na Praça Manuel SottoMaior, em Famalicão) e 20 de julho (às 11h00, na Praceta Francisco Sá Carneiro, Barcelos, e às 19h00, no Rossio da Sé, Braga).
Aprender e debater as artes circenses
Como habitualmente, a programação do Vaudeville propõe um conjunto de atividades de mediação, incluindo quatro oficinas acessíveis a todas as pessoas: a oficina de dança “Movimentado”, com André Araújo, a oficina de diábolo “Sòl”, com Dídac Gilabert, a oficina de acrobacia aérea “Voos Rasos”, com Daniel Seabra, e uma oficina de malabarismo, com Ariana Silva. Já Joan Català, artista espanhol que se apresenta na 10.ª edição do Festival com “Idiòfana”, propõe umamasterclasscentrada no processo de criação artística e na relação do circo com o espaço público. A sessão de trabalho, pensada para artistas e outros profissionais da área do circo e das artes de rua, está marcada para o dia19 de julho, às 15h00, no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga.
E com a efeméride do 10.º aniversário do Festival Vaudeville Rendez-Vous em mente, a mesa-redonda “10 anos +” reúne profissionais da cultura que se têm dedicado à criação e programação do circo e artes de rua, convidando à reflexão sobre o que já foi feito e o que ainda está por fazer no âmbito da promoção desta linguagem artística em Portugal. O momento terá lugar no Café-Concerto da Casa das Artes de Famalicão, no dia 20 de julho, às 15h00.
A participação nas atividades é gratuita, mas está sujeita a inscrição prévia através de formulários próprios. A restante programação do Vaudeville Rendez-Vous também é de acesso gratuito, aplicando-se normas específicas para a reserva de lugar nos espetáculos em espaços interiores. Todas estas informações, bem como os formulários de inscrição nas atividades de mediação, poderão ser encontradas emteatrodadidascalia.com/vaudeville-rendez-vous/.
Inauguração dia 20 de junho, às 19h00, na Sala de Exposições da Escola das Artes no Porto
Ampliar a visibilidade de personalidades negras até hoje pouco conhecidas
A exposição Enciclopédia Negra, que pela primeira vez é mostrada fora do Brasil, é composta por mais de 100 retratos de personalidades negras como políticos, artistas, sambistas, advogados e engenheiros, entre outros, que foram sistematicamente invisibilizados pela história oficial. Esses retratos são, na sua maioria, ficções porque, na história da pintura, estas personagens não existem: o retrato era apenas usado pelas classes privilegiadas. A inauguração realiza-se a 20 de junho, pelas 19h00, na Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. O dia termina com uma roda de falar com MC Carol, Farofa e DJ Dorly, no Pátio das Artes.
“A exposição Enciclopédia Negra faz parte de um amplo projeto, que se iniciou em 2016, e que pretende ampliar a visibilidade de personalidades negras até hoje pouco conhecidas,” explica Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes. Contou com o apoio da editora Companhia das Letras, do Instituto Ibirapitanga, da Pinacoteca de São Paulo, do Soma e dos 36 artistas que aderiram ao convite e lhe deram realidade. A mostra traz mais de 100 obras que se pautaram nos verbetes escritos para o livro homónimo de autoria de Flavio Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz, que apresenta 417 verbetes e mais de 550 biografias.
“Um constrangedor silêncio invade os arquivos da escravidão, os livros didáticos e acervos de obras visuais,” refere Lilia Moritz Schwarcz, uma das curadoras da exposição, acrescentando “neles, as referências acerca da imensa população escravizada negra que teve como destino o Brasil – praticamente a metade dos 12 milhões e meio de africanos e africanas que aportaram no país, desde inícios do século XVI até mais da metade do século XIX, são ainda muito escassas.” Também é pouco mencionado o protagonismo de negros, negras e negres que conheceram o período do pós-abolição; aquele que se seguiu à Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, a qual, longe de ter sido um ato isolado, correspondeu a um processo coletivo de luta pela liberdade, protagonizado por negros, libertos e seus descendentes.
Os curadores da exposição entendem que “Narrar é uma forma de fazer reviver os mortos e cada tela traz uma linda história: foram pessoas que se agarraram ao direito à liberdade; profissionais liberais que romperam com as barreiras do racismo; mães que lutaram pela alforria de suas famílias; professoras e professores que ensinaram seus alunos a respeito de suas origens; indivíduos que se revoltaram e organizaram insurreições; ativistas que escreveram manifestos, fundaram associações e jornais; líderes religiosos que reinventaram outras Áfricas no Brasil.”
A Enciclopédia Negra pretende, também, contribuir para o término do genocídio dessa população. Pois tornar estas histórias mais conhecidas e dar rostos a estas personalidades colabora para a reflexão por trás das estatísticas, que nos acostumamos a ler todos os dias nos jornais, “naturalizando” histórias brutalmente interrompidas; seja fisicamente, seja na memória.
Esta é a última de quatro exposições do ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”, um programa em co-curadoria entre Lilia Schwarcz e Nuno Crespo, que contemplou uma agenda de concertos, conferências, exposições e performances. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA). A exposição estará patente ao público até 4 de outubro.