Mar, ar e vento em exposição; uma incursão nas imagens e sons das Caxinas; colagens plásticas, espelhos mágicos ou humor em ilustração; pormenores da vida humana em fotografia; corpo e vestuário e suas fronteiras discursivas; o movimento de um corpo em diálogo com um manequim; experimentação e improviso em níveis sonoros e audiovisuais; música em cassete, em vinil e na mesa de mistura. Tudo isto numa grande montra colectiva em Vila do Conde, de 3 a 19 de novembro, num itinerário traçado pelas lojas do comércio tradicional da cidade, de acesso livre e gratuito.
Amontra – mostra de arte contemporânea em montras do comércio tradicional de Vila do Condeé isso mesmo: um projecto que se propõe fazer chegar a arte a todas as pessoas, muitas delas sem hábitos de consumo cultural. Amontraapresenta anualmente um conjunto de intervenções expositivas e performativas que exploram diferentes possibilidades de ocupação do espaço público e envolvimento da comunidade, numa dinâmica de circulação pedonal pela cidade e de colaboração entre artistas e comerciantes. Os projectos artísticos propostos são transdisciplinares e podem ir das artes performativas, artes plásticas, circo, dança, design, escultura, figurinos e cenografia, fotografia, literatura, música, poesia, teatro até ao vídeo.
Novidades 2023
Umas das grandes novidades desta edição é aresidência artística NORTEAR: tendo Vila do Conde como área geográfica de intervenção, promove o estudo e representação da sua paisagem e cultura sonoras, com foco no território dasCaxinas. Este estudo implica observar, escutar e interrogar os eventos sonoros das ruas, da praia, das maneiras de falar ou de cantar, identificando os sons presentes e reflectindo sobre a forma como se relacionam com a memória e vivências dos lugares. Em paralelo, a componente visual resulta de uma pesquisa, um confronto com o arquivo, os álbuns de família, documentos, outros objectos de memória e imagens reais desta zona piscatória. O processo de exploração termina com uma apresentação pública no Mercado das Caxinas, a5 de novembro, pelas 18h30, no formato de performance sonora e visual efémera.
Uma outra novidade desta 4.ª edição é a parceria com o FIS – Festival Internacional de Solos: amontravai receber num espaço comercial de Vila do Conde, a11 de novembro, pelas 18h30, a performanceMACAQUINHO DO CHINÊS, deAna Isabel Castro, um solo de dança em torno das questões levantadas pela imobilidade do corpo, apresentando depois numa loja e num espaço do Cine-Teatro Garrett, onde decorre o festival, entre11 e 26 de novembro, o trabalho(M)ARdo artista vila-condenseFilipe Larangeira.
A exposição colectivaBLARING HAX OF CAREconstitui tmbém uma das novidades deste ano,resultando deumaconvocatória dirigida aos alunos do ensino artístico, com coordenação da jovem vila-condense estudante de artes plásticas,Catarina Machado.
Destaques do programa
Ao nível das exposições, Helena Rocio Janeiro, artista plástica e autora do projectoCoração o Ditador, apresentaCORTA E COLA EXISTENCIAL,ondeexplora nos diferentes suportes das suas colagens a ideia datransformação contínua.A colectiva de fotografiaRECOMEÇAR, um projecto da The Cave Photography com os Encontros da Imagem de Braga, reúne alguns dos nomes mais promissores da arte fotográfica em Portugal.AQUI DO OUTRO LADOé uma instalação do artistaplástico vila-condense Francisco Laranjeira, uma provocação a quem passa...Nota ainda para a exposiçãoMIRAGEM, do ilustrador poveiro Luís Silva, que nos traz uma reflexão bem-humorada sobre as tecnologias da informação e as redes sociais. Todas estas exposições estarão patentes de4 a 19 de novembro.
No campo das performances, amontraarranca no dia3de novembro,pelas19h30, com a performanceOCUPAÇÃO CIA EXCESSOS, deHilda de Paulo e Tales Frey, tendo o corpo e o vestuário como centralidade discursiva.No fim-de-semana seguinte,no sábado 11 de novembro,pelas 19h30, Marco Castiço apresentaPOSTO DE ESCUTA, no qual partilha as raridades das suas colecções em vinil e cassete.O terceiro e último fim-de-semana é marcado pela apresentação nosábado, 18 de novembro, pelas18h30, da performanceFHOSFHORUS, de Francisca Dores e Henrik Ferrara, naexperimentação e no improviso sonoro e audiovisual, terminandoem festa às23 horascom osBITCH BOYS, numa noite de música com a dupla vila-condense dos irmãos Praça.
Espaços & apoios
Amontradecorre este ano de 3 e 19 de novembro, abrangendo três fins-de-semana de programação. O levantamento e selecção dos espaços tem como principal critério a criação de um itinerário pela cidade e a adaptabilidade às características das intervenções dos artistas, respondendo também ao interesse e a disponibilidade dos comerciantes.O projecto montra é organização pelaNoites Claras Associação Cultural, uma jovem associação cultural vila-condense fundada em 2022, que reflecte um colectivo transdisciplinar de criação, organização e divulgação de projectos culturais, sociais, artísticos e pedagógicos, procurando criando dinâmicas de cooperação entre os artistas e as comunidades. Amontraconta com o apoio financeiro daCâmara Municipal de Vila do Conde, com o apoio logísticoda Associação Comercial e Industrial de Vila do Condee com a parceria estabelecida com oFIS – Festival Internacional de Solos.
'Unexpected Guests', de Deborah Stratman, na Solar a partir de 8 de julho
Várias portas, por onde entram alguns convidados inesperados. Forasteiros que provocam reações, sentimentos. Destes convidados, a câmara é o mais comum. A câmara pela mão deDeborah Stratman. ASolar – Galeria de Arte Cinemática, no âmbito da parceria com oCurtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, inaugura a 8 de julho uma exposição dedicada à cineasta e artista americana, apresentando o seu trabalho num conceito expositivo original, que inclui uma obra inédita.
O trabalho deDeborah Stratmanescapa-se a rótulos fáceis. Cruzando vários tipos de media – da imagem em movimento à fotografia, escultura, desenho ou instalação – a sua obra pode ser encontrada tanto na seleção oficial dos festivais de Roterdão ou Sundance, como nas salas de importantes galerias e museus, como o MoMA ou o Centro Pompidou. Independentemente do output escolhido, o trabalho da cineasta e artista americana ocupa-se, sobretudo, da capacidade de questionar aquilo que é subjacente às coisas mundanas, às rotinas e aos comportamentos. As suas obras crescem a partir de um fascínio variado por dolinas, aves de rapina, ortópteros (insetos musicais), cometas, placas tectónicas, acústica, mineralogia e eletromagnetismo. Explorando a história, os usos, as mitologias e os padrões presentes em diferentes tipos de paisagem, o seu trabalho aponta os relacionamentos entre os ambientes físicos e as lutas de poder e de controlo que os humanos travam no território, questionando narrativas históricas elementares sobre fé, liberdade, expansionismo ou paranormal.
Mais recentemente, Stratman tem-se focado nas narrativas sobre evolução e extinção, do ponto de vista das rochas e de vários outros futuros. A geo-biosfera é apresentada como um lugar de possibilidade evolutiva, onde os humanos desaparecem mas a vida perdura. “Quero trabalhar com assuntos que me resistem, ser atormentada por ideias, estar disposta a arriscar por elas, movida por elas, é isso que me alenta”, palavras de Deborah Stratman, que diz ambicionar, sem depender da linguagem, um cinema intelectual: “Quero que o meu trabalho questione a sua própria função social enquanto permanece esteticamente sedutor. Faço cinema pelo prazer de criar um universo temporal”. A escolha do foco sobre Deborah Stratman cumpre com um dos principais desígnios do trabalho de programação daSolare que se estende aoCurtas Vila do Conde: por um lado, o de fazer a ponte entre os territórios dos Cinema e das Artes Visuais e, por outro, o de potenciar sinergias entre os dois projetos, revelando aspetos menos conhecidos da obra de artistas/cineastas de referência e de maior importância no panorama internacional.
Oprograma paraleloinclui, de 8 a 16 de julho, durante o 31.º Curtas, o cicloInFocus, que apresenta uma seleção da sua obra cinematográfica; uma Carta Branca, no âmbito da qual a artista apresenta obras que influenciaram o seu trabalho; e a masterclassRadical Listening, onde explora o potencial do som e o áudio como motor e criador de espaço. Presença assídua nas seleções do Curtas Vila do Conde — nove dos seus filmes integraram secções de competição, tendo conquistado por duas vezes, em 2003 (In Order not to be Here) e 2014 (Hacked Circuit), o Prémio da Competição Experimental — esta exposição celebra a relação de anos com a artista. . . . . . “Trabalho com cinema, vídeo, som, escultura, fotografia, desenho e imprensa. Interessam-me os sistemas latentes de controlo e as formas como as nossas vidas são inadvertidamente moldadas por eles. Com o meu trabalho tenho vindo a explorar aquilo de que temos medo, as formas como somos policiados pela arquitetura e como detalhes mundanos traem a convenção e, portanto, a autoridade. Entendo que, de alguma forma, precisamos de governantes para viver ou nunca seríamos capazes de gerir as nossas vidas. Mas o que me inspira são os momentos em que nos libertamos desses vários sistemas de controlo. Como quando alguém cai e, ao cair, interrompe momentaneamente a ordem das coisas.” — Deborah Stratman
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Deborah Stratmanexpôs internacionalmente no MoMA (Nova Iorque), Centre Pompidou (Paris), Hammer Museum (Los Angels), Witte de With (Roterdão), PS1 (Nova Iorque), Tabakalera (San Sebastian), Austrian Film Museum (Viena), Yerba Buena Center (São Francisco), MCA (Chicago) ou Whitney Biennial (Nova Iorque), e realizou projetos específicos para locais como Center for Land Use Interpretation, Temporary Services, Hallwalls, Mercer Union e Ballroom Marfa. Os filmes de Stratman têm sido amplamente apresentados em festivais e conferências, incluindo Sundance, Viennale, Berlinale, CPH:DOX, Oberhausen, True/False, TIFF, Locarno, Roterdão, Flaherty e Docs Kingdom. Recebeu bolsas Fulbright, Guggenheim e USA Collins Fellowships; um Alpert Award, o Sundance Art of Nonfiction Award e apoios da Creative Capital, Graham Foundation, Harpo Foundation e Wexner Center for the Arts. Vive em Chicago, onde leciona na Universidade de Illinois.
Concerto assinala encerramento da intervenção em curso
Rodrigo Leão na Igreja Matriz de Vila do Conde
Dia 1 junho 2023, 21h30
Um concerto de Rodrigo Leão na Igreja Matriz de Vila do Conde irá marcar o culminar da intervenção de conservação e restauro atualmente em curso no monumento.
O concerto vai decorrer no próximo dia1 junho, pelas 21h30, comentrada livre, sujeita à lotação da Igreja e à apresentação de bilhete*.
A intervenção na Igreja Matriz de Vila do Conde resulta de uma candidatura apresentada pela Direção Regional de Cultura do Norte ao Aviso Património Cultural-Infraestrutural do Programa Operacional Norte 2020.
O projeto de intervenção, que se encontra na fase final, divide-se em duas áreas fundamentais: a torre sineira e a cobertura da igreja.
A intervenção na torre sineira visou a recuperação de todas as suas estruturas, a construção de novas, melhorar a acessibilidade e favorecer a funcionalidade dos seus sinos e da visita ao seu interior.
A intervenção na cobertura da igreja visou resolver os problemas de estanquidade à água detetados, com solução de elevada durabilidade, reduzida manutenção e de reduzido impacto no património edificado.
Concerto de Rodrigo Leão
A carreira a solo que levou Rodrigo Leão ao reconhecimento global começou há trinta anos. Foi em 1993 que Rodrigo, então ainda parte integrante dos Madredeus, editou o seu primeiro trabalho em nome próprio: Ave Mundi Luminar explorava recantos criativos que não cabiam nos seus projetos anteriores. O disco tornou-se num sucesso inesperado.
Nas três décadas que decorreram desde Ave Mundi Luminar, Rodrigo tornou-se num dos mais queridos de todos os artistas portugueses. A par dos álbuns que chegaram ao 1º lugar das tabelas de vendas em Portugal, várias gravações suas viram edição internacional em marcas tão prestigiadas como a Deutsche Grammophon ou a Sony Classical.
Explorando sem medos as múltiplas possibilidades da composição, entre o popular e o erudito, o electrónico e o orquestral, o seu nome é citado ao lado de referências da música contemporânea como Ryuichi Sakamoto, Ludovico Einaudi ou Jóhann Jóhansson.
Escreveu bandas-sonoras para filmes tão diferentes como a comédia de sucesso A Gaiola Dourada, o drama nomeado para os Óscares O Mordomo, a série televisiva Portugal – Um Retrato Social ou o documentário sobre os anos 1960 No Intenso Agora. E, nas suas canções, colaborou com artistas como Beth Gibbons dos Portishead, Neil Hannon dos Divine Comedy, Scott Matthew, Rui Reininho dos GNR, Joan as Police Woman, Stuart Staples dos Tindersticks ou Lula Pena.
Neste espetáculo Rodrigo Leão reúne uma seleção pessoal de temas clássicos de sua autoria. É, por isso, bastante eclético, com uma grande abrangência de estilos musicais que vão do neoclássico à valsa.
Sobre a Igreja Matriz de Vila do Conde
A Igreja Matriz é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade e concelho de Vila do Conde.
Desde o século XVI, transformou-se no maior centro de culto da Paróquia de S. João Baptista. Quando foi construída era a maior igreja paroquial do seu tempo e, ainda hoje, é uma das maiores do país.
A decisão de se construir uma nova matriz, em 1496 – em substituição da antiga matriz que se situava no monte do mosteiro e era pequena – corresponde ao anseio de uma população, que há muito descia as encostas do monte, para morar mais perto do porto do Ave, numa época em que Vila do Conde fervilhava com o comércio do Império Português.
A construção da Matriz de Vila do Conde foi impulsionada com a passagem do Rei D. Manuel I por Vila do Conde, a caminho de Compostela, em 1502, que - além de uma contribuição pessoal - derramou impostos sobre o povo e as freiras de Santa Clara para a construção da nova matriz.
A Igreja Matriz de Vila do Conde está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
*Os bilhetes gratuitos para assistir ao concerto são distribuídos no Centro Paroquial de Vila do Conde, a partir de hoje, dia 12 maio. Cada pessoa poderá levantar até dois bilhetes.
Horário de Atendimento do Centro Paroquial disponível aqui:
Dia Internacional da Mulher - Exposição ‘As Bravas’
Vila do Conde Porto Fashion Outlet acolhe exposição fotográfica
de homenagem às mulheres do Norte
Conjunto de imagens de Paulo Pimenta são retratos de mulheres do norte, da região de Amarante, que se destacam pelas suas histórias de resiliência;
A mostra é um projeto da PELE, coletivo que apoia criação artística no contexto de reflexão, ação e participação cívica;
Centro reforça a sua ligação às artes e convida a aliar a experiência comercial à cultural.
O Vila do Conde Porto Fashion Outlet acaba de estrear uma nova exposição fotográfica para assinalar o Dia Internacional da Mulher, numa homenagem às mulheres do Norte. ‘As Bravas’ conta com fotografias de Paulo Pimenta, a partir de um projeto da PELE - coletivo que desenvolve projetos de criação artística enquanto espaços de reflexão, ação e participação cívica e política.
Passear no Vila do Conde Porto Fashion Outlet não é apenas uma experiência comercial - é também uma experiência sensorial e cultural. Para assinalar o Dia Internacional da Mulher inaugura hoje a exposição As Bravas, que estará patente pelo menos até Abril, e é uma celebração das mulheres do Norte, em concreto da região de Amarante. A mostra destaca estas personagens enquadradas no cenário natural da serra do Marão e os retratos são uma forma de destacar as suas histórias de resiliência. “Nesta exposição vemos figuras quase mitológicas, arquétipos da natureza na sua forma mais bela e mais crua, onde se cruzam memórias, objetos e vozes, que encontram um novo tempo e espaço de resistência, entre cantos de luta e de embalar”, acrescenta o coletivo PELE.
A mostra fotográfica, que ao longo de 2022 esteve exposta na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e depois nos claustros do Mosteiro de São Gonçalo, em Amarante, chega agora a um espaço cultural improvável, um centro comercial.Recorde-se que o Vila do Conde Porto Fashion Outlet tem uma relação próxima com o universo artístico, e que tem patente no centro a exposição permanente “Memórias do Mar”, de Cristina Rodrigues. Trata-se de um conjunto de três instalações que homenageiam a tradição piscatória da região. A nova exposição vem reforçar essa componente extra da visita ao centro.
“Temos um enorme orgulho na cultura local onde nos inserimos e é premissa base da VIA Outlets ter os seus centros a celebrar essas mesmas características. É desta forma que provamos, uma vez mais, que os nossos centros são sinónimo de uma experiência única e memorável, que vai além de transações comerciais. Focamo-nos na construção de um espaço onde nos cruzamos com outras realidades e onde nos inspiramos das mais diversas formas”,explica Catarina Tomaz, Diretora de Marketing da VIA Outlets em Portugal.
“Nas montanhas do Marão (re)encontramos as nossas ancestrais, mulheres que lutam e resistem. Sussurram memórias silenciadas e cantam para espantar a solidão dos dias. Guardiãs de pés descalços e de lembranças de tempos duros, de histórias e cantigas do passado, mas com o futuro no olhar”,conta a equipa artística, da qual faz parte Paulo Pimenta, fotojornalista que assina os trabalhos apresentados.“O manto que as envolve foi cosido de retalhos vivos dos caminhos que fazem parte do quotidiano e sabedoria destas Bravas, arquétipos da natureza na sua forma mais bela e mais crua.”
O projeto vive ainda fora da lente fotográfica. Face à ocultação dos nomes femininos que contribuíram para as conquistas históricas, políticas e civis, ao longo do projeto foram recolhidos relatos de heroínas da vida real, que inspiram e que devem ser recordadas pela memória coletiva. A recolha é feita junto dos grupos e parceiros, como através do Bordado Coletivo, um dispositivo que tem ocupado vários espaços públicos e que convida as pessoas a bordar algo inspirado na sua Brava. Todas estas histórias vão criando uma teia narrativa e algumas vão sendo ilustradas em formato de Fanzine, enquanto parte da coleção “As Bravas”.
As Bravas é um projeto da PELE, estrutura artística criada no Porto em 2007, que procura promover a experimentação artística enquanto espaço de diálogo e criação coletiva, numa articulação permanente entre estética, ética e política. A exposição das Bravas nasce do projeto Enxoval: Tempo e espaço de resistência, financiado pela iniciativa Partis da Fundação Calouste Gulbenkian e com apoio da Câmara Municipal de Amarante.
O Vila do Conde Porto Fashion Outlet, em parceria com a ‘The Book Shop’, livraria do centro, apresenta uma programação infantil especial para este Natal. A partir do dia 12 de novembro, o centro comercial conta com espetáculos, oficinas e horas temáticas, que prometem entreter e ensinar os mais novos, com o encanto e a magia próprios do Natal. Toda a programação é gratuita e não exige marcação prévia.
A partir do dia 12 de novembro, e durante um mês, o Vila do Conde Porto Fashion Outlet e a The Book Shop vão ter diversos momentos dedicados aos mais novos, para celebrar o Natal com a magia que lhe é característica. Espetáculos de ilusionismo, horas do conto, teatros de fantoches e oficinas de brinquedos e de ilustração, são algumas das atividades já planeadas e que terão lugar na The Book Shop, livraria com oferta variada e diferenciadora, que está localizada numa zonaopen spacedo centro.
“O Natal tem uma magia própria e é vivido com um ânimo especial pelas famílias e pelos mais novos. Com esta iniciativa e com as atividades planeadas, queremos contribuir e fazer parte de memórias felizes”,explica Catarina Tomaz, diretora de marketing em Portugal da VIA Outlets, que detém o Vila do Conde Porto Fashion Outlet e o Freeport Lisboa Fashion Outlet.
As atividades não exigem inscrição e irão decorrer todos os fins de semana, com uma atividade por dia, entre os dias 12 de novembro e 11 de dezembro. A programação completa está em atualização epode ser consultada aqui.
Programação infantil no Vila do Conde Porto Fashion Outlet:
12 de novembro | 15h30
Espetáculo de Magia
13 de novembro | 11h30
Conto e oficina magia de objetos - O Belo e o Avesso das Coisas
19 de novembro | 15h30
Teatro de fantoches – No Conto da Raposa
20 de novembro | 11h30
Teatro de fantoches – Lupus Augustus
26 de novembro | 15h30
Espetáculo de magia
27 de novembro | 11h30
Conto e oficina de chapéus – O Rei Careca
3 de dezembro | 11h30
Espetáculo sensorial – Viajar nas histórias
4 de dezembro | 11h30
Apresentação e narração do livro – A Abelha e a Flor
10 de dezembro | 15h30
Conto e oficina de ilustração – A Garça e o Rinoceronte
11 de dezembro | 11h30
Conto e oficina de criação de histórias em família e álbum ilustrado – O Presente dos Magos
O ponto comum das obras apresentadas está na forma como Gustavo Sumpta une dois tópicos: o ar, presente nos pneus e câmaras de ar, e a superfície, na qual assentam estes elementos, permitindo, pela sua circularidade, o movimento, temática associada à perda e à resistência, à falha e à sua exatidão, à antevisão e ao seu caráter decetivo.
Na performance 'Amigo do meu amigo não é meu amigo', que encerra a exposição Sob o Signo do Pneu, Gustavo Sumpta interage com vários elementos, traçando uma ponte entre as suas peças e uma realidade performativa que forma um todo significante.
A 5 de novembro encerra também a intervenção apresentada no âmbito do projeto CAVE, Eu Neandertal, do artista plástico e escultor vilacondense Carlos Arteiro, uma peça sobre a experimentação de um estado primitivo.
<< A ideia de esticar uma corda até a sua tensão poder ser excessiva e romper é indissociável da sua consequência: no ricochete das suas metades há um silvo que faz antever uma chicotada, um impacto que produz um dano e uma consequência física num qualquer alvo. O mesmo pode ser dito de qualquer dispositivo de equilíbrio incerto, como uma balança, ou um balancé: todo o movimento num determinado sentido implica, necessariamente, um movimento contrário e assim sucessivamente até à dissipação da energia do movimento original. [...]Em todos estes movimentos, no fluxo das suas causas e consequências, existe uma correlação de forças, de tensões e de refluxos orientados pela verticalidade da força da gravidade, pela atração pelo solo. Esta tensão em direção ao chão, que desgasta toda a movimentação horizontal, é, pelo menos para os humanos, o sinal da inevitabilidade do fim, o anúncio ou a permanente lembrança de que tudo é atraído para baixo e de que a finitude é o destino do movimento. Esta é a matéria-prima de Gustavo Sumpta nas várias formas plásticas que desenvolve, desde a escultura, a instalação e as diversas ações que tem vindo a realizar. >>
— Delfim Sardo, sobre a exposição Sob o Signo do Pneu
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Gustavo Sumpta, Sob o Signo do Pneu — Solar, Galeria de Arte Cinemática
Carlos Alberto Arteiro, Eu Neandertal — CAVE 17.09 — 05.11.2022
“Abstract clowning” Workshop Experimental com Tom Roos
Tom Roos irá desenvolver uma pequena formação subordinada ao tema do Clown Minimalista.
Serão treinados uma série de códigos de conduta, pelos quais os palhaços interagem uns com os outros. Estes códigos, por sua vez, não fazendo sentido, são absurdos, mas criam uma lógica interna. Com este comportamento de grupo, iremos criar um desfile, algo que se pareça com uma Fanfarra, mas não é um Fanfarra, já que não há música. Embora, possam haver sons...
Apresentaremos “The Silent Fanfarre” em espaço público, nomeadamente no dia seguinte no Mercado Municipal, integrando o programa do festival.
Data: 13 de Outubro 2022 – 15h às 18h Formador: Tom Roos Local: Centro pesquisa e formação Nuvem Voadora Duração: 3 horas Público alvo: clowns experientes Bilheteira: Gratuito (obrigatório inscrição)
THE SILENT FANFARRE Tom Roos (Bélgica)
Apresentação final do workshop experimental “Abstract clowning” Um Desfile... Algo que se parece com uma Fanfarra... Mas não é uma Fanfarra, não há música! Contudo alguns sons podem existir...
Tom Roos nasceu em 1954 na África do Sul. Em 1982, criou o grupo “WurreWurre” com Philippe De Maertelaere e o cão Boost, um duo palhaço inteiramente dedicado à promoção dos inúteis. Depois atuou em teatros e festivais de todo o mundo. Tom Roos é também professor de teatro (especializado em palhaços). Depois de 2000, trabalha regularmente no Soweto, na África do Sul, com crianças e adolescentes vindos dos guetos. Prossegue também a sua carreira de atriz e de ator. Desde 2000, Tom Roos, com o apoio da Comunidade Flamenga, trabalha regularmente no Soweto com o Centro Comunitário de Ipelegeng para criar espetáculos de rua e teatrais de alta qualidade com jovens do município. Além disso, trabalha internacionalmente como diretor, comediante, contador de histórias, palhaço e professor. Desde 2014, Tom Roos é cofundador do CONTACTCLOWN IN DE ZORG, um grupo profissional de palhaços prestadores de cuidados para pessoas com demência e pessoas com deficiência mental. Tom Roos é também um membro ativo da Clowns Without Borders Belgium, tendo realizado várias missões em centros de refugiados na Bélgica e no Líbano.
Data: Sexta-feira, 14 de Outubro de 2022 – 11h00 Local: Mercado Municipal Duração: 45 minutos Público alvo: Público em geral Bilheteira: Gratuito
FRÀGIL Cia, Maria Andrés (Espanha)
“Cair e levantar-se. Cair e levantar-se. Cair e levantar-se. E, no meio de tudo isso, continuar sonhando, continuar jogando e, sobretudo, continuando a rir de nós próprios. Porque, entre quedas e quedas, quem não se apaixona?” FRÁGIL, é um espectáculo unipessoal de clown gestual e poesia, que recorre às ferramentas de clown mais clássicas e as funde com novas linguagens como a poesia. Com umas quantas caixas como único elemento cênico, investiga sobre a fragilidade humana, numa espera plena de sonhos, expectativas, medo e garra, muita garra de viver.
Maria Andrés, é atriz e palhaça, nascida em 1991, em Valencia, cidade onde se formou em Arte Dramática pelo Centro de Teatro Escalante. Anos mais tarde forma-se ao longo de um ano no Diploma de Corpo Mime Dramático e teatro físico no MOVEO (Barcelona), especializando-se na técnica de O Decroux. Treinou a arte do palhaço com Sergi Claramunt, Jesús Jara e Koldo Vío, entre outros; e em dobragem e locução publicitária na ESCOLA AC Estudis (Valência). Com uma longa carreira teatral, tem trabalhado com entidades como l'Esglai Teatre, La Coquera, Prostíbulo Poético Barcelona, IMPROU, Scura Splats, La Banda del Drac, Spin Off Produções, La Granuja, Teatro Orgón, Andenes de água, etc.
Data: Sexta-feira, 14 de Outubro de 2022 – 14h30 Local: Teatro Municipal de Vila do Conde – Sala 1 Duração: 50 minutos Público alvo: Escolas, Instituições de Solidariedade Social e Público em Geral Bilheteira: 3 € escolas, 5 € público em geral
Booo! Companhia Nuvem Voadora (Portugal)
Um palhaço e um barco no limbo da 5a sinfonia de Beethoven. As memórias dos objetos num delirante jogo de fantasias fantasmagóricas. Cartas suspensas no vazio do universo... Um espetáculo absurdo e sobretudo natural.
A Companhia Nuvem, Voadora tem como objetivo promover e desmistificar a linguagem do Clown. Todas as suas criações são reflexo disso, cruzando a arte do palhaço com diferentes técnicas e várias linguagens artísticas, como o circo, a música, a dança ou vídeo, envolvendo profissionais com formações diversas, para criar espetáculos acessíveis a todos os públicos.
Data: Sexta-feira, 14 de Outubro de 2022 – 21h30 Local: Teatro Municipal - Sala 1 Duração: 60 minutos Público alvo: Familiar e Público em Geral
Experimentar e descobrir as Artes do Circo” - Escola Itinerante de Circo da Cia Nuvem Voadora
Num espaço especificamente criado para a ocasião surgem os primeiros contactos com diferentes artes do circo e exploram-se formas de aprendizagem que estimulam o desenvolvimento das capacidades percetivas, corporais e criativas, através do jogo, do movimento e da espontaneidade. As Artes circenses desenvolvem a coordenação motora, os reflexos, a criatividade, o ritmo, o equilíbrio e exigem concentração e persistência. Uma proposta lúdica, divertida e participativa para todas as idades que procura desmistificar e descobrir as mais variadas técnicas circenses. Com a ajuda de vários profissionais da área, todos poderão experimentar o malabarismo, andar de monociclo, equilibrar o prato chinês ou andar em cima de uma bola gigante!
Data: Sábado, 15 de Outubro - Das 10h às 11h e das 16h30 às 18h
Domingo, 16 de Outubro - Das 10h30 às 12h e das 16h30 às 18h
Local: Jardins da Alameda dos Descobrimentos
Duração: 5h30
Público alvo: Público em Geral
Bilheteira: Gratuito
!Cuidado! Um palhaço mau pode arruinar a tua vida El Payaso Chacovachi (Argentina)
Num mundo cheio de contrariedades, inocência, acidez, conformismo e rebeldia este palhaço é um verdadeiro vingador dos adultos. Não é idiota, nem ingénuo, nem fácil de digerir. O malabarismo, a magia, os equilíbrios e a modelagem de balões são a desculpa. Deus, a política, a morte, as drogas, o poder, a falsa modéstia, o amor, os ideais e o conformismo são a razão para rir. A sua missão neste mundo é despertar almas inocentes. Um espectáculo que emociona, transforma e arde, cheio de risos, sorrisos e gargalhadas, mostra um palhaço autêntico, rompendo com todos os códigos tradicionais dos clowns.
Fernando Cavarozzi iniciou a sua carreira em 1983. Formou-se na escola de mimos Angel Elizondo, sendo que a partir de 1985 cunhou o seu nome artístico de Chacovachi. Foi um dos primeiros artistas de rua da Argentina a trabalhar como Palhaço de Rua, trabalhando por cerca de 15 anos, tornando-se um artista de referência e reconhecido como “El payaso de Plaza Francia”. Sem dúvida, a sua grande contribuição ao mundo do clown é o seu estilo falador, “pesado”, incisivo, direto, que busca a reação do público por meio de veladas reflexões humanas e sociais, com um acentuado humor ácido. Um estilo que marcou sucessivas gerações de palhaços na Argentina. Chacovachi, criou o seu próprio circo, o Circo Vachi, com o qual desenvolveu 12 temporadas consecutivas, apresentando-se ainda como diretor de espetáculos e diretor artístico da Convención Argentina de Circo, Payasos y Espectáculos Callejeros. A partir dos anos 90, Chacovachi começou a viajar com mais frequência para a Europa, integrando a programação dos festivais de teatro mais importantes de Espanha, e expandiu as suas apresentações e formações a nível internacional levando o seu trabalho para países como Marrocos, Cuba, Perú, Brasil, Venezuela, Espanha, Inglaterra, Holanda, Colômbia, França, entre outros países.
Data: Domingo, 16 de Outubro 2022 – 15h30 Local: Jardins da Junta de Freguesia de Vila do Conde Duração: 55 minutos Público alvo: Familiar e Público em Geral Bilheteira: Gratuito
21h30 – Gala Solidária com a participação de todos/as os/as artistas do 9o Encontro de Palhaços e outros artistas convidados Local: Teatro Municipal, Sala 1
PARTITURA FÍSICA PARA NÚMEROS HUMORISTICOS E CIRCENSES
Oficina com Chacovachi e Maku Funchulini (Argentina)
A oficina aborda todos os aspectos relacionados a criação de números e espetáculos para rua com passada de chapéu (Chacovachi). Nesta oficina Chacovachi e sua parceira Maku Fanchulini trabalham o corpo e a mente dos participantes que querem ter a rua como palco, ou usar técnicas e segredos dos artistas de rua para aplicar em sua arte.
O trabalho tem carga horária de 6 horas e será dividido em três partes: 1 - O Treino: Trabalhando com as energias físicas, mentais e emocionais, activando canais de comunicação como Palavra, Gesto, Som, Ruído, Ação e Movimento 2 - Teoria e Filosofia: Desenvolvendo o seu potencial trabalhando sua voz, figurino, maquiagem, nariz e cabelo e decifrando o método“Xadrez”. Como entreter, divertir, surpreender, denunciar e provocar utilizando do seu próprio corpo e emoções trazidas pelo coração, estômago e cabeça. Vamos trabalhar o profissionalismo e como montar estrutura de apresentações em locais não convencionais desde a formação da roda até a passada de chapéu. 3 - Postura Corporal: Limpeza e criação de cena para artistas ou futuros artistas de rua, circo e variedades. Chacovachi decifra qual é a adrenalina envolvida e as necessidades de um espetáculo de rua. Maku Fanchulini, promove uma investigação sobre desarticulação, criação, limpeza e escritura dramatúrgica de cenas e rotinas cômicas sem palavras e trabalha com os canais de comunicação com as seguintes prioridades: ação, gesto, movimento, som, ruídos e palavras. Desenvolvendo-os através de tônus musculares e dinamismos. Todas estas leituras estimulam e desenvolvem a criatividade.
Data: 17 a 18 Outubro 2022 – 18h às 21h Local: Centro pesquisa e formação Nuvem Voadora Duração: 6 horas Público alvo: Artistas e futuros artistas que querem criar ou desenvolver seu material artístico. Bilheteira: 80€
“Abstract clowning”
Workshop Experimental com Tom Roos
Tom Roos irá desenvolver uma pequena formação subordinada ao tema do Clown Minimalista. Serão treinados uma série de códigos de conduta, pelos quais os palhaços interagem uns com os outros. Estes códigos, por sua vez, não fazendo sentido, são absurdos, mas criam uma lógica interna. Com este comportamento de grupo, iremos criar um desfile, algo que se pareça com uma Fanfarra, mas não é um Fanfarra, já que não há música. Embora, possam haver sons... Apresentaremos “The Silent Fanfarre” em espaço público, nomeadamente no dia seguinte no Mercado Municipal, integrando o programa do festival.
Data: 13 de Outubro 2022 – 15h às 18h Formador: Tom Roos Local: Centro pesquisa e formação Nuvem Voadora Duração: 3 horas Público alvo: clowns experientes Bilheteira: Gratuito (obrigatório inscrição)
“CIRCO POR MIUDOS”
Experimentar e descobrir as Artes do Circo” - Escola Itinerante de Circo da Cia Nuvem Voadora
Num espaço especificamente criado para a ocasião surgem os primeiros contactos com diferentes artes do circo e exploram-se formas de aprendizagem que estimulam o desenvolvimento das capacidades percetivas, corporais e criativas, através do jogo, do movimento e da espontaneidade. As Artes circenses desenvolvem a coordenação motora, os reflexos, a criatividade, o ritmo, o equilíbrio e exigem concentração e persistência. Uma proposta lúdica, divertida e participativa para todas as idades que procura desmistificar e descobrir as mais variadas técnicas circenses. Com a ajuda de vários profissionais da área, todos poderão experimentar o malabarismo, andar de monociclo, equilibrar o prato chinês ou andar em cima de uma bola gigante!
Data: Sábado, 15 de Outubro - Das 10h às 11h e das 16h30 às 18h Domingo, 16 de Outubro - Das 10h30 às 12h e das 16h30 às 18h Local: Jardins da Alameda dos Descobrimentos Duração: 5h30 Público alvo: Público em Geral Bilheteira: Gratuito
24 de setembro//Parque da Vila da Quinta do Conde //10h00 às 18h00
Rastreiros de controlo e promoção da Saúde
Demonstração para estilos de vida saudáveis e ativos
Palestras e workshops relacionados com a Saúde
A Farmácia Holon BPlanet vai participar no Encontro Vida Saudável na Vila, a decorrer no Parque da Vila da Quinta do Conde, no sábado, dia 24 de setembro, das 10h às 18h. Trata-se de uma iniciativa da Junta de Freguesia da Quinta do Conde e da primeira edição deste Encontro.
A Farmácia Holon BPlanet irá realizar, de forma gratuita, rastreios de glicémia e medição da pressão arterial e rastreio de insuficiência venosa, assim como promover a divulgação dos produtos e serviços Holon. Será ainda sorteado um cabaz de produtos.
O Encontro será também composto por várias palestras. A Farmácia Holon BPlanet irá dinamizar, neste espaço, pelas 14h30, um workshop sobre a insuficiência venosa, dirigido pela Enfª Joana Fernandes.
Participe no Encontro Vida Saudável na Vila e faça um check up à sua saúde!