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Cultura de Borla

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Ariel 2015: Academia de Cinema escolhe “Os Maias” para representar Portugal

Ariel 2015

Academia de Cinema escolhe “Os Maias” para representar Portugal

Os membros da Academia Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas (Academia Portuguesa de Cinema) escolheram o filme “Os Maias” de João Botelho para representar Portugal na edição de 2015 dos Prémios Ariel como candidato a Melhor Filme Ibero-americano da Academia Mexicana de Cinema.

Os vencedores dos 26 prémios da 57ª edição dos prémios Ariel são conhecidos a 26 de maio de 2015.

O filme tem produção de Alexandre Oliveira (Ar de Filmes) e conta nos principais papeis com Graciano Dias (Carlos da Maia), Maria Flor (Eduarda da Maia), Pedro Inês (João da Ega) e João Perry (Afonso da Maia).

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Sobre “Os Maias”:

Entre Afonso da Maia e o seu neto Carlos, constrói-se o último laço forte da velha família Maia. Formado em medicina na Universidade de Coimbra e posteriormente educado numa longa viagem pela Europa, Carlos da Maia regressa a Lisboa no Outono de 1875, para grande alegria do avô. Nos catorze meses seguintes, nasce, cresce e morre a comédia e a tragédia de Carlos como a tragédia e a comédia de Portugal. A vida ociosa do médico aristocrata, invariavelmente acompanhado pelo seu par amigo, o génio da escrita e de obras “inacabadas”, o manipulador João da Ega, leva-o a ter amigos, a ter amantes e ao dolce fareniente, cheio de convicções. Até que se apaixona de verdade por uma mulher tão bela como uma madona e tão cheia de mistérios, como as heroínas da estética naturalista. Um personagem novo num romance esteticamente revolucionário. A vertigem: paixão louca para lá dos negrumes do passado, um novo e mais negro precipício, o incesto. Mesmo sabendo que Maria Eduarda é a irmã a paixão de Carlos não morre e vai ao limite. E depois termina abruptamente porque o velho Afonso da Maia morre para expiar o pecado terrível do seu neto, neto que era a razão da sua existência. E então em vez da morte do herói, nova invenção de Eça. Carlos e Ega partem para uma longa viagem de ócio e de pequenos prazeres. Dez anos depois, voltam a encontrar-se em Lisboa tão diferente e tão igual, a capital de um país a caminho da bancarrota. “Os Maias”, escrito pelo genial Eça de Queiroz, grande, melodramático, divertido e melancólico, aponta um destino sem remédio, tanto para a família Maia como para Portugal.