BIC defende a escrita à mão para fomentar a criatividade e facilitar a aprendizagem das crianças
A escrita à mão permanece popular apesar da chegada de teclados e sistemas tecnológicos cada vez mais avançados. A caligrafia, o journaling, o lettering e a escrita com papel e caneta no geral, tornaram-se formas de mergulhar na criatividade e fixar conceitos na memória até que sejam interiorizados.
Para compreender melhor o impacto e os benefícios de escrever à mão, a BIC, a icónica marca de esferográficas e produtos de papelaria, publicou um “Relatório sobre a escrita à mão na era digital”. Ao contrário dos teclados, escrever à mão ajuda a fomentar a criatividade e facilita a capacidade de aprendizagem, sobretudo nas crianças. Para elas e o seu desenvolvimento cognitivo, a escrita à mão é fundamental uma vez que “ativa o cérebro mais do que o teclado e envolve competências motoras e cognitivas mais complexas”, explica Pedro Domingos, diretor geral da BIC Iberia.
De acordo com os especialistas, o cérebro envolve-se de forma diferente quando escrevemos algo à mão, ao invés de teclar ou tocar num ecrã. Os estudos mostram que escrever melhora a memória e que os estudantes aprendem melhor quando o fazem. Além disso, a investigação revela que há um vínculo entre o desenvolvimento da linguagem e o ato de escrever à mão; na verdade, as crianças que praticam a escrita à mão obtêm melhores resultados em leitura e ortografia
Curiosamente, a escrita à mão é uma habilidade fundamental não só para o desenvolvimento da alfabetização, mas também para o rendimento nas matemáticas. Os estudos endossam que a fluidez na escrita à mão está fortemente relacionada com a qualidade e quantidade dos textos escritos pelos estudantes. Em concreto, “a escrita cursiva pode ativar partes do cérebro relacionadas com a fluidez da linguagem e reduzir distrações, aumentando o foco e fomentando a criatividade”, acrescenta Pedro Domingos. Como tal, “é importante não apenas continuar a usar a escrita à mão, mas também aproveitar o seu uso para melhorar o processo de aprendizagem”.
Grafomotricidade: por que é importante?
As competências grafomotoras requerem um alto grau de precisão e controlo, e devem adquirir-se gradualmente mediante a prática ao longo da vida. As investigações demonstram que estas se iniciam nas primeiras etapas da infância, uma vez que as crianças adquiram gradualmente o domínio do espaço e dos instrumentos. “O que aprendem primeiramente são os movimentos de pinça e a agarrar diferentes objetos cada vez mais pequenos. Com o tempo, estes processos automatizam-se, o que permite às crianças aprofundar e melhorar o nível de delicadeza necessária para uma escrita adequada”, explica Pedro Domingos.
Bons instrumentos de escrita ajudam neste processo. Por isso, as equipas de investigação e desenvolvimento da BIC estudam continuamente os processos de aprendizagem e os vínculos cognitivos entre os instrumentos de escrita: “Utilizamos estes conhecimentos para criar produtos que sejam ergonómicos e confortáveis de usar, e que apoiem as crianças no seu processo de aprendizagem”, conclui o diretor geral da marca.