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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Biografia de Américo Thomaz, o último presidente do Estado Novo, de Orlando Raimundo, hoje à venda

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O Último Salazarista, A Outra Face de Américo Thomaz, obra do jornalista e investigador Orlando Raimundo, é hoje colocada à venda pela Dom Quixote.

Américo Thomaz, o último Presidente da República do Estado Novo, é frequentemente recordado como uma figura patética: o caricato «corta-fitas» do regime fundado por Salazar com o apoio dos militares que cometia gafes e falava com exasperante lentidão. Bastará, porém, acompanhar a biografia que lhe traça o jornalista Orlando Raimundo para perceber que essa é uma perspectiva manifestamente redutora e que o seu papel como facilitador das manobras da ditadura ao longo de quase 40 anos de vida política teve consequências bastante mais nefastas do que as anedotas que sobre ele se contam fariam adivinhar.

Entre muitos episódios em que participou e que condicionaram a História portuguesa do século XX, a sua intervenção foi determinante quando traiu o general Botelho Moniz, fazendo abortar o golpe que iria derrubar Salazar, e no momento em que obrigou Marcello Caetano a assumir o compromisso solene de não abrir mão das Colónias. Como nos diz o autor do presente volume, «na procissão dos devotos do salazarismo esteve sempre na linha da frente, a segurar o andor». Deste modo, justifica-se amplamente dar a conhecer essa outra face de Américo Thomaz e revelar dados menos conhecidos deste Presidente da República que era um adepto da monarquia. Até para evitar que a tragédia possa dar lugar à farsa. Escritor e jornalista,

Orlando Raimundo é o investigador que mais tempo tem dedicado, nos últimos anos, à temática cruzada da Comunicação e da pesquisa do Estado Novo. Nascido em Évora em 1949, frequentou o curso de História da Faculdade de Letras de Lisboa, licenciou-se em Ciência Política e Relações Internacionais, pós-graduou-se no ISCTE e foi bolseiro do Governo Francês e da Fundação Calouste Gulbenkian nos Journalistes en Europe, em Paris, e da Nihon Shinbun Kyokai, a maior federação de editores de jornais do mundo, em Tóquio. Jornalista durante mais de três décadas, foi um dos repórteres da Revolução, cobrindo para O Século o 25 de Abril, e integrando depois o Diário Popular e a editoria de Política do Expresso. Distinguido sete vezes com prémios nacionais de reportagem, é autor de A Última Dama do Estado Novo, obra de referência sobre os anos finais da ditadura, e António Ferro: O Inventor do Salazarismo, ambos disponíveis nas Publicações Dom Quixote.