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Cultura de Borla

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Cafe Republica divulga álbum “Caravana” via Sagitta Records

Cafe Republica divulga álbum “Caravana” via Sagitta Records

Banda lançou novo disco com turnê em Portugal

 

 

Capa por Talita Hoffmann

 

Após os bem-recebidos singles “Um”, “Jardim dos Olhos” e a faixa-título, a banda carioca Cafe Republica lança “Caravana”. Seu primeiro álbum de longa duração vem para apresentar um grupo amadurecido, focado e pronto a experimentar. Entre as novidades, as letras surgem em Português - ao invés do Inglês -, mas uma audição mais cuidadosa mostra uma viagem sonora ainda mais profunda.

 

 

 

Chegar ao projeto do primeiro álbum traz novas visões para a reflexão de que existem inúmeras vertentes e épocas da psicodelia. Se antes o foco estava em viagens sonoras, letras abstratas e efeitos sintéticos, hoje o viés é outro: a sonoridade elegante, enxuta e com respiros entre os instrumentos. Bem diferente dos arranjos do EP “Ludere Occultant”, carregados de misturas.

 

Em “Caravana”, olha-se muito em favor da canção, daquilo que se pretende dizer através das letras, antes de qualquer arranjo. A música é, portanto, quem coordena a criação, diferentemente de outros momentos em que a estrutura estética possuía a mesma relevância no momento de composição.

 

“A psicodelia nesse álbum está principalmente na interligação entre estilos e temas musicais diversos, sempre respeitando a canção. Está nos caminhos improváveis por onde as canções nos fizeram trilhar. No baião que evolui para folk, num circo que atravessa um pensamento sobre o que é sonhar. É uma psicodelia menos estética e mais voltada à linguagem”, revela Anderson Ferreira, o “Cabs” (teclado e sintetizador

). Além dele, a banda é formada por Octavio Peral (guitarra e voz), Barbanjo Reis (bateria e voz), Juca Sodré (baixo) e Ygor “Big” (guitarra).

 

 


A ideia do disco é de algo místico, de um caminho que não se trilha duas vezes, de uma vida que não é vivida mais de uma vez. O guitarrista e vocalista Octavio Peral conta que Caravana é um simbolismo para a vida, de uma trajetória que machuca e transforma, que desafia e nos leva pra frente. “É a esperança, o poder da coletividade e da troca, o desafio à natureza que nos cerca. A Caravana simboliza o poder que o ser humano tem de se organizar”, explica.


O Cafe Republica vive agora um momento de caravana artística, que foi iniciada no primeiro single, “Um”, em que falava sobre a perspectiva singular, única, do indivíduo dentro de um meio; já na segunda canção lançada, “Jardim dos Olhos”, as ligações foram extrapoladas do indivíduo para o meio ambiente, o urbano, o macro. Em “Caravana”, a faixa-título, o desafio foi de escrever sobre a união do individual com o coletivo, do interno e do externo, em uma brincadeira com as possibilidades infinitas.


“Caravana é um grupo, muitas vezes em peregrinação, que trilha um caminho árduo através do mundo e da história. Muitas dessas caravanas se deram por desertos, em que a escassez e o limiar entre a vida e a morte rondaram suas trajetórias. Nós, seres humanos, também trilhamos nossos caminhos permeados, muitas vezes, por áridos sentimentos e extensos vazios como num deserto. Dessa terceira observação, enxergando o indivíduo conectado ao meio e a outros indivíduos, sem nunca esquecer de suas infinidades e de seu contexto, que surge toda a trama do disco e a percepção do nosso registro artístico”, analisa Barbanjo Reis.


Em outubro, iniciando a divulgação do novo trabalho, a Cafe Republica inaugurou um projeto em vídeo em que revela os bastidores da gravação em três episódios documentais. O registro foi realizado pelos próprios músicos enquanto trabalhavam no álbum, ao longo dos meses de fevereiro a setembro de 2017. Entre sessões, em que realizaram a co-produção com Eugenio Dale, os músicos refletem sobre a oportunidade de se reinventar neste trabalho, bem como os desafios em realizar uma mudança significativa em sua sonoridade.


Assista ao episódio 1:

 

Assista ao episódio 2:

 

 

Assista ao episódio 3:

 


“Caravana” foi gravado por Barbanjo Reis, no Estúdio Camelo Azul. A mixagem ficou por conta de Barbanjo Reis, Anderson Ferreira, Eugenio Dale e Cafe Republica, no mesmo estúdio. A masterização é de Luiz Tornaghi, no estúdio Batmasterson, e a capa é de Talita Hoffmann.


O álbum, que tem o selo da Sagitta Records, firma a Cafe Republica como uma das principais bandas do cenário musical do país. Sonoridades distintas junto à psicodelia oscilante evidenciam ainda mais o talento dos cariocas.


 


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