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Cultura de Borla

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CCB | III Congresso da Oposição Democrática, 50 anos depois > 19 e 20 abril - das 14h30 às 19h00

III Congresso da Oposição Democrática, 50 anos depois

Organização: Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril

Organização científica: Aniceto Afonso e Rui Bebiano

 

CCB . 19 e 20 abril . quarta e quinta-feira . 14h30 às 19h00 .

Sala Sophia de Mello Breyner Andresen . entrada livre, mediante a lotação da sala

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Programa

 

19 de abril

 

14h30-15h00

Sessão de Abertura

 

15h00-16h30

Testemunhos I e debate

Carlos Carvalhas, Maria Emília Brederode, António Neto Brandão

Moderação: Aniceto Afonso

 

16h45-19h00

Intervenções I e debate

Fernando Rosas: Congresso de Aveiro: em tempos de vésperas

Francisco Seixas da Costa: 1973 – Um Olhar Fardado

José Manuel Lopes Cordeiro: Aveiro, 1973: Uma Oposição à margem do Congresso da Oposição

Luísa Tiago Oliveira: Das Conclusões do Congresso de Aveiro ao Programa do MFA

Moderação: Irene Flunser Pimentel

 

20 de abril

 

14h30-16h00

Testemunhos II e debate

Helena Pato, Mário Simões Teles, João Soares

Moderação: Maria Inácia Rezola

 

16h15-18h30

Intervenções II e debate

 

José Pacheco Pereira: O que o III Congresso revelou sobre o estado da Oposição

Luís Trindade: Havemos de ser mais eu bem sei, Sons, imagens e utopia em 1973

Manuela Tavares: Mulheres na oposição democrática e o lento caminho pelos seus direitos

Miguel Cardina: Abril de 1973: um retrato das oposições antiguerra

Moderação: Rui Bebiano

 

18h30-18h45

Sessão de Encerramento

 

 

O III Congresso de Oposição Democrática Aveiro foi um evento histórico que ocorreu em Aveiro, em 1973, durante o período da ditadura salazarista. Este congresso reuniu um conjunto de forças políticas e sociais que se opunham ao regime, incluindo partidos políticos, sindicatos, movimentos estudantis e outras organizações. O objetivo principal do congresso foi unificar as várias forças da oposição em torno de um programa político comum e estabelecer uma estratégia para a luta contra a ditadura.

 

Nos dias 19 e 20 de abril, entre as 14h30 e as 19h00, o III Congresso de Oposição Democrática 50 anos depois, comemora o 50.º aniversário deste congresso, relembrando a sua importância histórica e a das lutas contra a ditadura do Estado Novo em Portugal, e contribuindo para o debate sobre os desafios atuais da democracia e dos direitos humanos universais.

 

O III Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro em abril de 1973, teve um significado marcante na política nacional, pois veio reforçar o movimento de oposição democrática, tendo conseguido mobilizar a participação de representantes das várias correntes e ideologias democráticas.

Organizado por uma Comissão Nacional composta por dezenas de pessoas, teve assegurada a representação de todos os distritos do país.

 

Foram estabelecidos três objetivos gerais: elaboração de um diagnóstico crítico da realidade portuguesa, dinamização das atividades democráticas em todo o país, definição das linhas gerais da atuação democrática; e organizadas 8 secções temáticas: desenvolvimento económico e social, estrutura e transformação das relações de trabalho, segurança social e saúde, urbanismo e habitação, educação, cultura e juventude, desenvolvimento regional e administração local, direitos do homem e organização do Estado, situação e perspetiva política no plano nacional e internacional.

 

Aberto ao maior número de participações, coletivas e individuais, este debate de ideias foi prolífico e decisivo para a oposição se congregar e concorrer em conjunto, pela primeira vez numa lista única, nas eleições legislativas de 1973.

 

Citando Jorge Sampaio: «(…) A importância do debate de ideias foi decisiva. Sem ele não teria sido possível compreendermos a verdadeira da natureza do regime que a partir de 1926 tinha sido instaurado no nosso País. A importância das propostas foi igualmente decisiva. Elas permitiram congregar à volta da alternativa democrática um credível programa e um qualificado conjunto de quadros técnicos e políticos. A importância das vontades foi também decisiva pois foi na convergência dos empenhamentos dos diversos grupos e personalidades que o combate democrático adquiriu força e eficácia. (…)»