CCB | "invocação ao meu corpo" de Guilherme Gomes pelo Teatro da Cidade | 20 E 23 NOV. ÀS 19H NA BLACK BOX
Teatro da Cidade
invocação ao meu corpo
de Guilherme Gomes
CCB ▪ 20 e 23 novembro ▪ sexta e segunda ▪ 19h00 ▪ Black Box
texto e encenação Guilherme Gomes
interpretação Catarina Luís, Mauro Hermínio e Rita Cabaço
colaboração Sílvio Vieira
cenografia Ângela Rocha
desenho de luz Rui Seabra
espectadora infiltrada Filipa Godinho
escultura para cartaz Liliana Velho
registo vídeo Francisca Manuel
fotografias Luís Belo
produção Teatro da Cidade
coprodução CCB
apoio Fundação Calouste Gulbenkian, VISEU CULTURA – Município de Viseu (através
do projeto CRETA – laboratório de criação teatral), IPDJ Viseu, CAL – Primeiros Sintoma
É o final de uma tarde quente, num campo de ervas altas. Este é o lugar a meio do caminho. Aqui duas pessoas se encontram em confronto com o seu princípio: sou o meu corpo?
No seguimento de lamento de ĉiela (2019), invocação ao meu corpo (2020) é ainda uma tentativa de compreender o conceito de anomia, criado por Émile Durkheim no final do século XIX para designar o momento em que assistimos à falência da identidade comunitária, pela falta de valores ou regras, pela ausência de uma ortodoxia partilhada. Tentamos compreender o conceito através de personagens anómicas.
Em lamento de ĉiela, ouvimos as memórias de uma migrante; em Watt (2021) adaptamos o romance de Samuel Beckett com o mesmo nome, aproveitando a sua crítica à lógica cartesiana – e, por aí, a forma como a lógica contribui para a anomia –, em diálogo com a história da senilidade de um velho escritor; em invocação ao meu corpo pretendemos procurar uma leitura da anomia através da simbologia do corpo: quando o nosso próprio corpo é um conflito identitário estaremos perante uma anomia biológica? Que benefício podemos tirar da compreensão deste conceito?