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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

CCB | POP DELL'ARTE apresentam Transgressive Days > 8 outubro | 21h | Grande Auditório

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Pop Dell’Arte

Transgressive Days

 

Voz João Peste

Guitarra Paulo Monteiro

Baixo Zé Pedro Moura

Bateria Ricardo Martins

 

CCB  8 outubro ▪ quinta-feira  21h  Grande Auditório

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Transgressio Global, que se estreia em concerto no CCB, é o primeiro álbum em dez anos dos Pop Dell’Arte. É uma excursão através dos tempos pelo espírito transgressivo que insuflou a cultura europeia. In Different Times (At The Same Time) sintetiza o espírito dos restantes 21 temas e faz uma panorâmica romântica e satírica sobre a eternidade, envolvendo Gilgamesh, Timóteo, Vénus, Marte, Zeus, Khrishna – todos a escutarem Sonic Youth na rádio! O disco inicia-se com Em Creta, numa variação do poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, e termina com uma lânguida prova de vinhos na colina romana de Aventino. Pelo meio há versões musicadas de um poema romano (cantado em latim), outro de tradição anacreôntica (cantado em grego) e Cá nesta Babilónia, de Camões, assim como uma cantiga de intervenção do activista chileno Víctor Jara, El Derecho De Vivir En Paz.

 

Freaky Dance evoca os anos 1970 do glam e do punk, enquanto Psycho-Urban-Jungle Rock é o regresso aos anos do trip-hopStyle Is The Answer (To Almost Everything) enumera nomes de estilistas e modelos e mais parece uma paródia ao som dos anos 1980, tal como era praticado pelos Felt ou pelas bandas da editora 4AD. Há colagens com a música de Arvo Pärt e as palavras de Foucault; encontros surrealistas de dança, ora com o deus Apolo, ora com o Minotauro num encontro futurista com Picasso; há também um tema sobre «arquitectura panóptica para ruas vazias numa cidade silenciosa», assim como canções com «hermafroditas» e amantes pós-românticos. A maior paródia de todas é The King of Europe. Em atmosfera barroca de concerto das nações, os tecnocratas europeus são investidos da pompa de Luís XIV para decretarem: «L’Europe c’est moi!» Tantas referências a figuras e personagens da cultura ocidental não fazem esquecer o prazer dos Pop Dell’Arte em continuarem a fazer música pop. Para dançar.

Conversa entre João Peste e Rui Catalão em fevereiro de 2020.