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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

CCVF | Jacinto Lucas Pires, Teatro da Garagem e Teatro Oficina marcam segunda semana de Festivais Gil Vicente (até 11 junho)

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Após uma primeira semana preenchida por espetáculos no Centro Cultural Vila Flor, os Festivais Gil Vicente regressam já esta quinta-feira aos palcos para levar o teatro até outros espaços menos convencionais da cidade berço. Nesta segunda semana serão apresentadas as peças “Henrique IV parte 3”, de Jacinto Lucas Pires, “Ela Diz”, do Teatro da Garagem, e, a encerrar o cartaz, o Teatro Oficina apresenta a sua mais recente criação, “Álbum de Família”. As atividades paralelas também prosseguem com o 1º Encontro do Gangue de Guimarães, organizado pelo Teatro Oficina.

 

A segunda semana dos Festivais Gil Vicente arranca esta quinta-feira, dia 08, às 21h30, na Black Box da Plataforma das Artes e da Criatividade, com uma criação de Jacinto Lucas Pires, que aqui se estreia como encenador. Com “Henrique IV parte 3”, Jacinto Lucas Pires alerta-nos para a urgência de reaprender a viver. Numa sociedade que adia constantemente os sonhos pelas exigências da vida quotidiana, o encenador convoca um tradutor, Henrique, como um príncipe precário. Quer mudar Shakespeare para a língua portuguesa, mas tem de passar os dias a fazer traduções técnicas de empilhadoras e autoclismos para ganhar a vida. Até que lhe surge Falstaff, o gordo genial de Shakespeare, para lhe lembrar que a vida é muito mais do que este triste tempo, feito de tempos mortos.

 

Na sexta-feira, 09 de junho, também às 21h30, o Espaço Oficina recebe a estreia da nova criação do Teatro da Garagem, “Ela Diz”, uma peça que narra o conflito entre duas mulheres, Mãe e Filha, interpretadas pelas atrizes Fernanda Neves e Ana Palma. As personagens, num face-a-face desafiante, dizem uma à outra o que nunca disseram, o que precisam dizer. Assiste-se a um desabafo urgente e torrencial, matizado por diferentes estados de alma, cujo desenlace é o esgotamento, a pacificação abrupta. Num dispositivo cénico simples, um lugar definido por dois planos e uma mesa e duas cadeiras, o texto, original de Carlos J. Pessoa, assume um papel preponderante, como matéria, que tornada som e música, desafia as categorias tradicionais da palavra e da escuta.

 

No fim de semana de encerramento dos Festivais Gil Vicente, a 10 e 11 de junho, sempre às 22h00, o pátio da Casa de Memória serve de palco para a apresentação da nova produção do Teatro Oficina, “Álbum de Família”. O impressionante espólio de fotografias d’ A Muralha - Associação de Guimarães para a Defesa do Património serve de inspiração a uma criação em duas partes, dirigida por Isabel Costa e Tânia Dinis e interpretada pelos alunos das Oficinas do Teatro Oficina (OTO’s). A história da representação das famílias de Guimarães, a sua iconografia tornada performance de teatro e dança encontra o espaço ideal para ser apresentada: o pátio da Casa da Memória (o melhor lugar metáfora deste trabalho).

 

Na segunda semana do festival prosseguem também as atividades paralelas que, nesta edição, se concentram no 1º Encontro do Gangue de Guimarães, uma iniciativa do Teatro Oficina que visou cartografar os artistas de artes performativas – intérpretes, criativos(as) criadores(as) e/ou dramaturgos(as) – de Guimarães espalhados pela cidade, pelo país e pelo mundo. A partir desse mapa de artistas nascidos ou criados na cidade berço, o Teatro Oficina e os Festivais Gil Vicente montam um primeiro encontro/residência em que se revela o que é este Gangue e os projetos em que estará envolvido – formação, criação e um olhar para o futuro. No âmbito deste encontro, decorre até 10 de junho uma residência artística no Centro de Criação de Candoso que engloba, também, uma oficina de dramaturgia orientada por José Maria Vieira Mendes. A primeira apresentação pública do Gangue de Guimarães está marcada para o dia 06 de junho, às 21h30, no Café Concerto do CCVF, onde está previsto um momento para debates de ideias. A 10 de junho, às 15h00, no Centro de Criação de Candoso, finalizadas as duas semanas de trabalho intensivo, o Gangue de Guimarães convida o público a conhecer de perto os processos de criação e a fazer perguntas difíceis de responder.

 

Os bilhetes para os espetáculos encontram -se à venda nas bilheteiras do Centro Cultural Vila Flor e da Plataforma das Artes e da Criatividade, bem como nas Lojas Fnac, El Corte Inglés, Worten, entidades aderentes da Bilheteira Online, e via online em www.ccvf.pt e oficina.bol.pt.

 

Através do desconto especial para Escolas de Artes Performativas (que pretende tornar mais acessíveis os espetáculos de dança e de teatro para o público que está em formação especializada), os alunos e professores que pretendam assistir aos espetáculos dos Festivais Gil Vicente poderão aceder a bilhetes no valor de 4,00 euros para todos os espetáculos.