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Cultura de Borla

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Centro Internacional das Artes José de Guimarães inaugura duas novas exposições nas noites de 01 e 15 de julho

Centro Internacional das Artes José de Guimarães inaugura duas novas exposições

nas noites de 01 e 15 de julho

 

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Peças do património da região, em diálogo com obras de artistas contemporâneos, fazem parte do novo ciclo expositivo do CIAJG

O Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugura um novo ciclo expositivo já esta sexta-feira, dia 01 de julho, às 22h00. “Objectos Estranhos: ensaio de proto-escultura” é o título da exposição que irá celebrar no CIAJG a riqueza do território e da comunidade vimaranenses. Na noite de 15 de julho, as portas do Centro voltam a abrir, desta vez para inaugurar a exposição “Caminhos de Floresta”. Um mês em cheio no CIAJG.

 

A exposição “Objectos Estranhos: ensaio de proto-escultura”, que inaugura na primeira noite do mês de julho, tem por objetivo reunir um amplo conjunto de peças do património religioso, popular e arqueológico da região de Guimarães, fazendo-as dialogar com peças de artistas contemporâneos.

 

Através da extensa paisagem de objetos expostos – que vão desde as pinturas de Mestre Caçoila até ex-votos em cera, passando por peças notáveis de alguns dos mais significativos espólios museológicos do Concelho, como é o caso de S. Torcato, S. Francisco ou Fermentões – pretende-se celebrar a riqueza, a pluralidade e a idiossincrasia de uma terra muito densa, através não só da reunião desses objetos mas, igualmente e sobretudo, de uma plêiade de convidados que, no âmbito e no interior da exposição, ajudarão a perceber as crenças, os hábitos e rituais que organizam a vida das pessoas.

 

Esta exposição, cuja curadoria pertence a f.marquespenteado e Nuno Faria, contará com obras de Mestre Caçoila e Musa paradisiaca e ainda peças das coleções do Museu de Alberto Sampaio, Sociedade Martins Sarmento, Museu da Agricultura de Fermentões, Venerável Ordem Terceira de São Francisco, Associação Artística da Marcha Gualteriana, Igreja de São Domingos e obras gentilmente cedidas por colecionadores particulares.

 

Na mesma noite, aproveitando a ocasião, será ainda inaugurada a intervenção de Musa paradisiaca e performance de Pedro Calapez no âmbito da exposição “Labirinto e eco”, patente no piso 1 do CIAJG. Recordamos que “Labirinto e eco” é o mote da atual montagem da coleção permanente. Durante o período de um ano, as salas do piso superior do CIAJG vão acolher um extenso e variado conjunto de intervenções de artistas contemporâneos, convidados a dialogar com os notáveis objetos da coleção de José de Guimarães e outros entretanto reunidos no acervo da instituição. 

 

A segunda exposição, “Caminhos de Floresta [sobre arte, técnica e natureza]”, cuja inauguração está marcada para 15 de julho, às 22h00, propõe ao espetador uma reflexão sobre a arte. Para o filósofo alemão Martin Heidegger, de cuja obra o título desta exposição é pedido de empréstimo, a produção artística é uma forma de posicionamento do homem perante a natureza. Aqui pergunta-se o que significa produzir arte.

 

Esta exposição reúne, assim, um conjunto de aproximações e de diálogos com uma certa ideia de natureza, enquanto tematização do diverso, daquilo que nos é estranho, e de como a podemos vir a traduzir, a compreender e a habitar. O tronco de árvore, figura e presença arquetípica e paradigmática desta exposição e de uma extensa porção da criação artística, é corpo e casa, duplo e útero.

 

O eco da criação artística propaga-se pelos tempos, numa fascinante e misteriosa viagem que descobrimos com renovado espanto a cada visita que fazemos ao museu, a cada museu. No CIAJG não é diferente. Propõe-se uma experiência única de visita ou revisitação através do labirinto da história pelo próprio pé do espetador ou pela mão dos monitores do Serviço Educativo. Recordamos que o CIAJG encontra-se aberto ao público de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Aos domingos de manhã, a entrada nas exposições é livre.