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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

César Belda e Ángel Ruiz em Miguel Molina al desnudo, de Ángel Ruiz, encenação de Félix Estaire, pela companhia Lazona (Madrid, Espanha)

miguel_molina_desnudo_escena_09 copyright Javier N

Dia 10

 

Homenagem a José Manuel Castanheira e Espectáculo de Honra 2022

 

No dia 10, domingo, o Festival abre às 15h, no Teatro-Estúdio António Assunção, com a peça Eu sou a minha própria mulher, de Doug Wright, com encenação de Carlos Avilez, para o Teatro Experimental de Cascais. A peça tem uma segunda sessão às 21h30. Às 16h, no Teatro Municipal Joaquim Benite, é apresentado Selvagem. Às 18h, no Palco da Esplanada, é o regresso da programação para crianças na rubrica Eu também vou ao Festival. O espectáculo chama-se Milho por peixe e é de entrada livre. No mesmo palco, às 20h30, há Música na Esplanada com os Jacarandá, também de entrada livre. Às 22h, no Palco Grande, é homenageado José Manuel Castanheira e logo de seguida é apresentado o Espectáculo de Honra deste ano: Miguel de Molina al desnudo.

 

O mítico génio do flamenco Miguel de Molina (1908-1993) é provavelmente a melhor emanação que Espanha produziu dessa mistura tão sugestiva que resulta da união da vanguarda com a tradição. Em tudo o que fazia, Molina punha paixão, convocando outros génios para o seu redor, artistas como ele dotados da imaginação e do atrevimento que fizeram de Molina um estandarte da liberdade criadora e individual. Em cena apenas acompanhado por um pianista, o cantante e bailaor confessa: “Sempre fui objecto de perseguição, utilizado pelos perdedores e resgatado pelos vencedores como um despojo de guerra.” Perseguido pela Espanha de Franco, viu-se enredado numa onda de calúnias cuja finalidade era denegri-lo, em razão, também, da sua homossexualidade – que Molina aliás nunca renegou, numa atitude de grande arrojo perante as convenções do seu tempo. Uma biografia em forma de recital, contada por um verdadeiro alter-ego de Molina: o actor Ángel Ruiz. Um espectáculo íntimo, mas com a força telúrica do desassombro.
“Abordámos este trabalho tendo em mente a ideia de levar para a cena uma personagem observada a partir de múltiplos pontos de vista – da dimensão pessoal à dimensão profissional, percorrendo a sua vida e o seu legado como um espelho no qual podemos ver-nos reflectidos”. (Félix Estaire)

 

Miguel Molina al desnudo (Palco Grande, Escola D. António da Costa, dia 10, domingo, às 16h)

 

De Ángel Ruiz

Encenação de Félix Estaire

 

Interpretação
Ángel Ruiz

Pianista
César Belda

Direcção musical
César Belda

Coreografía
Mona Martínez

Figurinos
Guadalupe Valero

Iluminação
Juanjo Llorens

Direcção de produção
Miguel Cuerdo

 

LAZONA (Madrid, Espanha)
Apoio: Embaixada de Espanha em Lisboa


Língua
Castelhano
Legendado em português

Duração
1h30m

Classificação
M/12

 

Mais informações em ctalmada.pt