Ciclo Memórias de Intenção Política no CCB
26 a 29 janeiro, 2017
14 a 19, 21 a 26 fevereiro, 2017
7 a 19, 21 a 26 Março, 2017
Este ciclo surge na programação da Fábrica das Artes através de cinco projetos artísticos simultâneos com evidente intenção política dirigidos a públicos jovens. Eles partilham a transposição literária de histórias autobiográficas, memórias contadas na primeira pessoa, para um espaço performativo íntimo. No final da apresentação de cada uma das propostas, abre-se espaço de debate e reflexão com os espetadores jovens, para pensar o mundo e os desafios globais.
Este ciclo surge na programação da Fábrica das Artes através de cinco projetos artísticos simultâneos com evidente intenção política dirigidos a públicos jovens. Eles partilham a transposição literária de histórias autobiográficas, memórias contadas na primeira pessoa, para um espaço performativo íntimo:
Terra Sonâmbula, um espetáculo de teatro de Nuno Pino Custódio e Rosinda Costa a partir de Mia Couto; A Minha Casa Era a Sede, concerto narrado de Judite Canha Fernandes e Teresa Gentil, histórias contadas a partir de infâncias clandestinas e rurais; Cartas de Damasco, um espetáculo e ateliê de debate e criação, de Ana Lázaro, a partir da correspondência com Leen Rihawi - uma jovem escritora que vive em Damasco, na Síria; Agora Eu Era, performance transdisciplinar de Pedro de Moura e Marta Bernardes, é uma instalação de projeções futuras, ensaios de possibilidades de ser ou ir sendo expressões de pensamentos em música, poesia e imagem; Um Mini-Museu Vivo de Memórias do Portugal Recente, que resulta de um desafio lançado à Joana Craveiro para criar um espetáculo dirigido a jovens a partir dos materiais que estão na base do espetáculo dirigido a público adulto, Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas. A partir das memórias das pessoas, aborda-se a ditadura de 1926-1974, a revolução de 25 de Abril de 1974 e o processo revolucionário de 1974-76. Depois da apresentação destas propostas, abrem-se espaços de debate e reflexão com os espectadores jovens, para pensar o mundo e os desafios globais, transitando pelos temas da liberdade, colonialismo, militarismo, transnacionalismo, diásporas, refugiados, expressão, escolha, possibilidade de ser, revolução, potência política… Programação e criadores ensaiam assim uma outra proximidade entre juventude, política e participação, implicando pessoalmente os espectadores nestas narrativas autobiográficas e nos universos humanos comuns que convocam. Afinal, a política somos nós.
Madalena Wallenstein