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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Cinema Paraíso completa 20 anos de projeções ao ar livre

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São 20 anos de cinema ao ar livre em Vila Nova de Famalicão e são muitos os milhares de pessoas que não perdem a oportunidade de assistir a uma excelente escolha de filmes em vários espaços públicos do concelho. Cinema Paraíso - Projeto Itinerante de Cinema Ao Ar Livre, coprodução da Casa das Artes de Famalicão e do Cineclube de Joane, inicia em julho e prolonga-se pelo mês de agosto.

É verão, tempo de virar o projetor para o exterior, de direcionar as luzes do Cinema para a cidade, para as praças, para dentro das urbanizações. Nas 19 edições anteriores, procurou-se a consolidação de uma das principais ideias do projeto: a sua itinerância. Isto foi conseguido e permitiu ao Cinema Paraíso estacionar em cerca de 30 locais, no percurso que já chegou a metade das freguesias do concelho de Vila Nova de Famalicão.

Na 20.ª edição, será dada continuidade no levar o cinema às populações, fazê-lo com escolhas criteriosas, com propostas que cheguem ao grande público, que ambicionam surpreender o espetador, cinema popular de várias proveniências, do presente e do passado.

Este verão, o Cinema Paraíso terá seis projeções no Anfiteatro do Parque da Devesa, o seu local de eleição desde 2013, e deambulará por três freguesias: Cabeçudos, Lemenhe e S. Simão de Novais.

No dia e na hora de cada sessão é recomendável ponderar a companhia de um agasalho, uma manta, uma almofada ou uma cadeira de praia: o Cinema Paraíso projeta luz e histórias a partir das 22h00. A entrada é livre.

No Parque da Devesa a programação do Cinema Paraíso tem agendados os seguintes filmes: 10 de julho – Bohemian Rhapsody de Bryan Singer; 17 de julho – Missão: Impossível - Fallout de Christopher McQuarrie; 24 de julho – Homem-Aranha: No Universo Aranha (versão portuguesa) de Peter Ramsey, Rodney Rothman, Bob Persichetti; 7 de agosto – Uma Aventura do Outro Mundo (versão portuguesa) de Christoph Lauenstein, Wolfgang Lauenstein, Sean McCormack; 14 de agosto – O Carteiro de Pablo Neruda de Michael Radford; 21 de agosto – Ou Nadas ou Afundas de Gilles Lellouche.

Na itinerância pelas freguesias, Cinema Paraíso aponta a seguintes películas: 11 de julho (quinta-feira) -  S. Simão de Novais, na Praça Jerónimo de Castro, Dumbo de Tim Burton; 14 de julho (domingo) –  Cabeçudos, no adro da Capela de Santa Catarina, Cinema Paraíso de Giuseppe Tornatore; 26 de julho (sexta-feira) -  Lemenhe, no adro da Capela de Nossa Senhora do Carmo, O Rio do Ouro de Paulo Rocha.

 

Teatro que sai do “Baú dos Segredos”

 

Julho é sinónimo de um exercício cénico de introdução ao Teatro que assume por nome “Baú dos Segredos” e que mobiliza um exército de pequenos atores e atrizes dos 8 aos 18 anos de idade.

“Baú dos Segredos” é um ateliê de teatro anual, da responsabilidade da Casa das Artes de Famalicão e do encenador João Regueiras que se realiza, nas instalações da Casa das artes de Famalicão, de outubro a julho do ano seguinte.

É de um texto de Alice Vieira, que mergulha numa história da tradição popular, que é retirado a primeira das encenações teatrais que a Casa das Artes de Famalicão programa e coproduz para o mês de julho. “Leandro, o Rei de Helíria” sobe a cena nos dias 24 e 25 de julho, às 21h3, no Grande Auditório. Segundo a história, um pai decide repartir o reino pelas filhas e põe-nas à prova, acabando, contudo, por deserdar a mais nova. Esta vem a revelar-se, afinal, a única que era merecedora da sua generosidade. Vítima do próprio orgulho e castigado pela sua cegueira, o rei expia as culpas mergulhando na miséria, até ser finalmente salvo e perdoado pela filha mais nova entretanto reencontrada.

Uma história onde se fala de amor, de ingratidão, e do que acontece a um rei quando a coroa lhe cai da cabeça, num enredo em muitos aspetos semelhante ao de "Rei Lear", de Shakespeare.

A entrada custa quatro euros, ou dois para os portadores do Cartão Quadrilátero Cultural.

“Leandro, o Rei de Helíria” é encenado por João Regueiras, numa adaptação de Ana J. Regueiras e a interpretação está a cargo dos alunos da Classe A (10 aos 14 anos), do “Baú dos Segredos”.

De 26 e 27 de julho, às 21h30, o Grande Auditório da Casa das Artes assiste à peça “Mulheres Invisíveis”, numa interpretação da Classe B (15 aos 18 anos), do Baú dos Segredos e encenada por Ana J. Regueiras. Uma viagem ao trágico 25 de março de 1911 que, na cidade de Nova Iorque, viu perecer mais de uma centena de mulheres no incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist. O título “Mulheres Invisíveis” ilustra o facto de muitas das vítimas, por serem mulheres, operárias e imigrantes, não terem sido alertadas para o incêndio que consumiu o prédio onde laboravam. Trabalhavam, à mingua de uns 6 a 10 dólares por semana, 14 horas por dia, em semanas de trabalho de 60 a 72 horas. Na hora da calamidade, a sua maior desgraça foi terem sido ignoradas. Mulheres invisíveis pela cegueira do lucro a qualquer custo, pela falta de condições de segurança no trabalho e pela completa ausência de sentido humano. “Quando tudo terminou, juntei-me ao meu povo. As outras mulheres cujas vidas, as mortes, não foram vistas. Nós, as Mulheres Invisíveis. Eu vejo-as. E elas a mim.”

A entrada custa quatro euros, ou dois para os portadores do Cartão Quadrilátero Cultural.