E se fosse possível cartografar a Paz?
E se fosse possível cartografar a Paz? Certamente exigiria pensar nos seus fluxos e refluxos. Nos recuos e avanços. Acima de tudo, implicaria parar, pensar, sentir... o Outro. “Cartography for Peace“ é o título da nova exposição, patente a partir do dia 26 de janeiro até 16 de março, na galeria Sput&nik the Window, no Porto. Um convite a pensar e a viver o conceito da Paz pela mão da artista plástica
brasileira, Suzana Queiroga.
A mostra patente no Porto a partir de 26 de janeiro -”Cartography for Peace” - é um projeto a longo prazo, para ser realizado de diferentes formas em função das histórias e características de cada local, cidade e país. Trata-se de um trabalho que pretende gerar uma pausa e reunir subjetividades em torno da ideia da Paz e das suas componentes.
Em “Cartography for Peace“, a artista explora ora mapas inventados, ora estuda as diferentes regiões, plantas citadinas e os tecidos urbanos, traduzindo-os em materiais como o papel, guache e recortes. Esta exposição partiu de um estudo sobre os sistemas e subsistemas citadinos, redes visíveis e invisíveis existentes nas metrópoles, sejam estas, redes de telecomunicações, de transportes, de eletricidade, de alimentação ou redes de histórias e pensamentos. Tal como as cidades, enquanto organismos vivos e em constante mutação, também a obra de Suzana Queiroga, patente na galeria Sput&nik the Window, traduz este devir e vontade de fuga, em busca da Paz.
A ideia passa por conferir uma dimensão pública às suas obras de arte, aliás a componente táctil do trabalho de Queiroga é o fio condutor, comum em todo o seu trajeto cultural.
Refira-se que Suzana Queiroga tem já um vasto currículo artístico, firmado em mostras de incontornável relevância como são exemplo o projeto "Ver e Sentir através do toque" patente no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro; ou a exposição "Ah, Molécula" no Museu do Amanhã, RJ.