Em Janeiro no Teatro de Garagem
A VIDA COMO ELA É
92ª Criação do Teatro da Garagem
Contos de Nelson Rodrigues Encenação de Carlos J. Pessoa
11 A 21 JAN | 21h30
5ª-feira a domingo
TEATRO TABORDA
A VIDA COMO ELA É é uma criação do Teatro da Garagem, com contos do autor brasileiro Nelson Rodrigues e encenação de Carlos J. Pessoa, construída a partir da leitura feminina da versão anteriormente apresentada no FESTLIP (Rio de Janeiro, 2016), no Teatro Taborda (Lisboa, 2017) e no Teatro Municipal de Bragança (Bragança, 2017).
A VIDA COMO ELA É, agora retomado num conjunto alargado de cinco histórias e num elenco de três atrizes - Ana Palma, Inês Lago e Teresa Vaz, aprofunda a obsessão de Nelson Rodrigues por triangulações pícaras, eivadas de um erotismo mórbido, que acentua o carácter de exposição do desejo.
O desejo assim exposto verbaliza uma noção de mulher cujos contornos têm algo de similar ao culto das magas, em voga no séc. XVII toscano. Também as mulheres em Nelson Rodrigues acrescentam à volúpia e à vingança, uma aura sobrenatural, povoada de monstruosidades ameaçadoras, figuras fantasmagóricas profundamente carnais, numa alusão ao poder mágico, à transição demoníaca entre morte e vida.
Se esta forma peculiar de olhar a mulher diz muito mais sobre uma espécie de impotência masculina, de um olhar assustado de menino espreitando debaixo das saias das senhoras, que nunca terá crescido, surpreso e esmagado por tanta origem revelada, também não deixa de ser sintomática uma alegria genuína, um gosto de comédia desempoeirada, um querer brincar e apenas isso.
LIFE AS IT IS is a theatre production by Teatro da Garagem, with tales by the Brazilian author Nelson Rodrigues and directed by Carlos J. Pessoa. The show results from a feminist reading of the version previously presented at FESTLIP (Rio de Janeiro, 2016), at the Teatro Taborda (Lisbon, 2017) and at the Teatro Municipal de Bragança (Bragança, 2017).
LIFE AS IT IS, now taken up in a broad set of five stories and a cast of three actresses - Ana Palma, Inês Lago and Teresa Vaz, deepens Nelson Rodrigues' obsession with mischievous triangulations, enticed by a morbid eroticism that accentuates the character of exhibiting desire.
The desire thus exposed formulates a notion of woman whose contours have something similar to the cult of sorcerers, in vogue at the 17th century Tuscany. Also, the women in Nelson Rodrigues’ tales add to their voluptuousness and revenge a supernatural aura, populated by menacing monstrosities, ghostly and deeply carnal figures, in an allusion to magical power, to the demonic transition between life and death.
If this peculiar way of looking at a woman says much more about a kind of male impotence, a frightened look of a boy lurking beneath the ladies' skirts, without ever growing old, surprised and crushed by a revealed origin, a genuine joy is also symptomatic, a taste of dusty comedy, a will to play and simply that.
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Contos de Nelson Rodrigues Encenação Carlos J. Pessoa Dramaturgia Ana Palma Interpretação Ana Palma, Inês Lago e Teresa Vaz Cenografia e Figurinos Sérgio Loureiro Música Daniel Cervantes Desenho de Luz Nuno Samora Operação de Luz Manuel Abrantes Direção de Produção Maria João Vicente Produção e Comunicação Carolina Mano Assistência de Produção Marília Maia e Moura Fotografia Marília Maia e Moura
Parceria FESTLIP – Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa
Apoios Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC, Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
Financiamento Direção-Geral das Artes, Governo de Portugal | Ministério da Cultura
Duração 60 minutos | M/16
DOZE DESENHOS PARA DOZE MESES
Exposição de Sérgio Loureiro
11 A 31 JAN | 15h00 - 23h30
TEATRO TABORDA
Ao longo dos doze meses de 2017, o Cenógrafo e Figurinista do Teatro da Garagem, Sérgio Loureiro, compôs doze desenhos que acompanharam a programação da Companhia. Esta exposição reúne os seus trabalhos, convidando o público a relembrar momentos que marcaram o percurso do Teatro da Garagem durante o ano.
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ENTRADA LIVRE
MESA REDONDA
"FESTLIP_Festival Conexão Portugal"“
13 JAN | 19h00
TEATRO TABORDA
O espetáculo A VIDA COMO ELA É integra a programação da extensão em Portugal do FESTLIP - Festival Internacional das Artes da Língua Portuguesa, numa parceria entre o Teatro da Garagem e a Talu Produções. Esta colaboração incluirá também a Mesa Redonda “FESTLIP_Festival Conexão Portugal”, reunindo encenadores portugueses que já participaram no Festival à conversa sobre a diversidade do Teatro que se faz em Português e sobre a importância do FESTLIP na integração e difusão das artes de língua portuguesa no mundo e projeção das artes portuguesas no Brasil.
ENTRADA LIVRE
sujeita a marcação
CLUBES DE TEATRO
JÚNIOR, JOVEM E SÉNIOR
Serviço Educativo
JAN A JUN | Sábados à tarde
TEATRO TABORDA
Os Clubes de Teatro da Garagem são uma das facetas visíveis e atuantes do Serviço Educativo da Companhia, que, paralelamente com um conjunto de Oficinas de Teatro dirigidas aos mais e menos jovens, procura aproximar o teatro da comunidade. Este movimento de mútuo conhecimento constitui para o Teatro da Garagem um fator decisivo no acesso à cultura, que acreditamos é de todos e para todos.
Os Clubes de Teatro Júnior, Jovem e Sénior têm como objetivo suscitar o gosto pelo teatro e pelas práticas artísticas, dando a conhecer o universo teatral e as possibilidades fantásticas que este encerra. Pretende-se que as crianças, adolescentes e adultos experimentem os diversos mecanismos que compõem o espetáculo teatral. Os Clubes de Teatro decorrem de janeiro a junho no Teatro Taborda, todos os Sábados à tarde.
Coordenação do Serviço Educativo Ana Palma e Maria João Vicente
Monitores Teresa Vaz, Tiago Vieira e Miguel Ponte
Inscrições Encerradas
FALAR CLARO
Universidade Sénior de Santa Maria Maior
Serviço Educativo
EM JANEIRO | Junta de Freguesia de Santa Maria Maior (Lisboa)
Após a experiência desenvolvida na 1ª edição de Saber Maior, o Teatro da Garagem continuará a dinamizar a disciplina Falar Claro na Universidade Sénior de Santa Maria Maior, numa parceria com o GES – Gabinete de Empreendedorismo Social da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior. Para comunicar utilizamos a voz, o corpo, a escrita, o pensamento e a argumentação para efetivar trocas de informações que nos permitam socializar e viver melhor uns com os outros. Deste modo, a escuta ativa, a tolerância e a clareza discursiva, (numa perspetiva técnica e de organização das ideias), são fundamentais para entendermos os outros e para nos fazermos entender.