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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

ESTREIA ABSOLUTA na abertura do Close-Up 2020 | 10 de outubro

Observatório de Cinema de Famalicão entre 10 e 17 de outubro

 

Close-Up abre com filme-concerto em ESTREIA dos Black Bombaim e Luís Fernandes

A Idade de Ouro.jpg

 

A estreia absoluta do filme-concerto que junta o rock dos Black Bombaim e a eletrónica de Luís Fernandes ao incontornável filme de Luis Buñuel “A Idade de Ouro”, marca a abertura da quinta edição do CLOSE-UP – Observatório de Cinema de Famalicão, que decorre entre 10 e 17 de outubro, na Casa das Artes.

Este quinto episódio do Close-up, sob o mote “Cinema na Cidade”, conta com cerca de 30 sessões de cinema contemporâneo cruzadas com a história do Cinema (com destaque para o período mexicano de Luis Buñuel) e por Cristina Branco, filmes comentados (por realizadores, jornalistas, académicos), e sessões para famílias e para escolas, com filmes e oficinas.

Toda a programação disponível em http://closeup.pt e www.casadasartes.org

A Idade de Ouro

Buñuel e Dali provocaram uma revolução com o seu ensaio surrealista "O Cão Andaluz", um dos filmes vanguardistas mais famosos de sempre. A Idade de Ouro, primeira obra de Buñuel a solo, é o seu filme mais provocante e um verdadeiro manifesto do surrealismo no cinema. Violentamente anticlerical, aqui se encontram todas as obsessões do futuro cinema de Buñuel. Após violentas reações aquando da sua estreia em 1930 o filme foi proibido, só voltando às salas de cinema mais de meio século depois.

Em A Idade de Ouro somos confrontados com uma sucessão de situações sem preocupação de um mínimo de explicação racional: um homem aos pontapés a um violino pela rua, uma vaca deitada numa cama, que é dali retirada às ordens de um gesto de expressão no rosto de uma mulher, uma carroça conduzida por dois homens do povo que atravessa o salão onde se realiza uma festa burguesa, um homem a caminhar com uma pedra na cabeça, como se imitasse a estátua pela qual passa. Imagens surrealistas destinadas a libertar a perceção humana.

 

Black Bombaim

Coletivo nascido do efervescente movimento de novas bandas saída de Barcelos nos finais de 90, os Black Bombaim são hoje um claro caso de sucesso e de culto. Donos daquele que é, provavelmente, o mais fascinante psych rock com fonte nacional, editaram sete discos ao longo da sua carreira, à qual juntam uma mão cheia de colaborações na composição de música e espetáculos que cruzam a cruzam com outras áreas artísticas. A destacar, o disco editado com o referencial Peter Brotzman, o trabalho com La La La Ressonance, o cine-concerto (agora também editado em disco) com a colaboração do percussionista João Pais Filipe e o trabalho colaborativo com Jonathan Saldanha, Pedro Augusto e Luís Fernandes.  

 

Luís Fernandes

Músico, artista sonoro e programador cultural, Luís Fernandes é fundador da banda peixe : avião e tem mantido trabalho a solo e como colaborador de múltiplos projetos. Nos últimos anos, assinala-se o seu duo com a pianista Joana Gama, com o qual editou 4 discos, colaborou com Ricardo Jacinto, José Alberto Gomes, Drumming GP, Orquestra Metropolitana e a Orquestra de Guimarães. Compõe música para cinema e instalações, com apresentações nos Festivais de Cannes, Locarno ou Triennale di Milano. 

 

A relação entre os Black Bombaim e Luís Fernandes

Desde 2014, foram três os encontros entre Luís Fernandes e os Black Bombaim. O que começou com uma colaboração num dos temas de Far Out, terceiro disco do coletivo de Barcelos, evoluiu para a construção e gravação do disco conjunto que dividiram com La la La Ressonance e para o álbum colaborativo editado via Lovers & Lollypops em 2019, ao lado de dois outros produtores nortenhos. Ao quarto encontro, a banda e o músico darão uma nova vida a L'Age d'Or, filme do mestre espanhol Luis Buñuel, num cine-concerto a ser apresentado em estreia na Casa das Artes de Famalicão.