Exposição «Bibliotecas no Espelho» reúne obras fac-símile de grandes vultos da Literatura Portuguesa e Galega | Casa das Artes | 9 março
Exposição «Bibliotecas no Espelho»
reúne obras fac-símile de grandes vultos da Literatura Portuguesa e Galega
Inauguração 9 março | 15h00 | Casa das Artes | Porto
A exposição «Bibliotecas no Espelho Norte de Portugal / Galiza – uma viagem pelo livro e pela literatura através das edições fac-símiles» será inaugurada no próximo dia 9 de março, pelas 15 horas, na Casa das Artes, no Porto. Fica patente ao público até 15 de abril, com entrada livre.
Trata-se de uma mostra de obras fac-similadas, produzidas por alguns dos maiores vultos da Literatura Portuguesa e Galega e representativas de grandes movimentos literários e culturais em ambas as regiões, desde o século XII, com origem no património literário comum da poesia galaico-portuguesa, à atualidade.
Comissariada por Ana Araújo e Ignácio Cabano, esta exposição reúne obras de Martin Codax, Bernardim Ribeiro, Camões, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Florbela Espanca, Fernando Pessoa, José Régio, Miguel Torga e Agustina Bessa Luís, entre outros.
A exposição é promovida no âmbito do projeto Nortear, desenvolvido pela Consellería de Cultura e Turismo da Xunta de Galicia, pela Direção Regional de Cultura do Norte e pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galicia – Norte de Portugal, com o apoio do programa transfronteiriço Interreg, e através do qual as três entidades visam promover conjuntamente a Cultura Portuguesa e a Galega, particularmente no que ao domínio da Língua e Literatura diz respeito.
A edição fac-símile é a reprodução precisa, quase perfeita, de um documento geralmente antigo e considerado de grande valor, como um livro, um manuscrito, um mapa ou um desenho executado à mão livre. O termo tem origem na expressão em latim fac simile, que significa fazer igual.
Os fac-símiles convertem-se assim em rigorosos espelhos de uma realidade bibliográfica. Eles são o reflexo de uma cultura, a galega ou a portuguesa, assente em papel ou em pergaminho, e dão continuidade, de algum modo, à antiga tradição da cópia, antes manuscrita, mais tarde impressa (tentando imitar, copiar com exatidão os manuscritos), e agora ajudada por técnicas fotográficas, digitais e serigráficas, que permitem imitar fielmente as cores, tamanhos, defeitos e matizes do documento original.
Os fac-símiles expostos, uma pequena seleção, por limitações de espaço, são, não obstante, a melhor oportunidade para criar uma biblioteca milenar impossível, através deste reflexo que se nos oferece, como um caminho que decorre paralelamente à realidade, ideal, como as sombras de Platão, e ao mesmo tempo tangível, como os primeiros manuscritos e documentos impressos conhecidos dos nossos dois países.