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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Exposição ‘Caleidoscópio’ apresenta mais de 20 obras de artistas afrodescendentes para celebrar a diversidade multicultural em Portugal

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Celebrar a diversidade multicultural que compõe o tecido social português, através do talento de diferentes artistas visuais afrodescendentes, é o propósito da exposição ‘Caleidoscópio’, que reúne 22 obras de Andreia Costa, Júnior Jacinto, Resem Verkron e Paulo Formiga, no espaço cultural Avenidas, em Lisboa. A exposição é inaugurada amanhã, 1 de novembro, pelas 18h30, ficando patente no Avenidas até ao dia 9 de novembro.

Com curadoria da Afrikanizm Art e de Ivanova Araújo, a exposição integra o programa comemorativo do Mês da Identidade Africana (MIA), dinamizado pela Bantumen, uma plataforma de cultura e informação, com o objetivo de celebrar a presença afrodescendente em Portugal. 

“A ‘Caleidoscópio’ surge como uma celebração das infinitas perspectivas de um artista, captando as infinitas variações que tece ao longo do seu percurso. É o desejo urgente de fragmentar, multiplicar e, paradoxalmente, encontrar a plenitude na diversidade. Cada identidade brilha na sua individualidade, revelada através de diferentes perspectivas, mas juntas formam um mosaico vibrante e colorido. Aqui, a linguagem é uma reflexão subjetiva, onde cada peça contribui para a construção de um todo fluído e singular, ressoando a harmonia da multiplicidade”, refere a curadora de arte Ivanova Araújo.

A exposição apresenta quatro obras de Andreia Costa, uma jovem artista plástica cuja arte explora o complexo emocional da mulher africana, a ligação com as raízes culturais e temas como resiliência e beleza, assim como cinco obras de Júnior Jacinto, que assume o objetivo de criar uma arte que transcenda o físico e alcance o metafísico, convidando os espectadores a embarcar numa viagem de autoconhecimento.

Integrada na exposição, a coleção ‘Preto no Branco’ reúne desenhos e fotografias dos artistas contemporâneos africanos Paulo Formiga e Resem Verkron, cujas abordagens distintas se encontram no cruzamento de expressões artísticas que exploram a infância, a negritude e o renascimento. A mostra apresenta cinco obras de Resem Verkron e oito de Paulo Formiga.

“Juntas, as obras destes dois artistas apresentam um diálogo visual poderoso sobre memória e renascimento. No contexto do MIA, esta coleção é um convite à introspeção e à celebração da resiliência, da beleza e da força que emanam da negritude, que homenageia a história e a contemporaneidade da experiência africana em Portugal”, afirma João Boavida, fundador e CEO da Afrikanizm Art. 

A exposição fica aberta de segunda a sexta-feira, entre as 09h30 e as 16h30, e aos sábados, entre as 15h00 e as 19h30, terminando no dia 9 de novembro. Após o encerramento em Lisboa, a mostra viaja até à UPTEC - Parque da Ciência e da Tecnologia da Universidade do Porto, onde fica patente entre os dias 20 de novembro e 7 de dezembro.