Exposição de fotografia “Mãe” está patente na Galeria Imago Garage até ao dia 2 de julho
- Exposição de fotografia “Mãe” decorre de 24 de junho a 2 de julho
- Com curadoria de Susana Paiva, esta exposição insere-se no Imago Lisboa Photo Festival 2022
A exposição de fotografia “Mãe” dos alunos da ETIC – Escola de Tecnologias, Inovação e Criação está patente na Galeria Imago Garage até ao próximo dia 2 de julho. Com produção e montagem dos alunos da ETIC e curadoria de Susana Paiva, esta exposição insere-se no Imago Lisboa Photo Festival 2022.
Durante três meses, os alunos de fotografia da ETIC desenvolveram as suas próprias interpretações da sustentabilidade, um tema imensamente abrangente, que se encontra nesta exposição com diversos conceitos interligados por várias palavras de uma só palavra “Mãe”, razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa. A exposição “Mãe” é formada por um conjunto de ideias, estratégias e demais atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas.
Esta exposição tem como inspiração Carl Sagan, que no seu livro “Pálido Ponto Azul: uma visão do futuro da humanidade no espaço, alerta para toda a problemática que, atualmente, conhecemos como sustentabilidade. No livro refere que “tem sido dito que a astronomia é uma experiência que nos traz humildade e constrói caráter. Talvez não haja melhor demonstração das tolices e das vaidades humanas que esta imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza a nossa responsabilidade de nos tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar o único lar que conhecemos… aquele pálido ponto azul”. Numa outra passagem, Carl Sagan refletes sobre o nosso futuro aqui, na Mãe Terra, “na nossa obscuridade, nesta imensa vastidão, não há nenhum indício que ajuda poderá vir de um outro lugar para nos salvar de nós próprios”.
A exposição de fotografia “Mãe” está disponível, até dia 2 de julho, na Galeria Imago Garage, localizada na Rua do Vale de Santo António, n.º 50C 1170-381 Lisboa.
DESCRITIVO DOS TRABALHOS EM EXPOSIÇÃO
- COMEÇA AQUI – Filipe Silva
Começa aqui, o alerta para as pessoas. Devido ao lixo que é deitado no chão que por sua vez é levado pela chuva e vento para as sarjetas, sendo este considerado o caminho mais eficaz para a poluição do mar. As sargetas têm como objetivo canalizar as águas da chuva, impedindo alagamentos nas zonas urbanas, estando estas ligadas a uma rede pluvial que drena a água diretamente para as ribeiras e mar.
- MESMERIZE – Diogo Madureira
Os padrões da água desde que me lembro, a água e o mar sempre foram algo que me fascinou. As ondas, marés, correntes, e como tudo se interliga de diferentes maneiras, numa sinfonia visual interminável. Não existe para mim maior conforto do que estar no mar ou perto dele, perto da água que me hipnotiza na sua constante mutação, como se num movimento psicadélico e vibrante, prendendo o meu olhar e afastando-me do mundo, levando-me para longe. Com esta exposição, quero mostrar uma paisagem única e imersiva e, talvez, levar outros a ver a água sob uma nova perspetiva.
- CULATRA – Jorge Vale
Situada frente a Olhão encontra-se a Ilha da Culatra. Vive-se do mar e consoante as limitações que este dita para o dia a dia das pessoas seja em relação aos horários de trabalho ou mesmo à possibilidade de trabalhar. Ali estar é sinónimo de tranquilidade, o silêncio é o grito mais alto que ecoa pelas dunas da ilha que são a casa deste povo moderno dedicado a algumas das práticas mais antigas do homem
- 0º - Afonso Pescada
Nos primórdios da fotografia, o gelo era usado como forma de conservação de rolos e películas. Hoje em dia, é dos elementos mais difíceis de conservar. De todas as capturas paisagísticas, quais permaneceram como no seu registo? Quando o gelo se derrete, quantas imagens permanecem na água?
- EM EXPANSÃO – Bernardo Carvalho
A luta do ser humano por uma vida mais confortável cria uma separação do pensamento
entre o homem e a natureza. Nesta medida, deixa de haver harmonia na forma como vivemos com o ambiente à nossa volta. Desde a poluição, à simples expansão urbana, o contraste entre a ação do homem e a natureza aumenta, deixando apenas para trás, os vestígios de um passado recente, que irão estar presentes para o futuro.
- AUSÊNCIA – Luana Piedade
Amor. Carinho. Proteção. Presença. São algumas das sensações que, ao pensar em família, nos veem à cabeça. Mas está não é a realidade de todos. Alguns sentem apenas a sua ausência. “Ausência” pretende passar a emoção do que foi crescer num laço familiar partido. Com este trabalho, espero que quem se identifique sinta as feridas a sarar e saibam que, apesar da dor, não deixam se ser importantes e capazes de atingir o que pretendem.
- ORHEI – Valeria Creanga
As imagens deste livro são fundadas sob o conceito da sustentabilidade, onde Valeria Creanga visitou o país da República da Moldávia captando o cotidiano da aldeia Orhei,
onde a mesma cresceu e viveu grande parte da sua vida. Seguindo ainda, os mesmos costumes e práticas, esta aldeia apresenta os mesmos meios de sustentabilidade que há 17 anos atrás, quase nada mudou. Revivendo e fotografando, estes retratos representam um caráter emocional e pessoal para o autor que retornou à vila após mais de uma década.
- PREVAIL – Gonçalo Almeida
“Prevail” é um projeto que pretende explorar a efemeridade dos espaços verde em meios urbanos que na atualidade têm vindo a desaparecer tornando-se cada vez mais escassos, e ainda explorar a capacidade e força da natureza de prevalecer acima de tudo.
- DECLÍNIO – Nuno Respeita
De tanto transformar os materiais, o ser humano acaba asfixiado.
- RITUAL DE PASSAGEM – Luna Andrade
O Chá de Bênçãos, como é conhecido no Brasil, ou Celebração da Mulher, em Portugal, é uma cerimônia que tem como objetivo apoiar, preparar, inspirar e encorajar a gestante para o momento do parto. Trata-se de um ritual que começa a ganhar forças conforme o movimento a favor da humanização do parto cresce em vários países. Este projeto fotográfico procura retratar a emoção deste momento tão importante, no qual a mulher é saudada em todo o seu protagonismo e beleza.
- UTOPIA – Margarida Silva
É muito mais fácil encarar um mundo perfeito do que encarar a realidade que está à nossa volta.Esta é a minha visão de utopia o que se encontra no conteúdo da lâmpada é uma "visão de um mundo fantasia" onde tudo é verdejante e tem um ser que não existe, o que quero transmitir com esta "visão" é mostrar às pessoas que para fazer certas mudanças no mundo real temos que deixar de pensar num mundo ideal.
- ECOSSISTEMAS – Mariana Lopes
Pesadelo de uns, realidade de outros. Aqui o estatuto de “sem abrigo” não é aplicável. O abrigo existe e está em detrimento constante pela sociedade que rodeia e destrói a casa deste homem. O sonho Americano que aqui se encontra é a não privação da humanidade daquela que é a casa de todos, o planeta.
- 2660 – Cláudia Mello
2660 representa uma reflexão sobre o lugar onde cresci e a influencia que o mesmo tem em mim. Algumas das minhas características são o resultado de ter crescido neste lugar. Dando foco aos prédios mais característicos, debruço-me também na falta de sustentabilidade deste local. Encontramos um aglomerado de prédios que tropeçam uns sobre os outros, com áreas insignificantes para zonas verdes e a ausência de lugares onde a vida possa abrandar. Através do meu olhar fotográfico e da técnica de transferência de imagem, utilizo desperdícios de pedras mármore provenientes das construções do local, para colocar a identidade do mesmo.
- MONKEY BUSINESS – Rita Antunes
NFT ou non-fungible token é um bem digital que não pode ser trocado por algo da mesma qualidade ou quantidade. Denominei este trabalho de Monkey Business (“o esquema”) por tudo o que envolve a prática de “trading” de NFT’s neste momento ser tudo menos transparente e sustentável em recursos energéticos. Pretendo com este projeto recriar um NFT da coleção “BORED APE YATCH CLUB” com um ser humano
criticando de forma humorística este consumo desenfreado.