exposição de Ildebranda Martins e Braima Queta - "LAÇOS DE ALÉM MAR"
No dia 2 de abril inaugura a exposição de Braima Queta e de Ildebranda Martins no espaço de exposições do Campus da Justiça em Lisboa.
Campus de Justiça, Edifício H, piso 0
Av. D. João II, n.º 1.08.01 D/E
1990-097 Lisboa
Dias úteis das 9h00 às 19h00.
SOBRE PARCERIA ARTÍSTICA DE BRAIMA TEMA E ILDEBRANDA MARTINS
Em 2022, no exercício de funções de curadora/coordenadora na Galeria Beltrão Coelho, sugeriram-me internamente uma exposição individual para o pintor Braima Queta, que precisava de alguém e/ou uma instituição que o ajudasse na organização de um evento que promovesse o seu trabalho artístico, que o apresentasse a outros artistas, que indicasse outros espaços expositivos para divulgação do seu trabalho. Sendo essa também uma função da Galeria Beltrão Coelho, como projeto de responsabilidade social, analisei a proposta e selecionei-o como artista para maio, mês de África, do ano seguinte, 2023. Para a exposição ser mais completa ou fizesse eco da cultura do continente africano, ter mais público, interação, pluralidade convidei mais duas artistas com raízes africanas. O processo correu tão bem e o grupo funcionou de forma tão harmoniosa que as artistas convidadas para integrar o projeto luso africano, convidaram o Braima Queta, para uma exposição na Fábrica de Alternativas, em Algés, às quais estão ligadas e que ocorreu, com sucesso, em novembro de 2023. As exposições na Galeria Beltrão suscitaram interesse à RTP ÁFRICA, que o entrevistou na perspetiva artística e a mim como a sua mentora no universo artístico.
Eu nunca deixei de participar na vida artística do Braima Queta e além de o ter apresentado a vários artistas, tentei conseguir algumas exposições para 2024 e 2025. Convidei-o também para me acompanhar à Gala da Lusofonia para travar conhecimentos com pessoas ligadas à lusofonia.
Mas atualmente a relação é de amizade e de identidade cultural.
Ildebranda Martins
TEMA E TÍTULO: LAÇOS DE ALÉM MAR
Nascidos na África, de países diferentes, somos, sem renegar a história, filhos do império ultramarino português, partilhamos, por isso, a mesma língua e alguma identidade cultural. Há uma história coletiva que nos une, raízes em comum que nos fortalecem e uma amizade que nos cimenta.
Neste mês de abril e neste ano de 2024, em que se comemora os 50 anos de democracia, a morte da ditadura e o início do fim da guerra colonial, juntamo-nos como parceiros artísticos, seremos uma angolana e um guineense, num espaço expositivo de entidade pública, a representar em condições iguais, a sua arte.
Artisticamente não somos semelhantes na utilização dos suportes e das técnicas mas identificamos um com o outro, definitivamente partilhamos o mesmo gosto pela cor e por enaltecer causas através do criamos.
A simplicidade dos gestos e a transparência das ações são comuns a ambos e no convívio com os seus pares há uma procura de novos conhecimentos. Somos observadores e intuitivos e transferimos essa capacidade para a concretização das ideias e pensamentos através da arte que criamos.