exposição “Laços - parte de mim, de nós pela arte” de Ildebranda Martins e da sua convidada Mar - Maria Amélia Ramos. - 14-12
No dia 14 de dezembro, a partir das 18:00h, inaugura na Casa da Cidadania em S. Domingos de Benfica a exposição “Laços - parte de mim, de nós pela arte” de Ildebranda Martins e da sua convidada Mar - Maria Amélia Ramos. Esta exposição começou por ser individual, mas quem conhece a Ildebranda Martins sabe que, quando surge uma oportunidade para expor, tende a incluir mais artistas nos seus projetos e a transformar as individuais em coletivas. A Mar - Maria Amélia Ramos, que a convidou para integrar este projeto, é uma artista que aprecia, com a qual gostou de trabalhar em outros projetos e por quem nutre amizade.
A proposta da exposição de ambas é simples e visa a partilha com o público, através das suas obras, das suas preocupações ecológicas, políticas, sociais, das suas reflexões, ora mais elaboradas, ora mais intuitivas e instintivos sobre o que as rodeia.. Estas páginas dos seus diários esculpidos e pintados revelam o seu dia a dia, tão comum como os demais, com os quais se cruzam diariamente. A pandemia e as sequelas, as alterações climáticas e as suas consequências, a guerra, a morte e a violação dos direitos humanos, a subsequentes crises financeiras, económicas e depois também a de valores morais, a gestão coletiva da imaturidade emocional mediante casos reais são temas desta exposição. É uma mescla de reflexões.
A exposição estará patente das 9:00h às 13:00h e das 14:00h às 18:00h, de segunda a sexta, até dia 12 de janeiro 2024.
Casa da Cidadania
Estrada de Benfica, 417, 1500-078 Lisboa
Biografias:
ILDEBRANDA MARTINS
É Portuguesa nascida em Angola em 1965, artista plástica e curadora de arte. Os seus trabalhos artísticos atuais são basicamente instalações, muitas delas assentes em manequins e a sua utilização como matéria-prima artística nos últimos anos (2008-2023), decerto, está relacionado com a sua necessidade crescente de criar ambientes cinéfilos e teatrais, em que a fantasia e a realidade se fundem e em que o sonho se torna realidade e vice versa.
Embora se considere uma autodidata, desde há muito que se estreou na Pintura e na Arte Plástica. A sua arte é pretensiosa e visa despertar consciências, não assenta na noção de que deve ter uma mera utilidade decorativa, mas sim na ideia de que deve, sempre que possível, causar sensações, originar exclamações, gerar pensamentos nos outros. Atualmente, além de artista, também é curadora na GALERIA BELTRÃO COELHO, um projeto de responsabilidade social, Em 2018 criou dois projetos coletivos, um relacionado com o universo feminino (“MULHERES COM ARTE”), que junta seis mulheres que amam muito e de forma igual a arte, mas que se manifestam artisticamente de forma muito diferenciada (escultura, pintura, cerâmica, ourivesaria, instalações), e outro, com o africano (“UNIVERSO AFRICANO”), que junta vários artistas de origem africana para narrar, através da sua criatividade, a história de uma mulher, “ISABEL BATATA DOCE”, cuja vida, em parte, simboliza a presença Portuguesa em África. Recentemente integra também como membro permanente e fundador o coletivo “UP CREATORS”, cujo objetivo inicial era a de juntar artistas de origem Ucraniana e Portuguesa, mas que, aquando da sua primeira exposição em 2023, alterou a sua matriz e alargou os seus horizontes, tornando-o mais plural, universal, global.
MAR | Maria Amélia Ramos (conhecida por MAR, o acrónimo do seu nome, o qual registou como nome artístico) é natural de Lisboa, onde vive e trabalha, a cidade que a inspira. Sente desde cedo a necessidade de desenhar e focaliza a sua atenção na pintura durante todo o ensino secundário, frequentando aulas de desenho e pintura.
Economista de profissão tem vindo a desenvolver trabalho artístico em paralelo com a sua atividade profissional, dedicando-se a explorar técnicas e materiais diversos, aprofundando o seu interesse no âmbito da cerâmica escultórica, a qual é atualmente a linguagem artística que privilegia e objeto do seu campo de atividade dado o fascínio de uma arte que conjuga os quatro elementos: terra, ar, água e fogo.
Sobre os seus trabalhos diz serem frequentemente reflexo do seu imaginário, tentando fazer a sua transposição para a cerâmica através da cor e da forma, sendo que, por vezes o sonhado, o inesperado surge. É permanente a sua busca de novas fontes de inspiração e desafios criativos. Durante o seu percurso tem vindo a realizar variadíssimas exposições individuais e coletivas tendo também obtido alguns prémios e menções honrosas em eventos onde tem participado, o último dos quais em Novembro de 2022: menção honrosa no Prémio ARTES 2022-Escultura.