Férias de Verão: 30 mil exploradores levam a ciência na bagagem
É há 21 anos o programa de divulgação científica mais aguardado da época estival. A edição deste ano da Ciência Viva no Verão em Rede tem mais de 800 acções de norte a sul do país. Até 15 de Setembro, há ciência para todas as idades e para todos os gostos em www.cienciaviva.pt.
As grutas que escondem as águas subterrâneas da Serra da Arrábida
É um passeio para famílias todo o terreno, daquelas que se alimentam de adrenalina e que não têm problemas em se enfiar dentro de buracos (neste caso grutas) ou ir ao chão num declive mais acentuado. E já, agora, que não se intimidem a olhar para precipícios (neste passeio há vários). O local desta aventura é a Serra da Arrábida, não a parte que toda a gente conhece, mas sim as suas entranhas, sítio só acessível aos especialistas da Sociedade Portuguesa de Espeleologia. De manhã segue-se por um trilho rochoso e ziguezagueante, junto ao Cabo Espichel, que desemboca no Focinho do Cabo. Descer não é fácil, subir ainda é pior, por isso a melhor opção é continuar. Com a ajuda de material de escalada, os resistentes seguem por um "corrimão" de 15 metros junto à arriba, com o mar lá em baixo, até à Lapa das Pom! bas. A vista é de cortar a respiração. Lá em baixo avista-se a entrada da Gruta dos Morcegos, um dos mais importantes abrigos da espécie em Portugal. É um dia inteiro com o coração nas mãos onde o único momento fácil acontece durante o piquenique no parque de merendas do Alambre. As crianças a partir dos oito anos podem participar. Resta saber se há adultos com pedalada para as acompanhar.
Olhó Peixe Fresquinho - Ciência Viva nos Mercados
"Ó freguesa, olhó peixe fresquinho!". O pregão é bem conhecido de quem tem por hábito frequentar praças e mercados. Mas quantos dos fregueses conhecerão a fundo o peixe que consomem? Ou quais as espécies marinhas comercialmente mais importantes em Portugal? Como são capturadas? Existem épocas preferenciais para o seu consumo? As peixeiras dos mercados da Figueira da Foz e de Alvalade, juntamente com os investigadores do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e do MAREFOZ, respondem a estas e outras perguntas enquanto se amanha o robalo fresco para o almoço. As idas à banca do peixe nunca mais serão as mesmas depois desta actividade da Ciência Viva nos Mercados.
Ciclo do Sal
Há quem diga que a vida sem sal não teria graça. Em todo o Tejo existe actualmente uma única salina em produção, a Marinha do Canto, que produz sal de forma artesanal. Este Verão o Complexo das Salinas do Samouco abre as portas aos exploradores da Ciência Viva, que ficarão a conhecer, desde o mar aos saleiros, uma actividade que ao longo dos anos tanto tem marcado a vida económica e cultural da vila de Alcochete. Estas salinas são também um local privilegiado de alimentação, refúgio e nidificação para milhares de aves como a chilreta, o pernilongo e o borrelho-de-coleira. Cada participante terá a oportunidade de ser salineiro por umas horas e rapar o sal marinho dos cristalizadores. No final poderá embalar e levar para casa 1kg de sal marinho artesanal, que decerto fará a diferença nas saladas e petiscos deste Verão.
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SOBRE O PROGRAMA CIÊNCIA VIVA NO VERÃO EM REDE
A Ciência Viva no Verão é organizada desde 1996 pela Ciência Viva em colaboração com instituições científicas, Centros Ciência Viva, associações, autarquias e empresas.
O programa teve início com acções de Astronomia, tendo-se alargado mais tarde a outras áreas do conhecimento e integrado visitas guiadas com especialistas a praias, estuários, florestas, minas e pedreiras, faróis, pontes, barragens, castelos e empresas de diferentes áreas da engenharia. Em média participam por ano neste programa 30 000 pessoas.
Programa completo e inscrições em www.cienciaviva.pt.