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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Festas do Império do Divino Espírito Santo atravessam Alenquer mais de 700 anos depois

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As Festas do Império do Divino Espírito Santo (FIDES) são um dos momentos altos da vida dos alenquerenses e estas celebram-se por todo o concelho há mais de 700 anos. Em 2023 foi assim e em 2024 o Município mantém a tradição seguida por milhares de visitantes, com o arranque da programação agendada já para este Domingo de Páscoa: na Igreja de São Francisco Alenquer (12 horas) dá-se a Missa Solene com Entronização das Insígnias do Espírito Santo.

 

TODA A PROGRAMAÇÃO.

 

Até ao Domingo de Pentecostes (19 de maio) e durante 50 dias, Alenquer, Aldeia Gavinha, Aldeia Galega da Merceana, Atalaia, Carregado, Ota, Pereiro de Palhacana e Paúla partilham uma ideia de bem comum instituída pela Rainha D. Isabel e o Rei D. Dinis, no longínquo século XIV (1321), que perdura até hoje. As ruas surgem ornamentadas, as celebrações religiosas dão-se pelas várias localidades, as pessoas cruzam-se em momentos de procissão e o tradicional bodo congrega um espírito de fraternidade entre locais e forasteiros. Em Alenquer, o "Espírito sopra onde quer".

 

"O culto e as Festas do Império do Divino Espírito Santo são hoje a maior manifestação de religiosidade no concelho de Alenquer, depois de um trabalho rigoroso e dedicado de inúmeros alenquerenses ao longo dos últimos anos. Sob o lema, o "Espírito sopra onde quer”, estas celebrações, à imagem daquilo que foram no passado, foram-se reavivando, reinventando e revitalizando", começa por explicar a vereadora Cláudia Luís, aludindo ao ressurgir das festas no concelho em 2007 após a recuperação material dos edifícios da antiga Casa do Espírito Santo (Igreja e Arcada). "As Festas ajustaram-se à realidade do tempo contemporâneo, concedendo-lhes um importante lugar popular, social e cultural que assegura a sua sustentabilidade futura. Estes sete séculos de história criam nas nossas Festas um ambiente inesquecível, quase místico, que retrata de forma única a crença e a fé de um povo, que ao longo dos tempos, através de múltiplas expressões, restauraram o princípio da igualdade entre os homens e mulheres fraternos e renovam a confiança na vida de todos ", considera a responsável autárquica.

 

A tradição com mais de 700 anos, e génese em Alenquer, viu o culto reavivado há 17 anos, tendo como principais impulsionadores o pároco e provedor da Misericórdia de Alenquer, José Eduardo Martins e D. Manuel Clemente (à data Bispo de Lisboa). Uma candidatura a Património Cultural Imaterial Nacional encontra-se a ser preparada pela autarquia.