Fixar o (In)Visível | O novo livro de Soraia Simões de Andrade
Por outro lado, a obra traz-nos uma abordagem nova ao rever os itinerários socioculturais dos primeiros rappers e depreendendo as suas contradições e paradoxos.
A obra mostra-nos como o RAP se transformou, na sua primeira década de afirmação, entre tensões e aspirações dos principais rostos, num período histórico marcado pelo cavaquismo, uma das práticas musicais de matriz urbana que, ironicamente, se tornou um produto daquilo que censurou: o modus operandi das indústrias musicais e de publicação e do contexto social e económico em questão.
O novo livro de Soraia Simões é lançado a 26 de Setembro no LARGO Café Estúdio; e em Coimbra a 3 de Outubro, no Café TAGV. Ambas as sessões, de uma hora, terão início às 18:00.
Apresenta a obra em Lisboa o historiador Miguel Cardina (CES/UC).
A sessão será pontuada ainda pelas intervenções do fundador do SOS Racismo José Falcão e de Dana-Dane do grupo Divine (que ao lado de Djamal representam os dois primeiros grupos de RAP compostos por mulheres a editar discograficamente em Portugal), ambos entrevistados durante o trabalho de pesquisa da autora e investigadora.
Em Coimbra a obra será apresentada pela docente e investigadora Susan De Oliveira (CIE ISCTE/IUL).
Soraia Simões de Andrade nasceu em Coimbra (Sé Nova, 1976).
Historiadora musical, pós-Graduada em Estudos de Música Popular e Mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. A história oral, a relação entre música e cultura populares com sociedade, memória e género são os universos em que têm incidido as suas investigações.
É autora das obras Passado–Presente. Uma Viagem ao Universo de Paulo de Carvalho (2012), RAPublicar – a micro-história que fez história numa Lisboa adiada: 1986 – 1996 (Editora Caleidoscópio 2017) e Fixar o (in) visível. Os primeiros passos do RAP em Portugal (Editora Caleidoscópio 2019). Mentora da Mural Sonoro, autora e realizadora do documentário A Guitarra de Coimbra (RTP2, 2019), foi distinguida com o prémio Megafone/Sociedade Portuguesa de Autores 2014.