Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

'FLOATING WORLDS' exposição individual de Henri Haake

FLOATING WORLDS
19/09 — 31/10.2024

 

INAUGURAÇÃO OPENING 19 de Setembro, 18h - 21h30

Galeria NAVE

Travessa do Noronha, 11B
1250-168 Lisboa
 

 

Galeria Nave Press Note 3 Setembro 2024

 

NAVE APRESENTA HENRI HAAKE

Pela primeira vez, o pintor alemão apresenta uma exposição individual em Lisboa, explorando fragmentos íntimos entre a observação e a memória em "Floating Worlds".

descarregar.jfif

Mercedes Ceron, diretora da galeria, tem o prazer de anunciar que o dia 19 de setembro marcará a inauguração de "Floating Worlds", a primeira exposição individual do artista alemão Henri Haake na Galeria Nave. O pintor berlinense, parte do portfólio da Nave desde janeiro, traz a Portugal, pela primeira vez, a sua exploração singular do tempo, da memória e do efémero. Retratando crónicas do mundano e do transitório através de uma perspetiva filosófica e cinematográfica pouco convencional, "Floating Worlds" apresenta uma série de momentos únicos e fugazes que fundem a observação do quotidiano com um corpo de memórias etéreas — tão íntimas quanto os mundos que o habitam.
 

O trabalho de Haake tem sido elogiado pela sua capacidade de transformar o mundano em algo mágico, com uma proximidade inesperada e uma profundidade cinematográfica, capturando momentos fugazes, rasgos no espaço e no tempo com um enquadramento estreito e delicado de intimidade, revelando subtilmente algo que transcende o óbvio — algo profundamente sensorial que ressoa através da sua mestria de uma observação, lúdica mas aguçada. É aqui que o ângulo da sua ‘lente interior’ aponta para enquadramentos improváveis, num zoom in que revela memórias pessoais e observações diárias aos visitantes que estejam verdadeiramente dispostos a ‘ler’ para além das entrelinhas.

“Floating Worlds" inspira-se no conceito japonês de Ukiyo, ou "imagens do mundo flutuante," um termo que encapsula perfeitamente a fascinação de Haake por capturar
momentos fugazes e transitórios da vida urbana e da condição humana, cristalizando prazeres, tristezas e contingências imprevisíveis. As pinceladas texturizaras e as paletas de cores subtis de Haake criam uma sensação de tranquilidade e introspecção  enquanto a sua perspetiva oferece uma visão nova e pungente do mundo que nos rodeia. Aos 35 anos, o artista explora uma linguagem e plasticidade que transmitem uma observação cinematográfica e uma lente fotográfica audaz, de longo alcance, permitindo-nos entrar numa vista subjectiva só sua, com o intimismo, o erotismo ou o humor/sátira a que nos permite aceder. Aproxima-se figurativamente daquilo que nos pode parecer típico e familiar, mas subverte esses instantes a partir de um ângulo delicado e pouco comum, pelo qual imprime emoção que aqui transcende a superfície e vai além da ação: presta uma atenção detalhista a mundos que colidem diariamente, num processo que explora com sentidos bem apurados, para criar e manter um diálogo simbólico entre as suas experiências e os fragmentos visuais que delas derivam. Daqui, condensam-se subtilmente momentos vívidos, mais viscerais, de ternura, sensualidade/sexualidade ou humor. O seu ponto de vista íntimo imbuí estes retratos com textura, sentimento e escala, partilhando connosco eventos particulares que habitam os seus pensamentos, expandindo emocionalmente qualquer expressão figurativa para uma interpretação poética e quase onírica de enquadramentos que lhe persistem na memória, mas ganham corpo físico ao tornarem-se sujeitos da sua contemplação interior. Espreitamos um estado de sonho, mas que se sente tão real.

Henri Haake tem estúdio em Berlim, onde prepara atualmente a finalização da sua 7ª exposição individual — a 1ª como artista NAVE.

  

“A exposição pode simbolizar pequenos cosmos/mundos, sobre a juventude e o que significa envelhecer, sonhos e prazer.” 
- HENRI HAAKE, ARTISTA/PINTOR

 

As suas obras retratam frequentemente cenas de infância e adolescência, imbuídas de um sentido de nostalgia e admiração. Não é surpresa, por isso, que o ponto central da exposição seja um imenso tríptico intitulado "A Fonte da Juventude", uma alegoria que explora um alegre abandono da infância, incorporando um sentido de amadurecimento que está alinhado com as experiências pessoais de Haake e a sua exploração filosófica sobre o que define o nosso tempo e propósito à medida que nos tornamos quem somos — um produto resultante (não exclusivamente, mas principalmente)
de todos estes momentos somados, até aqui e até agora.

 

“Desde Janeiro que a trabalho crescente levou à integração do Henri na exposição coletiva do 5º aniversário da galeria, e, agora, numa individual — que muito nos entusiasma e irá surpreender.” 
MERCEDES CERON, DIRECTORA.