Mais do que Casas: Como vamos habitar em abril 2074?
Exposição
Mais do que Casas:
Como vamos habitar em abril 2074?
INAUGURAÇÃO
27 SET 2024, sexta-feira, 19h00
MUDE — Museu do Design
Rua Augusta 24, 1100-053 Lisboa
VISITA GUIADA DOS CURADORES COM A IMPRENSA
26 SET 2024, quinta-feira, 11h30
Confirmar presença para mude.comunicacao@cm-lisboa.pt
EXPOSIÇÃO
28 SET 2024 a 19 JAN 2025
Como enfrentar a crise habitacional, adaptando cidades e territórios ao contexto económico e social, a mudanças climáticas e tecnológicas? 1751 estudantes e 281 docentes de 25 Cursos de Faculdades de Arquitectura, Arquitectura Paisagista e Belas Artes do país apresentam propostas para este desafio na exposição “Mais do que Casas: Como vamos habitar em abril 2074?”. A exposição organizada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em parceria com o MUDE — Museu do Design resulta de um encontro académico singular, iniciado em abril de 2023, no âmbito do programa “Mais do que Casas” para celebrar os 50 Anos do 25 de abril de 1974.
“Mais do que Casas: Como vamos habitar em abril 2074?”, com curadoria dos arquitetos Teresa Novais e Luís Tavares Pereira, é uma exposição que decorre de um programa mais vasto que a FAUP promoveu para celebrar os 50 anos da Revolução de abril de 1974, criando um espaço de união e debate entre estudantes e docentes das instituições de ensino superior de Arquitetura, Arquitetura Paisagista e Belas Artes de Portugal.
Com inauguração a 27 de setembro de 2024, a exposição vai estar no piso 2 do MUDE — Museu do Design em Lisboa, prolongando-se até 19 de janeiro de 2025.
O MUDE acolhe esta iniciativa, nas palavras da diretora do Museu, Bárbara Coutinho, pela “relevância do tema, as questões lançadas e, principalmente, a metodologia colaborativa entre as várias faculdades”, mas também porque (continuando a citar) “É fundamental que a perspetiva do design como disciplina projetual, em estreita relação com as outras disciplinas de projeto e saberes, em especial a arquitetura, deva fazer parte do debate e das questões estruturantes sobre os problemas centrais da atualidade, contribuindo, assim, para o seu conhecimento, disseminação e partilha com o público, gerando intercâmbios intergeracionais e multiculturais que permitam um desenvolvimento sustentável”.
Tomando como ponto de partida a inquietação sobre o problema da habitação que hoje se vive, “Mais do que Casas” propõe uma reflexão crítica sobre três princípios fundamentais: a diversidade do tecido social como norma e a inevitabilidade da transformação urbana para garantir o “direito à cidade”, a consciência de que as melhores e novas ideias em arquitetura devem e podem operar esta transformação e a lembrança da energia irradiante e transformadora do 25 de abril de 1974 para nortear as ações de hoje e do futuro.
Com cerca de sessenta propostas desenvolvidas por cerca de 1751 estudantes e 281 docentes ao longo do ano letivo 2023/2024, a exposição espelha a capacidade de a academia contribuir com matéria que informa, questiona e labora para a construção de um país melhor.
A exposição organiza-se em torno de oito núcleos, correspondentes a oito questões: Como pensar a cidade inclusiva? Como habitar territórios de baixa densidade? Como desbloquear inovação de modelos de habitação? Como dar resposta à crise da habitação? Como promover habitação sustentável? Como aplicar a participação dos cidadãos? Como adaptar a cidade às alterações climáticas? Como operacionalizar os avanços tecnológicos?
Para os curadores, “nem sempre as respostas a estas questões se fazem olhando apenas para a frente”, sublinhando que é “importante retirar ensinamentos de processos anteriores”. É nesse contexto que a exposição destaca também três obras públicas do período pós-revolução como exemplos de superação do problema da habitação: Casal das Figueiras de Gonçalo Byrne, em Setúbal (312 habitações construídas, 1975-79), Quinta da Malagueira de Álvaro Siza, em Évora (1100 habitações, 1977-98), e Edifício das Lameiras de Noé Diniz, em Famalicão (290 habitações, 1978-83). As três obras correspondem a modelos de futuro que importa recuperar como objeto de reflexão para as atuais e futuras políticas de habitação.
O desenho expositivo foi concebido por Diogo Aguiar Studio, que criou, no segundo piso do renovado MUDE, uma grande linha com cerca de 50 metros de comprimento e vários núcleos que agregam o conjunto das cerca de sessenta propostas de trabalho, formados a partir de tijolo, um material que será reutilizado posteriormente e que, segundo o arquiteto, “expressa a ideia de unidade e conjunto, de (re)começo, de jogo, de possibilidade, de laboratório e de abrigo, e, por isso mesmo, do direito à casa e à liberdade”.
A exposição conta com um programa paralelo que irá desenvolver-se ao longo da sua abertura ao público, incluindo visitas orientadas pelos curadores e convidados, apresentações e debates que irão decorrer no auditório do Museu ou num espaço contíguo à própria mostra.
SOBRE O PROGRAMA “MAIS DO QUE CASAS”
Para celebrar o 50.º aniversário do 25 de abril de 1974, a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto organiza o programa “Mais do que Casas”. Esta efeméride merece ser comemorada com uma reflexão sobre temas que então e hoje permanecem como um desafio e uma necessidade por cumprir. Com este intuito, esta iniciativa reúne as Escolas de Arquitectura, de Arquitectura Paisagista e de Belas Artes em Portugal, contribuindo com uma reflexão crítica e propositiva sobre os desafios contemporâneos da habitação e do espaço público na construção de uma sociedade intercultural e de promoção da cidadania global. O programa, que se iniciou em abril de 2023, integra seminários, mostra, publicações, conferência internacional para instigar, informar e comunicar a investigação produzida pelos estudantes nas instituições universitárias no ano letivo de 2023/2024. Tendo como referência a memória da experiência dos programas de habitação que ocorreram imediatamente após o 25 de abril de 1974, nomeadamente o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL), pretende-se perspetivar um contributo para o futuro que pretendemos para 2074, 100 anos depois do 25 de abril.
A FAUP dedica esta iniciativa ao Professor Arquiteto Nuno Portas e, na sua pessoa, a todos os participantes no processo SAAL.
Organização [Conselho Executivo da FAUP] João Pedro Xavier, Teresa Calix, Clara Pimenta do Vale, Filipa de Castro Guerreiro, José Pedro Sousa Curadores Teresa Novais e Luís Tavares Pereira Parceria FAUP/MUDE Design Expositivo Diogo Aguiar Studio Design de Comunicação CEDA – Centro de Estudos em Design e Arte / FBAUP | José Carneiro (Coordenação); Ana Leite Apoio Comissão para as Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril Mecenas OTTIMA Patrocínio Grupo Preceram
Cursos/Faculdades participantes no programa
DAMG – Departamento de Arquitectura e Multimédia Gallaecia da Universidade Portucalense
DARQ – Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
EAAD – Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho
EARTES – Escola das Artes da Universidade de Évora
ESAP – Escola Superior Artística do Porto
FAAULL – Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa
FAAULN – FAMALICÃO | Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada Norte – Vila Nova de Famalicão
FAAULN – PORTO | Faculdade de Arquitectura e Artes da Universidade Lusíada Norte – Porto
FA-UL – Faculdade de Arquitectura Universidade de Lisboa
FAUP – Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto
FBAUL – Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
FBAUP – Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
FCUP – Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
ISA – Instituto Superior de Agronomia – Universidade de Lisboa
ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa
ISMAT – Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
IST – Instituto Superior Técnico
UA – Universidade de Aveiro
UAL – Universidade Autónoma de Lisboa
UALG – Universidade do Algarve
UBI – Universidade da Beira Interior
UFP – Universidade Fernando Pessoa
ULL – Departamento de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Lusófona de Lisboa
ULP – Universidade Lusófona do Porto
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HORÁRIO MUDE — MUSEU DO DESIGN
Verão (abril a setembro)
Terça a quinta, domingo | 10h00 – 19h00
Sexta e Sábado | 10h00 – 21h00
Inverno (outubro a março)
Terça a quinta, domingo | 10h00 – 18h00
Sexta e Sábado | 10h00 – 20h00
ENTRADA