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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Martim Brion - exposição individual no Museu da Guarda

INAUGURAÇÃO QUINTA-FEIRA, 18 DE ABRIL ÀS 18H00
PATENTE ATÉ 2 DE AGOSTO DE 2024

MUSEU DA GUARDA

Uma exposição de Martim Brion

 

Martim Brion apresenta um conjunto de 80 trabalhos no Museu da Guarda. Desde a fotografia, à escultura, com também obra em papel e tela.

A exposição coincide com os 50 anos do 25 de Abril, uma data de referência a nível nacional e uma celebração de importância mundial, dado ao retrocesso democrático que se observa correntemente.

A exposição Reflexividade de Martim Brion, é um projecto centrado na dualidade do ser humano e na forma como nos encontramos num momento crítico da nossa história em termos de avanço tecnológico, o que torna muito mais urgente o desenvolvimento do pensamento crítico e a compreensão do que é nos faz humanos.

Na era contemporânea, marcada por uma acumulação e acessibilidade sem precedentes de conhecimento, a humanidade navega por um progresso de dupla natureza, assemelhando-se à construção simultânea da Arca de Noé e da Caixa de Pandora. Essa explosão de informações, conforme articulado por Walter Benjamin na era da reprodutibilidade, provocou transformações significativas na forma como criamos, percebemos e avaliamos arte e objetos. Tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA), exemplificam a constante mescla de possibilidades, oferecendo novas ferramentas para explorar o crescente tesouro de consciência coletiva. Esse cenário dinâmico é evidente em campos como a música, onde a síntese eletrônica otimizou a produção de som, e no cinema, onde a CGI redefiniu as possibilidades da produção cinematográfica.

A evolução da arte, embora não totalmente realizada, demonstra um crescente foco na aglomeração e em processos. Programas de desenho com IA, comparáveis a versões atualizadas de ferramentas digitais anteriores, destacam essa tendência, proporcionando aos artistas novas oportunidades criativas. O impacto geral desses avanços tecnológicos é visto como positivo, ampliando nossa capacidade de desenvolver e utilizar o potencial tanto em escala individual quanto global. No entanto, a perspectiva crítica torna-se fundamental para navegar por essas mudanças, exigindo uma reflexão cuidadosa sobre a interação entre o progresso tecnológico, as origens humanas e as estruturas sociais. Apesar das capacidades transformadoras desses avanços, o reconhecimento de nossa humanidade intrínseca e da conexão com o mundo físico permanece essencial, lembrando-nos de não perder de vista nossas raízes em meio ao rápido avanço do progresso.

Neste momento crítico tecnológico e político, tendo as democracias vindo a perder terreno nos últimos anos, é mais premente do que nunca relembrar as lutas passadas para alcançar a democracia e a liberdade da qual usufruímos todos os dias. Reflexividade, uma ode à liberdade e ao pensamento crítico que a mantém.