Martim Brion - exposição individual no Museu da Guarda
REFLEXIVIDADE |
INAUGURAÇÃO QUINTA-FEIRA, 18 DE ABRIL ÀS 18H00 Uma exposição de Martim Brion |
Para mais informações, por favor contactar: Studio Martim Brion Martim Brion apresenta um conjunto de 80 trabalhos no Museu da Guarda. Desde a fotografia, à escultura, com também obra em papel e tela. A exposição coincide com os 50 anos do 25 de Abril, uma data de referência a nível nacional e uma celebração de importância mundial, dado ao retrocesso democrático que se observa correntemente. A exposição Reflexividade de Martim Brion, é um projecto centrado na dualidade do ser humano e na forma como nos encontramos num momento crítico da nossa história em termos de avanço tecnológico, o que torna muito mais urgente o desenvolvimento do pensamento crítico e a compreensão do que é nos faz humanos. Na era contemporânea, marcada por uma acumulação e acessibilidade sem precedentes de conhecimento, a humanidade navega por um progresso de dupla natureza, assemelhando-se à construção simultânea da Arca de Noé e da Caixa de Pandora. Essa explosão de informações, conforme articulado por Walter Benjamin na era da reprodutibilidade, provocou transformações significativas na forma como criamos, percebemos e avaliamos arte e objetos. Tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA), exemplificam a constante mescla de possibilidades, oferecendo novas ferramentas para explorar o crescente tesouro de consciência coletiva. Esse cenário dinâmico é evidente em campos como a música, onde a síntese eletrônica otimizou a produção de som, e no cinema, onde a CGI redefiniu as possibilidades da produção cinematográfica. A evolução da arte, embora não totalmente realizada, demonstra um crescente foco na aglomeração e em processos. Programas de desenho com IA, comparáveis a versões atualizadas de ferramentas digitais anteriores, destacam essa tendência, proporcionando aos artistas novas oportunidades criativas. O impacto geral desses avanços tecnológicos é visto como positivo, ampliando nossa capacidade de desenvolver e utilizar o potencial tanto em escala individual quanto global. No entanto, a perspectiva crítica torna-se fundamental para navegar por essas mudanças, exigindo uma reflexão cuidadosa sobre a interação entre o progresso tecnológico, as origens humanas e as estruturas sociais. Apesar das capacidades transformadoras desses avanços, o reconhecimento de nossa humanidade intrínseca e da conexão com o mundo físico permanece essencial, lembrando-nos de não perder de vista nossas raízes em meio ao rápido avanço do progresso. Neste momento crítico tecnológico e político, tendo as democracias vindo a perder terreno nos últimos anos, é mais premente do que nunca relembrar as lutas passadas para alcançar a democracia e a liberdade da qual usufruímos todos os dias. Reflexividade, uma ode à liberdade e ao pensamento crítico que a mantém. |
SOBRE O ARTISTA Martim Brion (Lisboa, 1986) Martim Brion, considerado um dos nomes mais promissores da arte contemporânea em Portugal, tem um percurso diverso. Licenciatura em Relações Internacionais e Ciência Política na De Monfort University em Leicester, Reino Unido. Após um período de trabalho em Lisboa, no jornal O Público e no Ministério dos Negócios Estrangeiros, vai para Madrid onde faz um Masters in International Management no IE Business School. Trabalha na Roland Berger Strategy Consultants em Frankfurt e Dusseldorf na Alemanha. E após um breve período em Portugal, volta para Londres onde estuda Art and Business no Sotheby’s Art Institute, trabalhando depois na Galeria Gagosian e na Leiloeira Christie’s assim como na Sutton PR. Já como artista faz também um curso semestral no Royal College of Arts. A obra de Brion é uma combinação de vários interesses coalescentes, desde a utilização de referências literárias, à procura de uma forma polida e equilibrada na sua obra escultórica, passando pelo seu diário visual exposto na sua fotografia ou o foco na obra criada digitalmente. É uma prática diversificada e evolutiva, que passou a englobar mais campos e interesses à medida que amadureceu, sem nunca perder a sua consistência e foco. |