MUITO BARULHO POR NADA | de 9/01 a 3/02 no Teatro do Bairro
FICHA TÉCNICA e ARTÍSTICA
Texto original | Much Ado About Nothing, de William Shakespeare
Tradução | Fernando Villas-Boas
Encenação | Luís Moreira
Interpretação Alice Medeiros | Ana Baptista | Frederico Coutinho |
João Vicente | José Redondo | Luís Lobão| Luís Moreira | Paula Neves| Paulo Duarte Ribeiro |
Sandra Pereira | Valter Teixeira
Cenografia e Figurinos | Maria Gonzaga
Desenho de luz | Rui Seabra
Fotografias | Vitorino Coragem
Produção | Leonor Buescu
INFORMAÇÕES PRÁTICAS
Local de apresentação Teatro do Bairro (Rua Luz Soriano 63, 1200-246 Lisboa) Datas 9 de Janeiro a 3 de Fevereiro de 2019
Horário Quarta a Sábado – 21h30 | Domingo – 17h00
Classificação Etária M/12
Duração 90 minutos
Preços 5€ a 15€
Reservas 21 347 33 58 | 91 321 12 63 ou www.bol.pt
Shakespeare para todos sem apoios do Estado? Sim, é possível.
Muito Barulho Por Nada é o terceiro espectáculo do ciclo “Três Comédias, Três Tragédias”, dedicado a William Shakespeare. As dificuldades económicas do contexto cultural português não nos impediram de conceber o ciclo e com ele fazer duas grandes produções. Não é nosso hábito baixar os braços perante os obstáculos logísticos, mas queremos ser, acima de tudo, um grupo onde todos os intervenientes encontram condições dignas para criar.
O nosso objectivo continua o mesmo: contar uma boa história, que se perceba, com personagens bem construídas, para o público se divertir e sair satisfeito de uma sala de teatro. Nesse sentido, o filho do meio é um grupo de teatro que, sem financiamento, tem feito mais serviço público que o próprio teatro nacional ou teatros municipais — textos clássicos, com longas temporadas, e com mais de dez actores em cena.
Do que mais temos ouvido do público é satisfação: muitos dizem-nos que foi a primeira vez que compreenderam Shakespeare, outros dizem-nos que foi um grande surpresa descobrir que afinal Shakespeare é divertido. É nossa missão levar estes espectáculos a mais públicos e acabar, de uma vez por todas, com a ideia de que Shakespeare é destinado apenas a uma elite erudita suficientemente iluminada para o perceber. É mentira, e nós provamo-lo em palco. Mais importante ainda: pela terceira vez consecutiva edificamos um espectáculo sem qualquer apoio financeiro. É possível? Sim, é. Mas não deveria ser.
Luís Moreira