MUSEU NACIONAL DA MÚSICA | DIA MUNDIAL DA MÚSICA | TESOURO NACIONAL EM CONCERTO | #ENTRADALIVRE | 1 de Outubro, 18h
Dia Internacional da Música
1 Outubro
Violoncelo de António Stradivari (1644 - 1737)
Cremona, Itália, 1725
Pinho de Flandres, ácer
Proveniência: Paços Reais
Museu Nacional da Música, Lisboa, inv. nº MM 47
O violoncelo stradivarius 'Chevillard-Rei de Portugal' , classificado como Tesouro Nacional, uma das ” jóias da coroa” do espólio do Museu Nacional da Música, pertenceu ao Rei D. Luís I (1838-1889) e é o único instrumento em Portugal com a assinatura do construtor António Stradivari (1644-1737). O anterior proprietário foi o reputado violoncelista belga Pierre Chevillard (1811-1877), que manteve o instrumento musical até à sua morte. Pouco tempo depois e por intermédio da família de construtores Vuillame, o violoncelo passou para as mãos do monarca português. O 'Chevillard-Rei de Portugal' tem a famosa forma B, utilizada por Stradivari entre 1707 e 1726, o período de ouro do mestre italiano. Em 1725, data da construção deste exemplar, Stradivari tinha 81 anos. À semelhança do Cravo Antunes, tem sido regularmente tocado no ciclo de instrumentos históricos “Um Músico, Um Mecenas” e em Outubro passado foi apresentado pela primeira vez fora de portas e esgotou o Grande Auditório da Fundação Gulbenkian. Durante o presente ano a editora Onyx lançou um cd com uma gravação de qualidade excecional deste instrumento: a Integral para violoncelo e orquestra de Haydn pelo violoncelista Pavel Gomziakov e a Orquestra Gulbenkian, que pode adquirir na loja do museu.
(saiba mais aqui: http://www.jornaldenegocios.pt/weekend/detalhe/pavel_gomziakov_as_fronteiras_politicas_entre_nos_musicos_nao_fazem_sentido.html)
PROGRAMA DO CONCERTO
Sonata para piano e violoncelo en Lá Maior, n.3 op.69
Allegro ma non tanto
Scherzo. Allegro molto
Adagio cantabile – Allegro vivace.
Brahms
Sonata para violoncelo e piano n. 1 em Mi menor op. 38
Allegro non troppo
Allegretto quasi Menuetto
Allegro
SOBRE OS MÚSICOS-MECENAS
MARCO PEREIRA teve o primeiro contacto com o violoncelo aos 13 anos na EPMVC. A sua sensibilidade, empenho, talento e motivação levaram-no a prosseguir os estudos em Lisboa, na ANSO, com Paulo Gaio Lima, onde finalizou com 20 valores, e posteriormente em Madrid , na Escuela Superior de Musica Reina Sofia, com Natalia Shakovskaya. Durante este percurso teve a oportunidade de trabalhar com os maiores mestres do violoncelo, como por exemplo, Natalia Gutman, Gary Hoffman, Phillipe Muller, Ivan Moneghetti, entre muitos outros.
Desde cedo, o quarteto de cordas está muito presente na carreira de Marco Pereira, onde atinge o seu auge na formação do quarteto de cordas de Matosinhos, como membro fundador. Este quarteto foi nomeado “Rising Stars”na temporada 2015/2016 da ECHO, onde teve oportunidade de fazer uma série de concertos pelas principais salas da Europa tais como Barbican (Londres), Concertgebouwn (Amsterdão), Musikverein (Viena).
A titulo individual, Marco Pereira fez inúmeros concertos a solo, recitais e concursos que impulsionaram a sua carreira, conquistando um lugar de prestigio no meio musical português e internacional. Dos concursos pode destacar-se o concurso JMP onde foi vencedor de Musica de Camara em 1999 e Violoncelo – nível superior, em 2003, ano em que conquistou também o “prémio Maestro Silva Pereira”. A nível internacional destaca-se o 1º prémio no " Liezen International Wettbewerb für Violoncelo " na Austria, na categoria "III Konzert". Venceu também o 1º premio no "VI Certamen de Musica de Camara del Sardinero" em Santander, em 2006. Foi também laureado no Concurso de Interpretação do Estoril, Julio Cardona, entre outros. Apresentou-se a solo com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Joensuu Orchestra ( Finlandia ), Orquestra do Atlantic Music Festival (USA), entre outras.
Gravou para a etiqueta Sony, a sonata de Beethoven nº5 em Ré Maior, op. 102 para violoncelo e piano com o pianista Miguel Angel Ortega.
É violoncelo solo/chefe de naipe na Orquestra Gulbenkian. Foi professor de violoncelo na Universidade de Aveiro e Universidade do Minho. É professor na ANSO.
Marco Pereira é “D’Addario Bowed Artist”, e “faculty artist” do Atlantic Music Festival – Watterville ( USA ), desde 2011.
JOANA DAVID licenciou-se com elevada classificação em piano de acompanhamento na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto na classe do Prof. Jaime Mota e Luís Filipe Sá. Participou em cursos de aperfeiçoamento e técnica pianística, bem como cursos de música de câmara, tendo trabalhado com Helena Sá e Costa, Luiz Moura e Castro, Havard Grimse, Jorge Fernando Azevedo, Julius Drake, Anne le Bozec, Ilma Rata, Christine Whittlesey e Jan Philip Schulze. Participou nos estágios da Orquestra Nacional das escolas de música e completou o curso complementar de canto. Prossegue os seus estudos em Londres onde concluiu com distinção o curso de pós-graduação em piano de acompanhamento na Royal Academy of Music, na classe dos professores Colin Stone e Michael Dussek. Integrou o estágio do estúdio de ópera " Placido Domingo" do Palau de les Artes Reina Sofia em Valencia. É laureada pelo concurso de canto lírico dos Rotários 2009 (prémio melhor pianista acompanhador) e pela Royal Academy com o prémio “Scott Huxley”. Tem colaborado frequentemente com diversas orquestras tais como a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Musica e a Orquestra Sinfónica Portuguesa. Trabalhou como pianista acompanhadora na Academia de Música de Vilar do Paraíso, na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto e na Universidade de Évora. Como correpetidora já trabalhou em várias produções de opera tais como: “Le Pauvre Matelot” – Milhaud, “Comedy on the Bridge”- Martinu, “The Telephone”- Menotti, “O Gato das Botas” – Montasalvatge, “A little Madness in the Spring”- António Pinho Vargas (estreia absoluta), “O Rapaz de Bronze” e “ Banksters” – Nuno Corte Real (estreias absolutas) “D. Giovanni”, “Cosi fan tutte” e “Le Nozze di Fígaro” - Mozart, “L’elisir d’amore”, “Don Pasquale”- Donizetti, “Carmen” – Bizet, “Rigoletto”, “Il Trovatore”, “ “Don Carlo”- Verdi, “ La Rondine”, “Madame Butterfly” e “La Bohème”- Puccini, “Il segreto di Susanna “ – Wolf-Ferrari, “Il cappello di paglia di Firenze”- Nino Rota e “The Rake´s Progress” – Stravinsky, entre outras. Juntamente com a soprano Marina Pacheco fez a primeira gravação da integral das canções de João Arroyo. É frequentemente convidada para acompanhar masterclasses, concursos e audições. Em 2014 obteve o Estatuto de Especialista em Música pelo Instituto Politécnico do Porto. É pianista correpetidora no Teatro Nacional de Sao Carlos.