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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

O IndieLisboa está mesmo mesmo a chegar | Boca do Inferno, Director's Cut e Novíssimos

Boca do Inferno, Director's Cut e Novíssimos |
Um Outro Olhar 

 

 
 
Boca do Inferno: filmes melhor compreendidos sob a luz do luar
 
Um dos espaços de culto do IndieLisboa (que este ano exclui a sua Maratona), volta a assombrar-nos com os seus filmes desconcertantes e temas fracturantes. De destaque este ano, encontramos Greener Grass, de e com Dawn Luebbe e Jocelyn DeBoer, uma comédia negra que faz lembrar o que aconteceria se juntássemos um filme de David Lynch com um de Wes Anderson; Dreamland, no melhor humor distópico e coolness violenta de Bruce McDonald; o pesadelo de um jovem casal em Vivarium, de Lorcan Finnegan; e o clássico de culto Cremator, de Juraj Herz, numa cópia digital restaurada. Também de realçar é a primeira longa de Matthew Rankin, The Twentieth Century, uma maravilhosa bizarria camp, muito kitsch, que faz lembrar o expressionismo alemão e traz consigo a estética da televisão dos anos 80. 
E também as curtas-metragens Danny’s Girl, de Emily Wilson, sobre um encontro de um rapaz com a sua namorada virtual; The Fall, de Jonathan Glazer, onde uma multidão de mascaradas persegue e pune um homem de máscara e Karv, sobre a solução para todos os carecas.
 
Foto: The Twentieth Century 
 
 
 

 

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Director's Cut: filmes que retrabalham o património visual cinematográfico

 
Nesta secção, onde filmes novos, que mergulham na memória do cinema vêm habitar, são de destacar o El Tango del Viudo y su Espejo Deformante, de Raúl Ruiz e Valeria Sarmiento, filme que Ruiz iniciou ainda no Chile, e que a sua viúva Valeria acaba agora com a ajuda de especialistas em leitura de lábios para reconstruir diálogos sobre um homem a quem lhe aparece o fantasma da sua viúva; a versão restaurada do filme de culto do situacionista e cineasta René Viénet, La Dialectique Peut-elle Casser des Briques?, um filme de kung-fu que abre as portas ao diálogo marxista sobre conflitos entre classes; e o trabalho profundamente inter-ligado às rotas da lusofonia de Ariel de Bigault com Fantasmas do Império.
De relevo, dois filmes de Mark Rappaport, uma das vozes mais originais do cinema e cinefilia americanos, a longa Conrad Veit – My Life, sobre o actor germânico, e a curta-metragem Anna/Nana/Nana/Anna, sobre Anna Sten, vedeta do cinema mudo russo.
 
Foto: El Ta