Performance de Gustavo Sumpta no encerramento de Sob o Signo do Pneu, na Solar
Gustavo Sumpta, performer, artista visual e ator, apresentou na Solar – Galeria de Arte Cinemática um conjunto de obras inéditas e performances. Organizado em parceria com o Circular Festival de Artes Performativas, o ciclo Sob o Signo do Pneu encerra a 5 de novembro, com a performance Amigo do meu amigo não é meu amigo, pelas 17 horas, com entrada livre.
O ponto comum das obras apresentadas está na forma como Gustavo Sumpta une dois tópicos: o ar, presente nos pneus e câmaras de ar, e a superfície, na qual assentam estes elementos, permitindo, pela sua circularidade, o movimento, temática associada à perda e à resistência, à falha e à sua exatidão, à antevisão e ao seu caráter decetivo.
Na performance 'Amigo do meu amigo não é meu amigo', que encerra a exposição Sob o Signo do Pneu, Gustavo Sumpta interage com vários elementos, traçando uma ponte entre as suas peças e uma realidade performativa que forma um todo significante.
A 5 de novembro encerra também a intervenção apresentada no âmbito do projeto CAVE, Eu Neandertal, do artista plástico e escultor vilacondense Carlos Arteiro, uma peça sobre a experimentação de um estado primitivo.
A exposição Sob o Signo do Pneu é organizada pela Curtas Metragens CRL, no âmbito da programação da Solar — Galeria de Arte Cinemática, em parceria com o Circular – Festival de Artes Performativas, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Vila do Conde e da Direção-Geral das Artes.
<< A ideia de esticar uma corda até a sua tensão poder ser excessiva e romper é indissociável da sua consequência: no ricochete das suas metades há um silvo que faz antever uma chicotada, um impacto que produz um dano e uma consequência física num qualquer alvo.
O mesmo pode ser dito de qualquer dispositivo de equilíbrio incerto, como uma balança, ou um balancé: todo o movimento num determinado sentido implica, necessariamente, um movimento contrário e assim sucessivamente até à dissipação da energia do movimento original. [...]Em todos estes movimentos, no fluxo das suas causas e consequências, existe uma correlação de forças, de tensões e de refluxos orientados pela verticalidade da força da gravidade, pela atração pelo solo. Esta tensão em direção ao chão, que desgasta toda a movimentação horizontal, é, pelo menos para os humanos, o sinal da inevitabilidade do fim, o anúncio ou a permanente lembrança de que tudo é atraído para baixo e de que a finitude é o destino do movimento. Esta é a matéria-prima de Gustavo Sumpta nas várias formas plásticas que desenvolve, desde a escultura, a instalação e as diversas ações que tem vindo a realizar. >>
— Delfim Sardo, sobre a exposição Sob o Signo do Pneu
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Gustavo Sumpta, Sob o Signo do Pneu — Solar, Galeria de Arte Cinemática
Carlos Alberto Arteiro, Eu Neandertal — CAVE
17.09 — 05.11.2022
17.09 — 05.11.2022
segunda a sábado, 14:00–18:00
Vila do Conde