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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Pickpocket Gallery Newsletter - Another Family de Irina Popova em Èvora

A Pickpocket Gallery e a Casa da Zorra têm o prazer de apresentar...

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Another Family - Irina Popova

 

07 a 27 de Fevereiro
Casa da Zorra - Èvora (Rua Serpa Pinto, 78)
Segunda a Sexta, 10h - 19h

 

Pela primeira vez em Portugal, a fotógrafa russa Irina Popova apresenta, na Pickpocket Gallery e na Fábrica Braço de Prata, o projecto fotográfico Antoher Family. Em 2008, Irina Popova, cuja formação passa pelo jornalismo, começou a documentar o quotidiano de uma familia pouco convencional.
Another Family é um trabalho que levanta questões importantes acerca da responsabilidade moral do fotógrafo perante aquilo que testemunha.

 

“Esta história começou em 2008, quando tive uma proposta para fazer um projeto sobre sentimentos.
Uma noite, quando vagueava pelas ruas de S. Petersburgo, conheci Lilya, uma rapariga Punk completamente bêbeda, que empurrava um carrinho de bébé com a sua filha. Perguntei se poderia tirar uma foto e acabámos no seu quarto, pequeno e desarrumado, num apartamento partilhado, onde o seu namorado e outras pessoas se encontravam a festejar desde há muitos dias. A menina de dois anos gatinhava pelo espaço. Fiquei ali por um período considerável de tempo, documentando a vida do casal e concentrando a minha atenção no mundo da menina. Tornei-me mais ou menos parte da vida deles. È por isso que esta história se tornou muito pessoal, como um diário.
Foi-me proposto fazer uma exposição em S. Petersburgo e eles vieram à inauguração. No dia seguinte, a publicação com as fotos tornou-se viral na internet. Os pais foram acusados de abuso e iniciou-se uma investigação criminal. Recusei-me a ser testemunha no caso.
A história levantou várias questões importantes. Deverá um fotógrafo ser apenas uma testemunha do que está a acontecer em frente à sua objectiva, ou terá ele a obrigação moral de mudar a situação? Continuo a visitar a família e a assistir ao crescimento da criança. Dois anos mais tarde, a menina ainda estava a viver com o pai, enquanto a mãe tinha desaparecido completamente das suas vidas. Esta história teve um grande impacto em mim como fotógrafa e como pessoa. “

Irina Popova