A programação de música conta com cinco concertos “centro-europeus” que são complementares. Dois deles estendem laços afectivos e musicais a Portugal: num, sublinham-se as relações entre algumas obras do compositor Fernando Lopes-Graça e as canções populares húngaras em que se inspirou, pondo lado a lado, com a garantia interpretativa da Academia Liszt, artistas lusos e húngaros; no outro, o de Vena Piano Trio, a pianista, Andrea Fernandes, é portuguesa e colabora com a Ópera de Budapeste, ao passo que a violinista e a violoncelista, Erzsebet Hutas e Kamila Słodkowska, são, respectivamente, húngara e polaca. Associa-se a este concerto o compositor Eurico Carrapatoso, partilhando o programa com Kodály e Chopin. O Coro de Câmara Vaszy Viktor, oferece um repertório de música sacra, do século XIX aos nossos dias. Quanto aos dois concertos restantes, o protagonismo recai sobre a Academia Liszt: um resulta da participação de alunos finalistas, oriundos de todos os países do Grupo de Visegrád, que interpretam obras de compositores afins, mormente Dvorák, Janácek, Chopin e Kodály; o concerto final é dedicado à música contemporânea húngara, apresentando peças de Kurtág, Bartók e Eötvös a par das de mestres das novas gerações. Por sua vez, o pianista Artur Pizarro dedica o seu concerto a Liszt e a um dos grandes discípulos e amigos do virtuoso maestro húngaro, José Vianna da Motta. Esta sólida relação húngaro-portuguesa vê-se reforçada pelo concerto do Ludovice Ensemble (Barrancos), sob a direcção de Fernando Miguel Jalôto. |